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Alexia: Olá, olá, pessoal. Bem-vindos a mais um episódio aqui do Carioca Connection. E hoje eu estou com… um pessoal não, um convidado, na verdade, muito especial, que é o meu pai, Marco Antônio, que está gravando esse episódio junto comigo.
Marco: Alô, gente, tudo bem?
Alexia: Hoje nós vamos falar sobre uma coisa que é muito específica dos Estados Unidos, e que eu comecei a ver com as pessoas ao redor do mundo adaptarem esse feriado, né? Então, nos Estados Unidos se chama Thanksgiving e eu tenho visto muita gente fazendo Friendsgiving só pra ter uma desculpa para comemorar junto com os amigos e etc, né? Do pessoal fazer isso. Pai, você nunca participou de um Thanksgiving, né?
Marco: Não, nunca. Eu vejo em filme, ouço falar, mas participar, nunca.
Alexia: E eu já te mando foto também, né?
Marco: Sim, claro. Eu vejo pelos seus olhos como é importante o Thanksgiving.
Alexia: Sim. Eu adoro passar Thanksgiving nos Estados Unidos, eu adoro passar com a família do Foster, especificamente. Comida tão boa, tudo é tão gostoso. E realmente é uma forma de você estar junto com a família, né? De aproveitar. E é como se fosse um aquecimento pro Natal, pra quem comemora o Natal, claro.
Marco: Sim, mas realmente tem um significado muito importante, né? É o dia que as pessoas dão graças a muitas coisas importantes para ela… Para elas.
Alexia: Sim. É, em geral, exatamente. E, pai, aproveitando isso, porque a gente… A gente não... As pessoas, elas têm a tradição de falarem pelo o que estão gratas nesse dia, né? What we are grateful for. E eu nunca fui colocada como a pessoa para falar, porque eu acho que eu ia me tremer inteira para falar em inglês sobre isso, mas eu acho muito bonito quando, por exemplo, quando o avô do Foster falava durante o Thanksgiving, agora o tio dele também fala. E muita gente fala sobre coisas profundas, outras nem tanto, mas sempre vem do coração. Então assim, durante esse ano todo, o que você quer agradecer? What are you grateful for?
Marco: Simples. Agradecer chegar nessa época da minha vida, estar junto aqui da minha filha e do Foster, de alguns amigos queridos que eu deixei no Brasil.
Alexia: E eu acho que um especial, né? Porque você retomou a amizade com esse amigo.
Marco: Sim, sim. Retomei a amizade com um amigo de infância, quase, que eu não via há muito tempo.
Alexia: Há quanto tempo vocês não se vêem pessoalmente?
Marco: Como eu sou muito velho, tudo é muito… Acho que há uns 40 anos mais ou menos.
Alexia: Acho que mais pai, eu tenho 32.
Marco: É. Talvez uns 45. Mas vamos deixar isso pra lá, é muito tempo.
Alexia: Mas ele vem pra cá em janeiro.
Marco: Sim, sim. Meu amigo Lício vem pra cá em janeiro. Ele ia fazer uma viagem por outro país, mas ele preferiu vir aqui pro Porto exatamente pra me dar um abraço e vai ser uma ocasião muito especial.
Alexia: Sim. Eu não conheço o Lício. Obviamente eu já falei com ele, mas eu não o conheço fisicamente na minha frente, então também vai ser muito importante pra mim. O que mais?
Marco: Eu acho que nada… Uma coisa importante é que a família inteira está bem de saúde. Quando eu digo a família são as famílias, né? A família do Foster, a nossa família. Estão todos bem de saúde, não aconteceu nada de chato. Mas o mais importante que se sobrepõe a tudo, para mim, é estar aqui perto da Alexia e do Foster. Para mim, isso é fundamental na minha vida.
Alexia: E a faculdade?
Marco: A faculdade vem em segundo lugar, que é uma coisa muito boa. Eu estou fazendo três cursos na Faculdade de Letras aqui do Porto. Curso pra sênior, é claro, mas é importante. São novas descobertas, sempre se aprende, sempre se lêem livros novos, é uma troca muito excitante de ideias, de contatos. Estou muito feliz.
Alexia: Sim, você se sente parte da comunidade, né?
Marco: Sim, da comunidade universitária, isso que é mais engraçado.
Alexia: E também, você acabou de tomar a terceira dose do Covid.
Marco: Sim, acabei de tomar a terceira dose. E estou convencido de que haverão mais doses. E a gente tem que se preparar mentalmente pra isso. Eu estou preparadinho.
Alexia: Sim. Bom, o que eu tô grateful. O que eu agradeço? Eu agradeço obviamente pela saúde de todos. Eu acho que esses últimos anos ensinaram muito a gente sobre tomar cuidado com a saúde e etc. Hoje em dia, eu vou ser muito sincera, eu estou achando que o Covid está cada vez mais parecido com uma gripe normal do que outra coisa. As variantes vão continuar existindo, mas como é a gripe, a gripe muda todos os anos, por isso a gente tem que tomar vacina da gripe todos os anos. E a mesma coisa vai acontecer com o Covid. Então acho que, aos pouquinhos, a gente está caminhando pra lá, então eu tô muito feliz com isso.
Também estou muito agradecida pelo meu cãozinho, claro, Buddy. Ele me ensina algo todos os dias, principalmente a paciência, o poder da paciência. Você pode rir se você quiser. Não existe uma rotina nessa casa, todo dia é uma novidade. E também, poder trabalhar com o Foster, poder viver com o Foster, e poder finalmente, depois de dois anos, ir para os Estados Unidos e rever a família americana que eu estou morrendo de saudades. Então eu estou muito muito feliz com isso tudo.
Marco: Sim. E eu estou feliz por você estar feliz.
Alexia: Você está feliz por tabela.
Marco: Sim, na boleia, como dizem aqui, de carona.
Alexia: E pai, e o que você deseja para o ano?
Marco: Olha, filha, aquele lugar comum, mas saúde, paz, que a família esteja bem sempre. Não desejo nada, assim, especial, “Ah, eu gostaria de…” Eu gostaria que tudo continuasse na santa paz de Deus.
Alexia: Mas e um desejo especial?
Marco: Um desejo especial? Poder voltar a viajar, conhecer algum lugar novo realmente seria muito bom.
Alexia: E se você tivesse que escolher um agora.
Marco: Agora eu iria para a Itália. Iria para a Itália, e não posso dizer pra onde, porque são tantas coisas lindas na Itália, de norte a sul, que não sei por onde começar.
Alexia: Escolhe um lugar.
Marco: Um? Firenze.
Alexia: Logo a mais cara, só isso.
Marco: A mais cara, mas é o berço da arte basicamente.
Alexia: Eu sei, logo a mais cara. Tá bom, então Firenze. Eu, se eu pudesse escolher um lugar pra viajar amanhã, eu acho que eu iria aqui pra pertinho, Santiago de Compostela.
Marco: Ah, Santiago de Compostela é muito bom.
Alexia: E talvez eu descobriria um pouco do País Basco, da Galícia, esses lugares que é pouco falado da Espanha, e que devem ser lindíssimos.
Marco: Eu te acompanharia nessa viagem brincando. Eu só falei Itália, porque eu fui a Itália fazem muitos anos, eu fui duas vezes pra lá.
Alexia: Há quantos anos, pai?
Marco: Não pergunta isso... E daí me disseram que a Espanha… Que a Itália, perdão, ficou diferente, que tem muito turismo e etc. Mas assim mesmo, eu gostaria de ver aquele país que eu acho lindo, lindo. Eu gosto de tudo da Itália, nunca na minha vida imaginei não começar uma viagem que não fosse pela Itália.
Alexia: Tá bom. Então gente, muito obrigada por terem escutado esse nosso episódio um pouco sobre Thanksgiving e um pouco sobre nossos desejos futuros. E provavelmente vocês vão escutar um pouquinho mais do meu pai aqui. Tá bom? Então até o próximo episódio. Obrigada, pai.
Marco: Beijos.