Listen on:
Alexia: Oi, oi, pessoal. Bem-vindos a mais um episódio aqui do Carioca Connection. Eu sou a Alexia, Carioca, brasileira e eu tento todos os dias gravar um episódio junto com o Foster, que está aqui na minha frente, pra vocês ficarem mais pertinhos do Brasil, mais pertinhos da língua portuguesa, e se apaixonarem ainda mais pela cultura brasileira, né Foster?
Foster: É exatamente isso. Oi pessoal, oi Alexia, tá tudo bem?
Alexia: Tudo bem, e com você?
Foster: Tudo ótimo. E é engraçado, porque a gente está querendo… Ai Meu Deus! Eu já comecei com uma frase muito muito difícil. A gente está querendo que nossos ouvintes ficassem mais pertos do Brasil.
Alexia: Fiquem mais perto do Brasil.
Foster: Fiquem mais perto do Brasil, mas agora a gente está em Portugal, no Porto. Mas hoje a gente vai falar sobre Porto das Galinhas.
Alexia: Porto de Galinhas. Meu Deus do céu! Que forma difícil de falar uma coisa simples.
Foster: Então Alexia, você pode explicar sobre o que vamos falar hoje? É uma boa lição que é, quando você quer traduzir diretamente para o inglês, para o português, normalmente vai dar super errado, como podem ver. Como aconteceu agora comigo.
Alexia: Então, o que o Foster quis dizer foi, é engraçado que a gente quer que os nossos alunos, os nossos ouvintes fiquem mais perto do Brasil, né?
Foster: Ahh… Viu?
Alexia: Só que, na verdade, a gente está em Porto, Portugal. E hoje, a gente vai falar sobre Porto de Galinhas. Foi exatamente isso que você quis dizer.
Foster: É, mas foi quase isso que eu falei. Então foi difícil mesmo, mas gente, eu já estou estudando, falando português há mais de 6 anos. Então imaginem as pessoas que estão começando com a língua portuguesa. Meu Deus!
Alexia: Sim. Bom, hoje, como o Foster falou, vamos falar sobre Porto de Galinhas que nada mais é do que uma praia localizada no município que fica no Estado de Pernambuco, no Brasil. Então Porto de Galinhas não é uma cidade, é uma praia.
Foster: Só?
Alexia: Sim.
Foster: Tá. Posso te fazer várias perguntas para começar?
Alexia: Sim.
Foster: Galinha.
Alexia: Chicken.
Foster: É um ‘chicken.’ E galo?
Alexia: Hen.
Foster: Seria um ‘rooster’?
Alexia: Não é isso?
Foster: Que é macho.
Alexia: Da onde eu tirei ‘hen’?
Foster: Acho que é fêmea.
Alexia: Então tá, é isso. Então ‘galinha’ é a menina, a fêmea, né?
Foster: É, mas é bebê?
Alexia: Não. Se não, seria ‘pintinho.’
Foster: ‘Pintinho,’ que fofo. Gente, os brasileiros são tão fofinhos, ‘pintinhos.’
Alexia: Então o ‘rooster’ seria ‘galo.’
Foster: Tá. Uma notinha rapidinha, qual é o som que o galo faz?
Alexia: Cocoricó. O que? Cocoricó-cocó. Não é? Cocoricó.
Foster: Um galo faz qual som mesmo?
Alexia: Cocoricó! Não tô entendendo.
Foster: Pra gente, pelo menos nos Estados Unidos é ‘Cock-a-doodle-do.’
Alexia: Ai, realmente, muito melhor do que ‘cocoricó.’
Foster: Então temos ‘pintinho’ que seria um ‘chicks,’ os bebês. E ‘galinha’ que seria ‘hen,’ as fêmeas. E ‘galo’ que seria o ‘cocoricó,’ o macho.
Alexia: Sim.
Foster: Tá, tá bom. E você falou que é um município que fica no Estado de Pernambuco.
Alexia: Sim. Então tem Pernambuco, o estado, né? O município onde fica Porto de Galinhas se chama Ipojuca. Eu não sei nada sobre Ipojuca, eu só sei sobre Porto de Galinhas, então…
Foster: Tá bom. Ipojuca, que nome...
Alexia: Ipojuca. Deve ter alguma coisa de índio, coisa parecida.
Foster: Parece nome de supermercado, tipo, Hipermega Juca.
Alexia: Tá. Continuando… Bom, Porto de Galinhas é conhecida, muito conhecida, na verdade, por turistas e por surfistas também, porque aparentemente lá tem várias ondas, e é bom de pegar onda e etc. Eu não confio muito nisso porque Pernambuco é conhecido por ter águas quentes, o que atrai muitos tubarões. Então eu jamais iria surfar em nenhuma das praias em Pernambuco, tá? Fica a dica.
Foster: Fica a dica. A Alexia não vai entrar em nenhuma água com tubarão.
Alexia: Não. Por que eu entraria numa água com tubarão? Começa por aí. Se ele vai me morder, talvez arrancar uma perna minha, um braço. Não faz sentido, né?
Foster: Tem razão.
Alexia: Não faz sentido.
Foster: Não vou entrar nessa batalha não.
Alexia: Bom, é muito conhecida pelos turistas, porque as praias são de águas claras, é um dos únicos lugares que você tem realmente uma água clara, uma água de piscina no mar.
Foster: Uhun. Posso te fazer uma pergunta? Eu acho que num episódio anterior, talvez falando sobre Búzios, não lembro, você falou ‘água cristalina.’
Alexia: É a mesma coisa.
Foster: Mesma coisa?
Alexia: Sim.
Foster: Tá bom.
Alexia: Sim. Então todas as pessoas que entram no mar de Porto de Galinhas podem ver os corais, podem ver os peixinhos no seu pé, tartaruga nadando e etc. Então é muito lindo, é muito lindo mesmo. Eu fui uma única vez pra lá, na época que eu estagiava no British Council do Rio de Janeiro.
Foster: Uhun. Quer explicar um pouco o que quer dizer ‘estagiava.’
Alexia: Internship.
Foster: É. Então é o verbo ‘estagiar.’
Alexia: Isso.
Foster: Estava fazendo um estágio.
Alexia: Exato. E aí eu lembro da gente, quer dizer, eu estava ali no meio, obviamente eu não estava jogando rugby, mas eu lembro do pessoal jogando rugby na praia. E muita gente pegando os barcos para atravessar para ir pras piscinas naturais de Porto de Galinhas. Então assim, é uma área extremamente turística, muito turística, a qual os brasileiros em si costumam evitar. Preferem ir para uns lugares um pouco menos turísticos, por exemplo, a Praia dos Carneiros que fica ali embaixo.
Foster: Uhun.
Alexia: Do que para Porto de Galinhas em si.
Foster: Por que fica muito cheio?
Alexia: Sim. Então você tem opções de hotéis, de pousadas, de tudo lá, não há falta disso. A única coisa que você tem que saber é que, chegando no aeroporto de Recife, por exemplo, você ainda vai pegar um carro e dirigir até lá por 2 horas. Não existe aeroporto mais perto do que isso.
Foster: É, a viagem vai ser um pouco demorada.
Alexia: Sim, sim.
Foster: E Alexia, se não me engano, eu lembro que você falou algo sobre cavalinhos do mar.
Alexia: Então, lá tem um projeto muito bacana que se chama Projeto Hippocampus. É ‘hipo’ de hipopótamos. Hippocampus.
Foster: E ‘Campos’ da Alexia.
Alexia: Não, é ‘campus’ mesmo, tipo faculdade.
Foster: Entendi.
Alexia: Hippocampus. É um centro ambiental que consegue preservar e observar a vida dos cavalos-marinhos que é ‘seahorses.’
Foster: Seahorses.
Alexia: É.
Foster: Cavalos-marinhos.
Alexia: Cavalos-marinhos.
Foster: Cavalos. Tem LH ou não? Cavalo.
Alexia: Cavalo. Horse.
Foster: Cavalos-marinhos.
Alexia: Isso.
Foster: O que eu falei? Cavalinhos do mar?
Alexia: É, exato, você falou exatamente isso.
Foster: Tá errado isso?
Alexia: Sim. É ‘cavalo-marinho’ o nome.
Foster: Tá. ‘Cavalos-marinhos.’
Alexia: Sim.
Foster: E você sabe como que fala a ‘vaca do mar’? Vocês falam isso? Um sea cow? Manatee?
Alexia: É peixe-boi, não é?
Foster: É peixe-boi. É peixe-boi.
Alexia: Eu acho que é peixe-boi, exato.
Foster: Eu acho que é também.
Alexia: É engraçado que vocês chama de ‘cow’ e a gente chama de ‘boi’
Foster: Eu não sei se é pejorativo falando ‘sea cow.’ Gente, eu estou pagando muito mico nesse episódio. Surpresa!
Alexia: Bom, de qualquer forma, esse projeto, ele já conseguiu levar mais de 100 mil filhotes de cavalos-marinhos de volta pra natureza. E a forma como você pode cooperar com o projeto, ajudar o projeto é fazer uma visita a essa iniciativa. E aí tem lojinhas, tem lugar pra criança e etc. Então tudo que você compra lá, o ticket, tudo o que você faz lá ajuda o projeto a continuar salvando os cavalos-marinhos.
Foster: Uhun.
Alexia: Eu acho isso muito legal.
Foster: Sim, parece uma ótima ideia.
Alexia: Sim. E o que eu mais gosto é a feirinha de artesanato.
Foster: Oba!
Alexia: Que tem lá sempre. E é obviamente um dos melhores lugares para você comprar lembrancinha, fazer amizade com os produtores locais, porque tem desde comida até pulseirinha, chaveirinho, imã e etc. E uma coisa que as pessoas acham que não, mas lá acontece, na feirinha, os preços são mais baixos do que nas lojas em si. O que, no Rio de Janeiro, isso não acontece tanto. Normalmente, na feirinha, os preços são um pouco mais altos do que nas lojas, porque atrai muito turista.
Foster: É. Mas de qualquer forma, eu acho que as ferinhas, as coisas de artesanatos…
Alexia: Artesanato.
Foster: Artesanato, coisas artesanais.
Alexia: Isso.
Foster: Sempre vale a pena visitar as feirinhas no Brasil, eu sempre acho bem feito, são divertidas. É uma boa forma de conhecer um pouco mais da cultura e falar com pessoas.
Alexia: Sim, sim. E é um lugar muito de pé na areia mesmo, então assim, pra você ir pra lá, o que eu indico é levar repelente por causa dos mosquitos, tem muito. Protetor solar, obviamente, roupas super confortáveis. E pra quem quer sair à noite, tipo, tem um lugar para dançar, tem restaurantes bons, etc, mas lembrando que, se você está indo pra um lugar de praia, você tem que dormir cedo pra acordar cedo para aproveitar a praia no outro dia.
Foster: Exatamente.
Alexia: Então é isso. Fica aí minha dica do nordeste brasileiro.
Foster: ótimo. Muito obrigado, Alexia. Eu gostaria de terminar falando sobre os cavalos do mar.
Alexia: Cavalos-marinhos. Meu Deus!
Foster: Cavalos-marinhos.
Alexia: Isso.
Foster: Eu acho que esse tipo de ecoturismo é um jeito para dar algo para cultura que você está visitando. Eu acho super importante, é uma boa forma de conhecer a cultura e ao mesmo tempo conectar e ajudar o lugar em si. Eu acho super legal.
Alexia: Eu também acho, eu concordo plenamente. Tem outros lugares, no nordeste principalmente, que fazem projetos assim. O Projeto Ibama, das Tartarugas que eu acho que, uma vez por ano, eles soltam as tartaruguinhas pela areia e elas voltam pro mar. E aí tem uma que não conseguem e aí eles vão lá e botam elas de novo.
Foster: Ah, Meu Deus! A gente pode gravar um episódio inteiro sobre isso.
Alexia: Sim.
Foster: Então muito obrigado, Alexia. Até o próximo episódio.
Alexia: Tchau.