Listen on:
Alexia: Oi, pessoal. Bem-vindos a mais um episódio aqui do Carioca Connection, o seu podcast em português preferido, favorito, maravilhoso. Estamos muito felizes em tê-los por aqui, né Foster?
Foster: Muito felizes.
Alexia: E eu sou a Alexia, a co-host aqui do Carioca Connection, junto com o meu querido parceiro, Foster Hodge.
Foster: Meu nome é Foster, eu sou a cobaia.
Alexia: Sim, sim. Bom, gente, hoje nós vamos falar sobre um lugar muito legal no Estado do Rio de Janeiro onde eu passei muito tempo da minha infância e da minha adolescência, que é a serra do Rio de Janeiro, a serra que tem Petrópolis, Teresópolis, Mauá e etc.
Foster: Mauá?
Alexia: Uhun.
Foster: Bom, eu não conheço Mauá, nunca tinha ouvido falado.
Alexia: Nunca tinha ouvido falar.
Foster: Nunca tinha ouvido falar. Antes de começar, a gente acabou de gravar 5 podcasts em inglês pro nosso outro podcast, então eu estou mudando pro português, e eu estou um pouco ansioso.
Alexia: Não, não tem que estar nada. Você sabe falar português muito bem.
Foster: Às vezes, depende do dia.
Alexia: Foster, você já foi à Petrópolis?
Foster: Sim, já. Então hoje a gente vai falar sobre a cidade de Petrópolis.
Alexia: Cidade Imperial de Petrópolis.
Foster: E antes de começar com detalhes, pode falar o nome da cidade bem devagarinho, por favor?
Alexia: Pe-tró-po-lis.
Foster: Todos esses nomes, Petrópolis, Teresópolis são bem difíceis para mim.
Alexia: Sim.
Foster: Petrópolis.
Alexia: Mas é só pensar em ‘petróleo’ e aí ‘Petrópolis.’
Foster: Tá. Então minha pronúncia está correta agora? Petrópolis.
Alexia: Tá, tá ótimo.
Foster: Então é ‘Petrópolis.’
Alexia: Petrópolis.
Foster: Ótimo. Sim, eu fui uma vez só, se não me engano. E não lembro quando, eu acho que em 2013-14, por aí. Então não conheço muito, mas eu lembro que eu gostei muito da experiência, é uma cidade super legal, é uma cidade pequena. E você, você já foi lá várias vezes, né?
Alexia: Sim. Então Petrópolis, como eu estava falando, fez muito parte da minha infância e da minha adolescência. Os meus amigos do colégio tinham casas nos arredores de Petrópolis. Porque tem Petrópolis e a Cidade Imperial de Petrópolis, né? Então tem bairros, é uma cidade, é normal.
Foster: É uma cidade. E fica quanto tempo do Rio?
Alexia: Duas horas, no máximo.
Foster: Duas horas de carro?
Alexia: É, mais ou menos isso.
Foster: Até menos.
Alexia: É porque, como tem que subir uma serra, e aí é um pouco mais complicado, você bota aí duas horas mais ou menos.
Foster: É, mas enfim, é um lugar, vamos dizer, comum pros cariocas visitar ou talvez ter uma casa.
Alexia: Sim, é comum. Assim, não é comum ter uma casa, né? As pessoas que são privilegiadas conseguem ter uma casa na serra, que é como a gente fala. Mas assim, é comum, por exemplo, fazer passeios de colégio pra lá.
Foster: Uhun.
Alexia: Porque é um marco pro Brasil, pro Rio de Janeiro, pro Estado do Rio de Janeiro principalmente.
Foster: É um marco?
Alexia: É um marco.
Foster: Seu pai?
Alexia: Não. Meu pai é um marco pra história, mas de qualquer forma.
Foster: O que quer dizer ‘marco’ nesse contexto?
Alexia: É uma coisa muito importante, é algo que realmente deve ser falado na história do Brasil. É um marco histórico.
Foster: Tá, entendi. Então me explica, porque é uma cidade tão importante? Pelo menos para o Estado do Rio de Janeiro.
Alexia: Bom, Petrópolis era a cidade onde a Família Imperial Brasileira dominava, digamos assim. Então quando você vai visitar Petrópolis, Petrópolis Cidade Imperial, você tem o Museu Imperial, você tem a casa de Santos Dumont, que foi o primeiro homem a voar do mundo.
Foster: Que é um assunto polêmico.
Alexia: Estamos num podcast em português do Brasil.
Foster: Mas a casa dele é super legal.
Alexia: É muito legal.
Foster: Só lembrei agora, quando eu fui pra Casa Imperial.
Alexia: Museu Imperial.
Foster: É, mas é uma casa onde eles moravam, né?
Alexia: Era uma casa onde eles moravam, exatamente.
Foster: Eu lembrei que eu tinha que usar um tipo de meia de plástico para não sujar o chão.
Alexia: Então, isso é o máximo, porque toda vez que eu ia visitar o Museu Imperial... Porque eu fui algumas vezes, né? Na minha época, quando eu era pequena, não era um plástico, era uma pantufa. Então eu ia para aquele museu que, tudo bem, eu entendia mais ou menos a importância, mas obviamente eu era criança, e eu estava muito mais interessada em usar a pantufa e sair patinando pelo chão do museu daquela casa do que qualquer outra coisa. Tipo, “Dom Pedro? Me deixa aqui com a minha pantufa.” Sabe? É mais ou menos isso.
Foster: Então tem o Museu Imperial, tem a casa do... como se chama? Santos Dumont.
Alexia: Tem a casa do Santos Dumont. Tem o Palácio da Quitandinha.
Foster: Que é?
Alexia: É o Palácio da Quitandinha, então fazia parte também das famílias ricas daquela época que… Deixa eu explicar, quando você chega em Petrópolis, logo antes, ainda na entrada, tem a Casa do Alemão.
Foster: Hmmm.
Alexia: Que é um restaurante que todo mundo que vai para Petrópolis, tem que parar na serra para comer os croquetes. É muito bom.
Foster: E no caso, normalmente são croquetes de carne.
Alexia: Sim, exato. É muito bom.
Foster: Que come com mostarda.
Alexia: Ai, que delícia. É muito bom.
Foster: Muito bom mesmo.
Alexia: Sim. Então tem a primeira parada que é a Casa do Alemão. Se você entrar logo depois da Casa do Alemão, ali vai ter o Palácio da Quitandinha, que é um palácio lindo, enorme. É uma casa enorme que hoje em dia, se não me engano, funciona como hotel. Que tem um lago na frente, tem um jardim que as crianças podem brincar. Fazem muitas festas de casamento e festas normais da cidade lá também. Então tem restaurante do lado de dentro que vale a pena comer. Lembrando que Petrópolis, por mais que seja imperial, é um lugar muito modesto assim. Não é uma cidade extremamente desenvolvida, né? Você tem os serviços básicos, mas você não tem, por exemplo, um super shopping que tem na cidade do Rio de Janeiro. Você tem todos os serviços, mas é uma coisa mais... é uma coisa pequena, uma coisa menor.
Foster: É uma cidade pequena.
Alexia: Exato. É uma cidade bem de serra mesmo.
Foster: Uhun.
Alexia: E a Cidade Imperial em si, quem mora nela, até hoje precisa pagar uma taxa para a família imperial Brasileira que até hoje existe.
Foster: É sério isso?
Alexia: É sério.
Foster: Mas ainda existe hoje em dia?
Alexia: Sim, a Família Imperial ainda existe, claro que sim.
Foster: Mas quem são?
Alexia: São pessoas que estudaram comigo no colégio.
Foster: É sério?
Alexia: É sério.
Foster: O que eles fazem?
Alexia: Então, quem seria o nosso rei hoje em dia é uma pessoa muito legal, um amor. Eu fui várias vezes na casa dele, ele era muito amigo dos meus pais. Ele é economista, fotógrafo…
Foster: É rei também.
Alexia: O filho ou a filha, se não me engano, tem Síndrome de Down, então ele é muito voltado a essa causa da Síndrome de Down e etc. Então a família, ela se dividiu em duas partes. Uma que, “Okay, eu sou da Família Imperial, mas não quero nada com isso.” E a família que realmente quer tudo com isso. Que é essa família que quer a volta da monarquia no Brasil e eles realmente lutam por isso. E foram eles que estudaram comigo no colégio.
Foster: Entendi. E eles ainda estão recebendo dinheiro dos moradores da… do Petrópolis?
Alexia: Sim, então...
Foster: Do? Da?
Alexia: De Petrópolis.
Foster: De Petrópolis.
Alexia: Isso. Então qualquer casa que seja comprada ou vendida na Cidade Imperial, você precisa pagar uma taxa de 2.5% do valor. Por que? Aquele terreno, digamos assim, a terra de Petrópolis tem um dono. Esse dono é a Família Imperial.
Foster: Uhun.
Alexia: Por isso que tudo que é construído ou vendido, tem que ser paga ao dono. Gente, eu não concordo com isso, tá? A gente está em 2021.
Foster: Isso ia ser a minha próxima pergunta.
Alexia: Não, eu não concordo com isso. Estamos em 2021, todos eles têm emprego, são autossuficientes, sabe? Ninguém tá precisando de dinheiro de ninguém. Já é muito difícil comprar ou vender uma casa hoje em dia, na economia brasileira, principalmente em Petrópolis. Então assim, não, não deveria estar fazendo isso.
Foster: É, parece um pouco ridículo para mim mas, se não me engano, também em Petrópolis tem a fábrica de uma cerveja.
Alexia: Bohemia.
Foster: Bohemia, é isso.
Alexia: Eu nunca fui.
Foster: Eu fui uma vez e eu acho que vale a pena visitar.
Alexia: É?
Foster: Foi legal.
Alexia: É, as pessoas dizem que é muito legal, que é uma fábrica enorme assim, que é super diferente, que você faz degustação de todas as cervejas, principalmente as artesanais e etc. Então…
Foster: É, se você está interessado na cerveja ou só quer se divertir um pouco, eu recomendo uma visita.
Alexia: Sim. Se vocês pensarem, Petrópolis foi fundada em 1843. Então assim, o Brasil foi descoberto em 1500, né? Em 1843 foi fundada Petrópolis. Então a Família Imperial chegou lá e falou, “Okay, essa aqui é a nossa terra.”
Foster: Nossa!
Alexia: Então foi construído lá o Museu Imperial, que era onde a Família Imperial morava. Tem o Palácio de Cristal. Lembra disso? Que fica bem no centro...
Foster: Que bonito.
Alexia: É lindo. É como se fosse uma greenhouse, é como se fosse… Lá dentro, tem orquídeas, tem plantas…
Foster: Sim, realmente é feito de cristal.
Alexia: É. É lindo, é uma coisa incrível e fica bem no centro, na praça principal da cidade que, de um lado tem a igreja e o outro é o Palácio de Cristal.
Foster: E ao redor da cidade tem muita natureza.
Alexia: Esse seria meu próximo ponto. Ao redor da cidade você tem cachoeira, trilha. Você pode atravessar Petrópolis para Teresópolis pela trilha. Eu nunca fiz isso, mas há quem faça. E quem já fez, que eu conheço, que é o Ralph, adorou, disse que foi o máximo. E assim, as pessoas de Petrópolis gostam muito de receber turistas e vivem disso, então se você senta num restaurante familiar para comer, eles vão te tratar como se fossem reis e príncipes, então…
Foster: Sim. Eu acho que quem está visitando o Rio ou até morando no Rio de Janeiro, super vale a pena visitar Petrópolis, porque você vai receber um… Vai ser uma experiência um pouco mais autêntica.
Alexia: Sim, sim. E eu não posso deixar de falar mais uma vez sobre a casa de Santos Dumont, porque, gente, é incrível. Principalmente pelo fato da maçaneta da porta de entrada, lembra disso?
Foster: ‘A maçaneta,’ quer explicar o que é?
Alexia: The door knob.
Foster: The door handle.
Alexia: É. Que foi feita ao contrário, porque ele era, se não me engano, canhoto. Então tem alguma coisa estranha que eu lembro quando eu era criança, que eu falava, “Mas não é o normal.” Lembra disso? Que para abrir a porta, você tem que fazer ao contrário.
Foster: Eu não lembro, mas ‘canhoto’?
Alexia: ‘Destro’ quem escreve com a mão direita. ‘Canhoto’ quem escreve com a mão esquerda.
Foster: Left-handed. Ah, é uma palavra que eu sempre esqueço. É, mas ele é um cara super interessante. Até tem um aeroporto no Rio, tem o Galeão que é o internacional, e outro aeroporto que é o Santos Dumont.
Alexia: Sim, sim. Enfim, então é mais ou menos isso. Eu super indico vocês visitarem a serra no Rio de Janeiro, um lugar lindíssimo. Tá cheio de Airbnb hoje em dia para alugar por lá. Vocês podem fazer Petrópolis e Teresópolis em 4 dias, que eu adoro. E é isso, saudades da serra lá do Rio.
Foster: Muitas.
Alexia: Sim. Eu andava à cavalo por lá também. Eu fazia day tours à cavalo.
Foster: Day tours?
Alexia: É. Então você pode ter cavalgadas também, que tem pessoas que vivem disso por lá, e os cavalos são super bem tratados, enfim. Então tem muita coisa para fazer.
cavalgadas - horseback riding
Foster: É. É um lugar muito bonito. Eu acho que indicamos fortemente.
Alexia: Fortemente.
Foster: Fortemente. E mais alguma coisa, Alexia?
Alexia: Não, só isso.
Foster: Então só isso por hoje. Como sempre, obrigado por escutar mais um episódio do Carioca Connection. E até o próximo.
Alexia: Tchau!