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Alexia: Oi pessoal. Mais um episódio aqui do Carioca Connection, seja muito bem-vindo ou bem-vinda. Eu espero que você esteja gostando da nossa quinta temporada, que tá sendo bem diferente das outras, bem… Vamos dizer certinha e perfeitinha, né Foster?
Foster: Certinha e perfeitinha. Eu gostei.
Alexia: Então como vocês talvez já saibam, e se você é novo aqui, vamos lá. Eu sou a Alexia, brasileira, nasci no Rio de Janeiro, sou carioca. E eu to aqui com o Foster que é americano, da Carolina do Sul, e que fala português maravilhosamente bem, mas está precisando rever alguns conceitos.
Foster: Exatamente. Meu nome é Foster, eu sou americano, eu acho que eu falo português. No passado, eu teria falado que eu falo português bem, mas hoje em dia, como eu já passei muito tempo nos Estados Unidos, o meu português está sofrendo. Então a Alexia está aqui pra me ajudar um pouco.
Alexia: Sim. E hoje nós temos um assunto muito interessante e que a gente vai contar uma historinha pra vocês, na verdade, de como que a gente pegou o nosso Buddy, o nosso cachorro.
Foster: Sim! A gente tem um cachorrinho, o nome dele é Buddy, e eu acho, como vocês já sabem, a gente adora, ama cachorros. Então realmente é nosso assunto favorito.
Alexia: Sim. É nosso assunto preferido ou favorito de falar, tanto faz.
Foster: Ou predileto.
Alexia: Sim, ou predileto. Enfim, então Foster, por onde a gente começa?
Foster: Não sei exatamente. Eu estou um pouco preocupado com o fato que... Eu espero, daqui a pouco, a gente vá se ver de novo, né? No mesmo lugar físico. E eu vou conhecer o Buddy pela primeira vez, eu só conheço ele por vídeo. E eu estou um pouco preocupado com todo o vocabulário, as conversas ao redor dos cachorros, né?
Alexia: Sim.
Foster: Eu sei que eu vou passear com ele e pessoas vão me perguntar coisas que eu não sei responder.
Alexia: Sim. E também muito importante porque, caso você precise levar ele pra um veterinário ou coisa parecida, você precisa saber falar sobre o seu próprio cachorro, certo?
Foster: Exatamente, mas começando com o básico, eu nem estava pensando, tipo, numa coisa médica. Eu estava pensando, tipo, passeando com ele só.
Alexia: Sim, então vamos começar do começo. O nosso cachorro, que na verdade é um filhote, porque ele é um bebê. Então bebê de cachorro é filhote.
Foster: Sim. Já tenho uma pergunta, Alexia.
Alexia: Uhun.
Foster: Existe uma diferença entre a palavra 'filhote' e 'cachorrinho'?
Alexia: Não. Assim, 'cachorro' é um cão adulto, né? É um cachorro adulto. E 'filhote' é um bebê, é o que ainda não tem 1 ano de idade.
Foster: Uhun. É, basicamente minha pergunta é: 'filhote' e 'cachorrinho', as duas palavras podem ser usadas como puppy?
Alexia: Pode, pode. Eu diria que filhote é muito mais do que cachorrinho, porque cachorrinho pode ser em relação ao tamanho do cachorro.
Foster: Uhun.
Alexia: Então, por exemplo, um Chihuahua, é um cachorrinho, é um mini-cachorro, mas não necessariamente ele é um filhote, entendeu?
Foster: Exatamente.
Alexia: Então o Buddy, que é o nosso filhote, ele tem 5 meses de idade, vai fazer 6 meses em outubro de 2020. E ele chegou pra gente vai fazer 3 meses.
Foster: Sim, a gente pegou ele em julho, né?
Alexia: Sim, exatamente. E é o nosso primeiro cachorro, né? Como adultos, nós mesmos tomando conta dele, tendo responsabilidade em relação à ele. Porque os nossos antigos cachorros, na verdade os nossos pais que tomavam conta, certo?
Foster: Sim. Então Alexia, primeiramente eu acho que o que me dá um pouco de ansiedade são as perguntas que as pessoas vão me perguntar quando eu estou passeando com o Buddy. Então você tem exemplos de sei lá, perguntas comuns que pessoas te perguntam na rua?
Alexia: Sim. A primeira coisa que me perguntam é, "Posso tocar? Posso fazer carinho?" E normalmente eu falo, "Claro que pode, mas cuidado porque ele pula muito, porque ele ainda é um filhote então ele ainda não tem noção de como ficar quieto na hora de receber carinho".
Foster: Adorei essa frase, 'receber carinho'.
Alexia: Sim.
Foster: Tem muita diferença entre 'eu posso tocar ele' e 'posso fazer carinho nele'?
Alexia: Não, não. Posso tocar ele, posso fazer carinho significa a mesma coisa em relação à ele, né? Então, normalmente quem toca já vai fazendo carinho direto. E ele ama, né? Porque ele ama, ama, ama, ama falar com todo mundo.
Foster: Sim, ele ama. E só para clarificar, eu acho que a melhor tradução pra fazer carinho seria (to) pet né?
Alexia: Sim. E logo depois dessa pergunta, normalmente eles me perguntam, "É menino ou menina? É macho ou fêmea?"
Foster: Sim. Então macho seria menino né, e fêmea seria uma menina.
Alexia: É, vamos lá, 'cachorro' é macho e 'cadela' é fêmea.
Foster: Sim. Tem muitas palavras aqui, muito vocabulário. Então temos um cachorro menino que é um cachorro, também pode ser um macho. E também temos uma cachorra menina que seria que uma cadela.
Alexia: Um cachorro fêmea.
Foster: Um cachorro fêmea que também é cadela, que é uma menina.
Alexia: Exatamente. É uma menina, isso aí.
Foster: Nossa! Viu gente, que já é complicado.
Alexia: E lembrando que tanto cachorro quanto cadela, usados para humanos, por exemplo, "Aquele cara… Aquele homem é um cachorro". "Aquela mulher é uma cadela". Tem uma conotação horrorosa, é horrível.
Foster: É. Eu acho que é bem parecido com o inglês, tipo, chamando alguém de cachorro, cadela não é muito bem visto.
Alexia: Não. Então me perguntam isso, se é macho ou fêmea e depois me perguntam a raça do Buddy.
Foster: Uhun. E qual seria a pergunta completa?
Alexia: "Qual é a raça dele?"
Foster: Tá bom. E a raça, no caso, seria o breed. Tem outras palavras pra raça? Tipo, pode falar, "Qual tipo de cachorro é?"
Alexia: Pode, mas assim, talvez só as crianças falem assim. Normalmente é, "Qual é a raça dele?"
Foster: É. Isso parece mais um tradução do inglês, tipo, "What kind of dog is it?"
Alexia: É.
Foster: Mas no português a gente fala, "Qual é a raça dele?" Tá correto isso?
Alexia: Isso, você nem precisa botar dele ou dela, você pode falar, "qual é a raça?"
Foster: Qual é a raça? Gostei.
Alexia: Isso.
Foster: E a resposta?
Alexia: Então, existem duas resposta para o nosso cachorro, porque nos Estados Unidos ele é reconhecido Brittany Spaniel. Na verdade, ele é French Brittany Spaniel. E no resto do mundo ele é Epagneul Breton.
Foster: Que são palavras francesas.
Alexia: Sim, exatamente. Mas o que eu to falando agora é completamente em português, o qual todo mundo entende, Epagneul Breton. Se eu falar Brittany Spaniel aqui, ninguém entende. Eles reconhecem como Epagneul Breton.
Foster: Tá, pode falar mais uma vez pra mim?
Alexia: Epagneul Breton.
Foster: Epagneul Breton.
Alexia: Isso.
Foster: "Ah, qual a raça dele? Qual a raça?" "Ele é um Epagneul Breton".
Alexia: Breton.
Foster: Breton.
Alexia: Isso.
Foster: Nossa, eu vou sofrer muito com isso. "Ele é um Brittany Spaniel. Entende?"
Alexia: E aí muitas pessoas falam, "Ah, é um primo do Cocker? É um primo do Setter?" E eu falo, "Sim, é um primo do Setter, é um primo do Cocker, é um cão de caça, é um cachorro de caça." E aí as pessoas normalmente conseguem saber qual é a raça.
Foster: Sim, e só pra explicar, ele é um caçador, mas não somos caçadores.
Alexia: Não.
Foster: Tipo, ele adora cheirar coisas, comer coisas no chão. É óbvio que ele é um caçador, é um cão da caça.
Alexia: Cão de caça.
Foster: Ele é um cão de caça, mas ele não vai caçar com a gente. Só pombinhos.
Alexia: E gaivotas. Mas é isso, e essas são as perguntas normalmente. E aí, para quem conhece a raça, para quem já teve ou já teve contato com a raça, sempre o complemento da conversa é, "Ah, mas tem muita energia, né?"
Foster: Exatamente. Ele tem mesmo, ele tem muita.
Alexia: Nossa Senhora.
Foster: Ele é um cão energético.
Alexia: Muito, demais, demais.
Foster: Bom Alexia, eu acho que isso é um bom começo, isso já me ajuda bastante. E acho que dá para continuar essa conversa sobre cachorros, sobre como falar sobre cachorros nos próximos episódios.
Alexia: Perfeito.
Foster: Então até o próximo.
Alexia: Tchau.