Listen on:
Foster: Are you ready to go, Alexia?
Alexia: Sim senhor.
Foster: Testing, testing.
Alexia: Olá olá.
Foster: Okay, part 2 of Foster trying to speaking Portuguese when he’s very sleepy with a headache. 3, 2, 1. Take it away Alexia. Keep it in, keep it in the episode.
Alexia: Oi pessoal, hoje temos mais um episĂłdio sobre Fernando de Noronha. Como vocĂŞs perceberam, nĂłs fizemos uma super pesquisa sobre esse lugar incrĂvel e eu acho que ficaram, que se tornaram episĂłdios muito muito bons.
Foster: Oi Alexia, tudo bem?
Alexia: Oi Foster, tudo e com vocĂŞ?
Foster: Como você está?
Alexia: Eu estou bem e você um pouco melhor já?
Foster: É…. Sim, sim. Eu estou sentindo um pouco melhor, mas eu acho que meu português vai seguir complicado hoje, digamos.
Alexia: Vai nada, tá tudo certo. Eu que vou falar mais mesmo, então tudo bem.
Foster: EntĂŁo fale amor.
Alexia: To falando.
Alexia: Fale.
Alexia: Bom, vamos continuar com a história de Fernando de Noronha. Então você que surgiu hoje aqui, volta um episódio atrás, escuta o primeiro episódio sobre Fernando de Noronha pra entender sobre o que que a gente tá falando, que é a história do arquipélago de… Um dos mais importantes do Brasil.
Foster: É, se é a primeira vez que você está escutando esse podcast, você vai ficar muito muito confuso se você não escutar o episódio anterior, né?
Alexia: Exatamente. Bom, então continuando com a nossa linha do tempo, nós chegamos no ano de 1942, que é bem quando a Segunda Guerra Mundial tá acontecendo né? E aà o que que aconteceu?
Foster: Sim.
Alexia: O querido governo dos Estados Unidos.
Foster: Parece que tem uma...
Alexia: O que?
Foster: Uma Segunda Guerra Mundial acontecendo agora no coworking.
Alexia: Por quĂŞ?
Foster: Que a gente está gravando.
Alexia: Virginia deve estar aqui do lado.
Foster: Tá, pode continuar, você estava falando sobre guerra né?
Alexia: É, eu to falando sobre a Segunda Guerra Mundial que foi quando o arquipĂ©lago se tornou federal, ou seja, saiu de Pernambuco de novo, se tornou federal e passou a servir como uma base avançada da guerra. E de muito uso do querido Estados Unidos, seu paĂs.
Foster: Sim, nĂŁo Ă© meu paĂs, eu sou cidadĂŁo americano.
Alexia: Sim, Ă© seu paĂs amor, nĂŁo começa com isso.
Foster: É, mas você não precisa, sei lá, é muito muito, é muita coisa pra lidar com isso tudo.
Alexia: Isso tudo pra dizer que a partir de 1942 até 1988, ou seja, um ano antes da gente nascer, o arquipélago não voltou pra Pernambuco, só quatro décadas e meia depois que Pernambuco voltou a ter o arquipélago de volta ao estado.
Foster: EntĂŁo esse tempo inteiro...
Alexia: Durante esse tempo todo era federal.
Foster: Era americano?
Alexia: NĂŁo, era federal.
Foster: Ah, tá.
Alexia: Era federal. E aĂ, com Juscelino Kubitschek como presidente, em 1957 foi quando finalmente a prisĂŁo, nĂ©, que a gente andou falando sobre toda a prisĂŁo, foi fechada e foi a primeira vez que um presidente visitou o arquipĂ©lago, um presidente brasileiro visitou o arquipĂ©lago.
Foster: É, pode falar o nome do presidente de novo por que…
Alexia: Juscelino Kubitschek.
Foster: Fala mais devagar amor, pelo amor de Deus.
Alexia: Juscelino.
Foster: Juscelino.
Alexia: Kubitschek.
Foster: Kubitschek. Também conhecido como J.K. né?
Alexia: Exatamente.
Foster: É o que eu falo sempre, J.K. meu brother.
Alexia: Sim, e eu acho, eu nĂŁo tenho certeza, mas ou parte da famĂlia dele ou a filha dele, eu nĂŁo lembro direito, era amiga dos meus pais na Ă©poca.
Foster: É, bom, vamos verificar isso com o Marco Antônio depois, mas agora pode continuar com a história Alexia.
Alexia: Sim. Em 1972 abriu a primeira pousada pra turistas, então finalmente tava virando um arquipélago de visitação e não só de prisão, de federal, prisão, ciganos, Farroupilhas, tudo isso. Claro que existe também muita gente que fala e eu tenho certeza que isso aconteceu, que o arquipélago foi pra onde várias pessoas durante a ditadura foi mandadas, né, as pessoas foram mandadas.
Foster: Desconhecidos. NĂŁo, desconhecidos nĂŁo, desaparecidos.
Alexia: É, “desaparecidos.”
Foster: É, mortos né.
Alexia: E foi um ambiente de tortura, né, enfim porque era federal, foi bem na época, só em 1957 a prisão foi fechada, então com certeza aconteceu isso lá.
Foster: É uma história muito escura, porque hoje em dia...
Alexia: Muito, Ă© muito dark.
Foster: É muito dark?
Alexia: É.
Foster: VocĂŞs falam isso em portuguĂŞs?
Alexia: Uhun.
Foster: Cada episódio você vem com uma palavra nova que… Então, mas eu fiquei impressionado que quando todo mundo pensa sobre essa ilha, é uma das ilhas mais famosas do mundo.
Alexia: É.
Alexia: Pra turismo, não pra morrer com ciganos, prisão, sei lá.
Alexia: É muito surreal, é muito surreal. E como era um arquipélago né, tipo assim, tudo que acontecia lá, ninguém sabia o que que tava acontecendo. Era só jogar os corpos no mar, beijinho e tchau tchau. Então eles estavam fazendo o que queriam com essa prisão, desde sempre.
Foster: É, mas parou né?
Alexia: Parou, parou.
Foster: Agora Ă© um lugar legal.
Alexia: Sim. E aà em 1988, como eu falei, voltou a ser parte do estado de Pernambuco e foi quando tudo mudou, tudo mudou. Teve uma campanha liderada pelo ambientalista José Truda Palazzo Júnior que conseguiu transformar a maior parte do arquipélago em parque nacional.
Foster: Ele Ă© italiano?
Alexia: NĂŁo sei amor.
Foster: Tá, com esse nome Palazzo.
Alexia: Sim, mas você sabe que existiu uma grande migração italiana…
Foster: Não, mas a gente já, o episódio pass… No episódio anterior a gente estava falando sobre italianos, sei lá.
Alexia: A gente falou sobre Américo Vespúcio que era italiano.
Foster: É, eu acho que não são parentes.
Alexia: NĂŁo.
Foster: Talvez, é…
Alexia: E sĂł em 2001, ou seja, pouquĂssimo tempo atrás, Fernando de Noronha se tornou PatrimĂ´nio Natural da Humanidade. E aĂ chegamos...
Foster: Uhun, do UNESCO né?
Alexia: No MĂ©xico?
Foster: Do UNESCO?
Alexia: Ahn?
Foster: UNESCO.
Alexia: UNESCO!
Foster: UNESCO?
Alexia: É.
Foster: Eu acho que aqui em Portugal onde a gente tá agora, eles falam “UNESCO.”
Alexia: Menor ideia…
Foster: Por isso eu falei, eu falei certo, mas vocĂŞ falou que, UNESCO...
Alexia: UNESCO, eu posso estar errada, mas do jeito que você está falando parecia do “México.”
Foster: É, não tem nada a ver com o México, mas é a organização que dá esse negócio de Patrimônio da Humanidade né?
Alexia: Sim, sim. EntĂŁo, sĂł em 2001 o arquipĂ©lago se tornou PatrimĂ´nio Natural da Humanidade e aĂ foi quando realmente começou a se tornar um arquipĂ©lago turĂstico e viver do turismo e saber explorar, nĂ©, essa parte e fazer com que o arquipĂ©lago se tornasse tanto um lugar bom para se morar, quanto para se visitar.
Foster: Ah Ă©?
Alexia: É.
Foster: Tem pessoas que mora lá?
Alexia: Sim.
Foster: Hoje em dia?
Alexia: Tem pessoas que moram lá.
Foster: Mas nĂŁo Ă© caro pra caramba?
Alexia: Morar? Todas as pessoas que moram lá são donas de pousadas, donos de restaurantes, que tem…
Foster: Entendi.
Alexia: Companhia turĂstica, entĂŁo vivem disso e vivem pra isso.
Foster: Entendi.
Alexia: É. Bom, como chegar em Fernando de Noronha hoje em dia? Você precisa ir para Natal ou Recife e pegar um avião e voar para Fernando de Noronha que tem um aeroporto lá.
Foster: É, então você precisa pegar avião pra pegar mais uma avião. É isso?
Alexia: Sim, exatamente.
Foster: Então não é o lugar mais fácil de chegar.
Alexia: Não. Bom, pra você entrar na ilha, você precisa pagar uma taxa ambiental, que hoje em dia custa R$64,25 por dia, então se você for ficar…
Foster: Por dia?
Alexia: É.
Foster: É eu concordo com isso né, reais, isso é tipo 15 dolares por dia.
Alexia: Sim.
Foster: É, eu concordo
Alexia: Sim.
Foster: Legal, eu apoio isso
Alexia: Mas que você pode pagar pela internet ou direto no aeroporto, você não vai conseguir entrar na ilha sem pagar essa taxa ambiental. As únicas pessoas que não pagam taxa ambiental são as aeromoças, comissários de bordo e piloto.
Foster: Imagino as pessoas que moram lá.
Alexia: Sim sim.
Foster: Os moradores.
Alexia: Sim, eu to falando em relação a visitação.
Foster: Tá bom.
Alexia: Tá? É… Comida, você encontra todos os tipos de comida, mas claro que é muito voltada à frutos do mar. Peixes…
Foster: Por quĂŞ?
Alexia: Porque, como assim, você tá me sacaneando né?
Foster: To.
Alexia: Tá ótimo.
Foster: É um arquipélago amor.
Alexia: É o que?
Foster: Arquipélago.
Alexia: Arquipélago.
Foster: Arquipélago.
Alexia: Arquipélago.
Foster: É um grupo de ilhas.
Alexia: E você pode gastar desde R$20 num self service até tipo R$200 por pessoa num restaurante super bacana e super caro.
Foster: É e só pra explicar, quando a Alexia fala self service, basicamente é um buffet livre né?
Alexia: A kilo, buffet livre, o que for do restaurante, mas que vocĂŞ prĂłprio se serve, self service.
Foster: Exatamente.
Alexia: Bom, o que que você faz na ilha? Além das imensas trilhas que existem por lá. Existem muitas trilhas e muitos lugares pra conhecer.
Foster: Eu sei o que eu faria se eu estivesse lá.
Alexia: VocĂŞ pode mergulhar e nadar...
Foster: Com os golfinhos.
Alexia: Com os golfinhos.
Foster: Eu quero fazer isso!
Alexia: Com as tartarugas marinhas.
Foster: Tem também?
Alexia: Tem muitas tartarugas marinhas. E uma coisa que eu nunca faria na minha vida que seria nadar com os tubarões.
Foster: Eu faria sem pensar duas vezes.
Alexia: Menor condição.
Foster: Mas você fica tipo num caixa né?
Alexia: NĂŁo!
Foster: Livre?
Alexia: É mergulho livre, porque...
Foster: A nĂŁo, nem a pau!
Alexia: Exatamente.
Foster: Só com os golfinhos, tem uma área, tipo, uma área simpática?
Alexia: Tem, se chama BaĂa dos Golfinhos, que Ă© onde eles ficam.
Foster: Ah, legal.
Alexia: E aĂ vocĂŞ pode mergulhar.
Foster: Não tem tubarão lá?
Alexia: Hmm, eu acho que os golfinhos não gostam dos tubarões e vice-versa, porque os golfinhos atacam né, eles não são muito simpáticos.
Foster: Eu sempre ouvi isso, que os golfinhos, tubarões tem medo do golfinho.
Alexia: É.
Foster: Mas golfinho Ă© muito simpático com ser humano, porque somos mamĂferos tambĂ©m nĂ©, um animal impressionante.
Alexia: É. E hoje em dia virou um santuário dos golfinhos, principalmente lá.
Foster: Gente, eu poderia falar um dia inteiro sobre golfinho.
Alexia: Bom…
Foster: Meu animal de espĂrito.
Alexia: Gostei. Teve uma história muito engraçada que uma amiga minha da faculdade, séculos atrás, a Tami, um dia ela foi pra Fernando de Noronha e ela tava morrendo de medo do mergulho com os tubarões né, que na época o namorado, hoje em dia marido, tava querendo muito mergulhar com os tubarões e eu falando assim “Tami, por favor não faz isso. Mergulha com as tartarugas, com os golfinhos, mas os tubarões não, não precisa disso.” Aà ela falou que foi na reunião antes com os guias, né, porque você não pode fazer nada na ilha sem guia, o que eu acho muito bom isso, que os guias viraram pro grupo e falaram, “não se preocupem, porque os tubarões são praticamente vegetarianos, eles…”
Foster: Praticamente?
Alexia: Esse praticamente é ótimo. “Porque eles não vão te atacar, eles não sentem necessidade de atacar os humanos, porque aqui eles encontram tudo, eles encontram comida, eles não passam fome, então tudo bem.”
Foster: Que será que eles comem?
Alexia: AĂ... Ahn?
Foster: Que será que eles estão comendo? Não, eu nunca ouvi falar que tubarões são vegetarianos.
Alexia: NĂŁo amor, ele tava brincando.
Foster: Ahh…
Alexia: Claro, isso foi uma ironia, ele fala isso pra acalmar as pessoas pras pessoas realmente fazerem o mergulho com os tubarões, entendeu?
Foster: Eu estava imaginando um tubarão comendo espinafre, sei lá…
Alexia: Bom, e aà a Tami depois falou que ela desistiu, ela não quis ir, e a gente ficou rindo disso, porque eu falei, “sim, tubarão é vegetariano até você levantar, fazer um movimento minimamente brusco, que ele não goste, ele vai e te ataca, e aà ele deixa de ser vegetariano naquele momento.”
Foster: É. Você quer explicar a palavra “brusco”?
Alexia: Brusco?
Foster: Brusco.
Alexia: É um movimento que você não tá prevendo né, que te assusta, é um movimento…
Foster: Tipo, rápido, inesperado.
Alexia: É, exatamente, exatamente.
Foster: É uma boa palavra isso. “Brusco.”
Alexia: Brusco. Movimento brusco. Bom, na ilha, no arquipélago, como eu falei lá no outro episódio, só tem um banco, um caixa eletrônico, ou seja, pra você ir lá, a maioria dos lugares não aceita cartão, cartão de crédito nem nada, e é importante você levar dinheiro.
Foster: Sempre, sempre Ă© uma boa ideia. Amor, vocĂŞ queria ou vocĂŞ quer visitar um dia?
Alexia: Sim, claro.
Foster: Pra mim parece ótimo, mas eu vi tantas coisas em revistas, no Instagram, parece que está muito muito lotado hoje em dia, que todo mundo vai lá.
Alexia: Sim, Ă© sobre isso que a gente vai falar no prĂłxima episĂłdio.
Foster: Tem mais um?
Alexia: Tem mais um.
Foster: Oba! Então até já já.
Alexia: Tchau!