Foster: : Oi pessoal, e oi minha namorada. Como está?
Alexia: Eu estou bem, e você?
Foster: Eu estou ótimo, não posso reclamar.
Alexia: Ótimo, muito bom saber. O que a gente vai falar hoje?
Foster: A gente vai falar sobre uma coisa super legal, que eu acho, que eu estava lendo um artigo falando sobre as nacionalidades – como é que fala?
Alexia: Nacionalidades.
Foster: Nacionalidades. Desculpe, eu estava lendo em inglês pensando em português. As nacionalidades mais legais do mundo, quer saber alguma coisa?
Alexia: Claro que eu quero. O que conta?
Foster: Tá, vamos lá. O quinto mais legal – a quinta, nacionalidade é feminina- é americano. Daí as pessoas de Mongólia. Terceiro, Jamaicanos...
Alexia: Jamaicanos são muito legais mesmo!
Foster: Segundo de Singapura, que eu realmente não conheço nenhuma pessoa de Singapura, mas no ranking número 1, pode adivinhar quem é?
Alexia: Quem? Quem? Quem?
Foster: O brasileiro.
Alexia: Claro né gente!
Foster: Brasileiro é o pessoal mais legal do mundo. Está confirmado!
Alexia: A gente sempre fica em ranking tipo “último em educação, saúde, etc.” A gente tinha que ganhar alguma coisa, então, realmente nós somos muito legais.
Foster: Eu concordo que as vezes é difícil descrever como que é o brasileiro, porque é um país tão diverso, tão diferente, e um país tão rico de coisas diferentes, né?! Mas sempre posso falar que o brasileiro é legal, tipo, pode deixar, eles são legais, né?
Alexia: Sim sim. A gente fala que a gente tinha uma frase falando sobre Papa, né...
Foster: Papa é Pope, né?
Alexia: Isso, porque quando o Papa Francisco foi eleito o novo Papa, todos os argentinos começaram a falar “Ha, o Papa é argentino, o Papa é argentino” tipo sacaneando. Não sei por que que eles queriam sacanear, mas enfim, e aí os brasileiros começaram “Ha, se o Papa é argentino, Deus é brasileiro”. Porque é, enfim, eu acho que é mais ou menos isso. O brasileiro é muito legal de verdade, a gente gosta dos outros, a gente quer ajudar, a gente sempre tá feliz. Todo mundo fala “ha o brasileiro nunca tá triste” e é verdade, eu não vejo as pessoas tratando mal os outros, sabe, na rua. Outro dia eu estava, fui comprar uma casquinha de sorvete no Mcdonalds que é aqui do lado né, e o sundae do McDonalds é maravilhoso...
Foster: Não vou entrar nesse assunto agora, mas...
Alexia: É aqui do lado da minha casa, é barato e é bom...
Foster: Eu falei que não vou entrar nesse assunto agora, continue.
Alexia: E aí tinha um turista, um gringo, tentando explicar que ele queria casquinha, mas ele estava falando eu acho que era cucorito, cocoritia, cucaracha, sei lá o que que era.
Foster: Cucaracha eu acho que não!
Alexia: E a menina do caixa tava assim “Senhor, yo no compreendo” e ela falando em espanhol com mix de inglês e tal “yo estoy aqui para te ajudar, ajudar, help help, ajudar usted” e assim fica. E aí ele olhava para mim e eu falava assim “Sir, do you need some help?” and he was like “yo no hablo inglês, yo no hablo inglês, solamente castelhano”, aí eu falei assim íí Castelhano não é comigo, mas aí eu e a menina começamos a apontar né, pra o que que ele queria, se era o copinho, se era casquinha, se era sei lá o que que ele queria. Aí ele falou “cocorito” aí eu apontei a casquinha, e ele “isso, casquinha, casquinha”. Então assim, a gente não, a gente faz de tudo para agradar o outro, sabe?! É muito legal.
Foster: Sim, sim. Eu, bom, eu acho muito polêmico, porque o negócio de simpatia, o brasileiro é muito simpático, eu concordo com isso, mas você tem mais razões, porque o brasileiro é legal tipo geralmente. Eu acho que nesses rankings internacionais tem mais a ver com o negócio de samba, dança, do jeito de ser do brasileiro, né?
Alexia: Eu acho que a gente sempre foi, é, exatamente. Eu acho que a gente sempre foi assim, e na realidade se você pensar, eu, a gente é um povo tão misto, tão misturado, e tão diferente um do outro, e você encontra brasileiro que é branquinha de olho azul e loira, como também negro de olho azul, negro de olho castanho e gente que é parda, que é mulata, que é, sabe... que é tudo, então, eu não sei se a gente sempre foi acostumado com as diferenças e por isso a gente aprende a ser muito simpático com tudo e aceitar muita coisa. Sinceramente eu não sei. Eu sei que nós somos muito bem visto nesse quesito lá de fora, sempre gostamos de festa, de conhecer pessoas, de falar, de sair, e também a gente vê o mundo de uma forma diferente do que é. Eu acho que é mais ou menos isso.
Foster: É, é uma coisa que eu sempre falo que o Brasil é o melhor lugar para ser turista, porque qualquer um pode ser brasileiro. Então, se você está vestido mais ou menos como um brasileiro, depende do lugar, obviamente, você pode ser brasileiro antes de abrir a boca.
Alexia: Sim, o Foster aqui ele não passa como americano, ele jamais será visto como americano, ele é o perfeito brasileiro. Então assim, fisicamente né, ele sempre vai ser um perfeito brasileiro. Até porque o passaporte brasileiro é o que mais vale no mercado negro, né, porque qualquer um pode ser brasileiro.
Foster: Sim, sim. Mas fisicamente porque eu estou tão forte? Tão gato.
Alexia: Fisicamente porque você não se veste que nem gringo quanto tá aqui, e também é um brasileiro normal, ou seja é lindo, é maravilhoso, é gato...
Foster: Meu estilo é muito legal, obrigado. Só pra clarificar né gente. Bom, mas eu tenho muitas e muitas perguntas, mas eu acho que a coisa mais importante é que o brasileiro é legal, e tem uma frase em português que é, uma de outro brasileiro, que é “O Brasil...” não “O melhor do Brasil é o brasileiro”
Alexia: É o contrário, o melhor do Brasil, é o brasileiro. E eu assino embaixo que é isso mesmo.
Foster: Sim, sim. E basicamente, acho que está frase é, fala tudo sobre esse negócio de o brasileiro ser legal, né.
Alexia: Sim, sim. Então assim, não se preocupem, por exemplo, se você ficar perdido sempre vai ter alguém para te ajudar. Outro dia eu tava vendo, eu tenho tempo para falar sobre isso? Ou já acabou?
Foster: Não, pode falar amor. Não tem regras aqui.
Alexia: Eu tava vendo num grupo que eu faço parte no facebook, que é de female digital nomads, e uma menina tava falando que morou aqui no Rio por dois anos, e ela tava muito triste porque tinha terminado o namoro, que não tava se sentindo bem, era época de Natal e Ano novo, e ela falou e eu não tinha praticamente nenhum amigo na época, umas meninas da sala dela na faculdade que ela tava em intercâmbio aqui descobriram isso, e fizeram ela sair com elas, ir ao cinema, convidaram ela pra passar o Natal na casa de uma delas, passar o Ano novo com uma outra. E assim, então assim a gente está aqui para ajudar, a gente vai acolher a quem precisa, a gente vai ajudar quem precisa, então é muito legal. Isso eu sinto falta dessa questão do Brasil em qualquer lugar do mundo.
Foster: Sim, sim. É um povo com muito calor, com muito amor. É uma coisa maravilhosa. Maravilhosa.
Alexia: Gente, a gente fica melhor amigo do garçom. Então assim, a gente chega no bar e já sai abraçando o garçom e pergunta se o garçom quer sentar com a gente no bar. Então, é isso sabe, a gente é muito amigo de todo mundo mesmo.
Foster: É, se você já ouviu nosso episódio sobre o serviço no Brasil, você sabe que é uma coisa polêmica que eu discordo um pouco sobre isso, mas enfim o brasileiro é legal e o melhor do Brasil é o brasileiro, concorda?
Alexia: Exatamente, concordo e assino embaixo.
Foster: Tá bom.É isso aí por hoje gente.
Alexia: Então tá bom, tchau!
Foster: Tchau!