Foster: Olá, Alexia!
Alexia: Oi, Foster!
Foster: E aí, tudo bom?
Alexia: Tudo e com você?
Foster: Tudo ótimo! Então, é, Alexia! Vamos falar sobre o que, hoje?
Alexia: O que a gente prometeu no podcast passado, né? Que é coisa para fazer ao redor de Paraty.
Foster: Sim, a gente tem problemas com isso de prometer que a gente vai…
Alexia: Coisas!
Foster: Falar sobre! Prometer coisas e não…
Alexia: E pior que não é nem tipo “vamos prometer e não vamos fazer mesmo!”. Não, é esquecimento!
Foster: É! Mas, vamos mudar tudo isso! E agora a gente está falando sobre Paraty. No último episódio estávamos falando sobre Paraty mesmo e...
Alexia: Cidade Histórica.
Foster: Centro Histórico. E agora vamos falar sobre ao redor da cidade, porque tem muita coisa. Tem cachoeiras, tem praias lindas, é um dos meus lugares prediletos do Brasil inteiro. Então, Alexia, por onde você quer começar?
Alexia: Vamos começar pela Praia do Sono?
Foster: Praia do Sono! Praia do Sono! Eu lembro que antes do que a gente foi para a Praia do Sono, eu ganhei um GoPro, pro Natal, então existe um vídeo na internet não sei onde é mas é um vídeo ridículo da nossa viagem! Então vou postar também.
Alexia: É! O Foster na verdade ele carregava a GoPro para todos os lugares, né? Aliás a gente não fala GoPro, a gente fala "GoPró".
Foster: “GoPró”.
Alexia: É.
Foster: Não faz sentindo. Mas não é um epiśodio sobre GoPro e minhas… Meus hábitos.
Alexia: Bom, fomos para Paraty com o Zack, né, amigo do Foster, primeira vez na América do Sul.
Foster: Americano, gringo pra caramba.
Alexia: Americano, três metros de altura, super branco, super loirinho, super tudo! Então, é...
Foster: Sim! Todo mundo achava ele Alemão.
Alexia: É! Exatamente. Bom, a gente resolveu ir para a Praia do Sono. A Praia do Sono ela fica um pouco afastada do Centro Histórico. Você tem que ir ou de carro ou de ônibus.
Foster: Sim. O que eu recomendo… Bom! De ônibus não é a coisa mais legal do mundo, quer dizer que não vai ser a experiência mais divertida mas, vai ser a experiência mais autêntica, com certeza.
Alexia: Vai ser uma experiência antropológica, isso eu posso garantir.
Foster: Sim. E também é tipo, 2 reais.
Alexia: Não, não exagera! Não são dois reais só mas, é muito baratinho! Bom, você tem que ir para a rodoviária de Paraty, que é o único lugar de ponto de ônibus que tem em Paraty, grande. Que você chegando lá é no meio da cidade, você não vai ter nenhum problema. Pode comprar passagem em cima da hora porque vai ter ônibus de 20 em 20 minutos...
Foster: A cada 20 minutos.
Alexia: Saindo…
Foster: É.
Alexia: E, enfim, você entra e já vou adiantando, são ônibus velhos, bem velhos que você acha que vai quebrar no meio do caminho.
Foster: É, realmente o ônibus é uma coisa que dá um pouquinho de medo pra mim. E pros americanos, pros gringos, geral… Porque eu lembro que tinha um momento que o Zack, meu amigo, me deu uma olhada como “Caraca, gente! Vamos morrer!”. E eu olhei pra Alexia e a Alexia estava lá de boa, tipo escutando música.
Alexia: Eu tava aproveitando a vista!
Foster: E eu pensei: “Nossa! A minha namorada realmente é brasileira!”
Alexia: É, o começo da viagem… Porque demora mais ou menos uma hora, uma hora e pouco para chegar, né, na Praia do Sono de ônibus.
Foster: Não!
Alexia: Sim!
Foster: Não tanto! Meia hora!
Alexia: Eu não acho isso não! De ônibus pra subir e descer aquela serrinha?
Foster: Não, você está pensando em Trindade!
Alexia: Bom, enfim! Demora entre meia hora a uma hora, vamos deixar bem claro isso…
Foster: Tá!
Alexia: E aí você pega uma reta, uma estrada de linha reta, e depois você começa a subir uma serrinha pra chegar…
Foster: Uhum! Serrinha é como um cerro, né? Uma montanha…
Alexia: Uma mini montanha!
Foster: Sim!
Alexia: É! E é pra você chegar na boca da trilha, né? Porque para você conseguir chegar na Praia do Sono, você pode chegar de duas formas: ônibus ou pelo mar. Se você estiver em outra praia, você pode pegar um barco e chegar até lá...
Foster: Sim…
Alexia: Mas você tando no Centro Histórico pra ir…
Foster: Só para deixar bem claro: a Praia do Sono não pode chegar lá, tipo, não pode ir de carro e chegar na praia. É bem afastado mesmo. Pode ir de barco…
Alexia: Ou a pé!
Foster: Estamos falando de um barquinho, com um cara local, que se você é gringo você não vai entender nem uma palavra que ele está falando ou, você pode ir a pé. De pé ou a pé?
Alexia: A pé!
Foster: A pé. Então, me fala sobre a trilha.
Alexia: A trilha foi bem difícil no começo. Eu sofri! Não é por nada não! Porque era só subida, por meia hora!
Foster: Sim! Bom… Eu sou um pouco mais… Não sei…
Alexia: Atlético!
Foster: “Alético”, não!
Alexia: Atlético.
Foster: Atlético.
Alexia: Isso.
Foster: Não, mas, eu gosto de andar, eu gosto de fazer trilha.
Alexia: Eu também! Mas de subida, não!
Foster: Mas você sempre acha um pouco mais difícil. Mas eu diria que é intermediário.
Alexia: Eu não gosto de subidas. Esse é o meu problema. Eu canso muito em trilhas que tem subidas!
Foster: É mas eu tô falando pra qualquer família que está… Bom, vamos supor que um casal de quarenta anos, dá pra fazer!
Alexia: Claro que dá!
Foster: Dá pra fazer mas demora, o que? Uma hora e meia?
Alexia: Por aí!
Foster: Você sabe fazer trilha, vai ser uma coisa fácil, de uma hora… Mas pode se de duas horas se você é mais devagarinho.
Alexia: É! E a trilha é muito bonita! Você vai passar por lugares lindos.
Foster: Tão bonita! Você está na Floresta Amazônica!
Alexia: É! Não pega celular, não tem sinal de nada.
Foster: Não! Floresta “Alântica”.
Alexia: O que você falou?
Foster: Floresta Amazônica?
Alexia: Não! Mata Atlântica!
Foster: Mata “Alântica”!
Alexia: Atlântica!
Foster: At...Lântica!
Alexia: Atlântica! Você coloca a língua no céu da boca. Atlântica!
Foster: Mata Atlântica!
Alexia: Isso.
Foster: Mata Atlântica!
Alexia: Sem a língua no meio dos dentes. Atlântica.
Foster: Mata Atlântica.
Alexia: Perfeito.
Foster: É uma coisa que nunca entendi… Porque quando a Alexia fala o nome da cidade Atlanta, ela não pode!
Alexia: Não!
Foster: Fala Atlanta!
Alexia: Atlanta.
Foster: Viu? Então, é… Eu queria falar que é um… Como é que fala? É, um… Rainforest.
Alexia: Sim. Floresta Tropical.
Foster: É porque Mata Atlântica é um Rainforest. Que não sei as normas tipo, as regras e as coisas técnicas pra ser considerada um Rainforest mas, é incrível. Quer dizer que tem, sei lá, animais, que tem passarinhos, é muito, muito bonito!
Alexia: É muito… É, é incrível e quando você chega no final trilha… Porque tudo é uma subida e depois você tem que descer, né, pra chegar na altura do mar, óbvio. E aí quando você chega lá em cima, lembra disso? Você vê aquela vista maravilhosa!
Foster: Sim!
Alexia: Da praia!
Foster: Sim, eu vi. Que tinha um par de franceses lá, e...
Alexia: Não, não tinha um par de franceses. A gente não fala que tem um par de franceses.
Foster: Tinham duas franceses.
Alexia: Tinham dois franceses. Não fala “tinha um par”. A gente nunca fala “tinha um par de pessoas”.
Foster: Tá, é! Mas, quando você vê a praia pela primeira vez é uma coisa incrível! Me fala da praia, da praia mesmo!
Alexia: Ah! Aí a gente desceu chegou na praia, até que tava com mais gente do que o normal porque era verão, lembra? E também tava tendo a Bienal do Livro então tava com um pouco mais de gente que o normal.
Foster: É mas como… Talvez… É uma praia bem grande! Tipo bem larga. Longa!
Alexia: É! É uma praia longa cheia de casa de pescador, que são pessoas que moram naquela praia, vivem daquilo e normalmente tem um restaurante que é restaurante que vende pastel ou sanduíche…
Foster: Peixe…
Alexia: Cerveja, peixe! Ou eles têm um lugar pras pessoas acamparem. Eles são de camping.
Foster: Sim, mas eu diria que tinha no máximo 40 pessoas.
Alexia: É! Então isso eu já considero um… Já bastante gente pra Praia do Sono.
Foster: Tá, mas, pra mim parecia que não tinha ninguém! Que se você pegar um bom dia pode ser uma praia basicamente privada.
Alexia: É! A Praia do Sono é considerada um ambiente de preservação ambiental então, toda a mata em volta e tudo o que envolve a Praia do Sono, é… As pessoas não podem destruir, não podem construir sem autorização, é bem organizado.
Foster: É, é preservado.
Alexia: Mas é… A gente fala que é uma praia de pescador. Que é todo mundo na calma vive daquilo…
Foster: Sim, gente boa! Super calma, tranquilo… E também a água lá, o água?
Alexia: A água!
Foster: A água lá estava perfeita. Porque, por exemplo em Ipanema, Copacabana, às vezes tem muita, muita onda! E às vezes é difícil, tipo, nadar né? Mergulhar! Mas lá é…
Alexia: É lá é piscina!
Foster: Piscina mas tem onda mas é onda perfeita!
Alexia: É onda pequena!
Foster: É, eu amei! Amei! É um lugar fantástico! Bom, como que a gente voltou?
Alexia: É! E aí você pode alugar uma casa, você pode fazer camping, e enfim, ou então passar o dia igual que a gente. Como é que a gente volta? Ou a gente faz a trilha de novo, ou pega um barco que aí vai te levar para o Condomínio das Laranjeiras, e esse Condomínio das Laranjeiras é uma briga com o pessoal da cidade porque…
Foster: Laranjeira é?
Alexia: Ahn?
Foster: Laranjeira pode explicar pra gente o que é?
Alexia: Laranjeira na verdade é uma árvore de laranjas. Orange Tree.
Foster: Orange Tree. E também é um bairro no Rio de Janeiro.
Alexia: Sim!
Foster: E é engraçado que eu morei em Laranjeiras por quase um ano, ah, seis meses, e sem pensar que Laranjeira realmente é uma árvore.
Alexia: Quando você descobriu você ficou impressionado! “Ah, verdade!”
Foster: Mas também é um barquinho, né?
Alexia: O que?
Foster: Laranjeiras.
Alexia: Barquinho?
Foster: Você não está falando sobre isso?
Alexia: Não, você pega um barco para o Condomínio das Laranjeiras.
Foster: Ah, entendi!
Alexia: Lembra aquele condomínio só com casa multimilionária que…?
Foster: Sim, sim, sim! Sim, é tipo um resort.
Alexia: É. E aí você pega um barco e depois você pega um carrinho dentro do próprio condomínio. E você passa por dentro do condomínio, te deixam no ponto de ônibus e você pega um ônibus de volta para o centro da cidade. Só que o ônibus de volta, passa de uma em uma hora. Então se você chegar lá e tiver demorando, espera, que vai chegar. Mas, tem que ter um pouco de paciência.
Foster: É, a gente ficou lá brincando com o cachorro.
Alexia: É, verdade!
Foster: Super legal! Super recomendo! É perfeito para um dia! Né?
Alexia: É perfeito para um dia.
Foster: Se você pode acordar, não sei, não precisa ir super cedo mas às oito e voltar às quatro.
Alexia: É!
Foster: Dar um descanso, e dar pra jantar.
Alexia: E sair pra jantar.
Foster: No Centro Histórico.
Alexia: É, acho que é perfeito!
Foster: Dia literalmente perfeito! Tá! Alexia acho que é suficiente para um episódio e no próximo podemos falar sobre as cachoeiras, Trindade, etc. Ta bom?
Alexia: Ta bom!
Foster: Mais alguma coisa?
Alexia: Não!
Foster: Alguma dúvida?
Alexia: Não deixem de fazer esse passeio!
Foster: Sim, por favor! “Fazem”! É uma das coisas mais legais que eu fiz na minha vida.
Alexia: Sim, por favor! Façam!
Foster: Façam!
Alexia: Isso!
Foster: Beleza! Então, é só isso gente! Até já já!
Alexia: Tchau!
Foster: Tchau!