Transcript
Foster: Olá, olá! Bom dia, pessoal! E sejam bem-vindos a mais um episódio do Carioca Connection! Meu nome é Foster e, como sempre, eu estou aqui com…
Alexia: Oi, pessoal! Bem-vindos!
Foster: Oi Alexia, tudo bem?
Alexia: Tudo bem com você?
Foster: Tudo…tudo. Está muito frio aqui em Portugal.
Alexia: 7 graus.
Foster: Mas além disso eu estou pronto para gravar um episódio com você.
Alexia: Sim, e é o que vamos fazer aqui hoje. E hoje temos um assunto que eu acho que é muito legal. É muito divertido, pelo menos.
Foster: É divertido. É um episódio que eu não quero gravar, mas ao mesmo tempo, eu quero muito gravar.
Alexia: O Foster, ele é o tipo de pessoa que assim se eu começo assistir um show, tá? E aí ele vê, ele dá uma olhada assim, uma série, né, que eu começo a assistir. Ele dá uma olhada, começa a querer se interessar, mas ele não quer se comprometer, começa uma batalha interna dentro dele em relação a isso.
Foster: É um investimento de tempo.
Alexia: É um investimento de tempo.
Foster: É um investimento muito grande. Eu não queria começar uma série, se vai ter 15 episódios..isso vai ser 15 horas da minha vida. Que eu nunca eu vou ter de novo.
Alexia: Bom, o assunto de hoje é exatamente sobre uma série da Netflix.
Foster: Qual série, Alexia? Fala.
Alexia: Casamento às Cegas, Brasil, ou seja Love is Blind Brazil.
Foster: Love is Blind Brazil. Meu Deus.
Alexia: Segunda temporada.
Foster: Como que a gente chegou nesse ponto? Então me fala, Alexia. Pode explicar, só um pouco sobre a ideia da série?
Alexia: Sim.
Foster: Como funciona? Quais são as regras?
Alexia: Resumidamente, pessoas se conhecem dentro de duas salas sem se ver. Então, elas só conseguem escutar a voz da outra pessoa.
Foster: É, se chamam cabines.
Alexia: Cabines. Exatamente, não é sério? Tem.
Foster: Porque os cabines são super legais.
Alexia: As cabines.
Foster: As cabines.
Alexia: Que bom que cê lembra dessa palavra! Nem eu tava lembrando. Tava lembrando de pod?
Foster: Não. É. São cabines. Cabines.
Alexia: E as pessoas se conectam pela voz. Então, escutam o outro, tentam entender como é que o outro é, quais são os gostos, os desgostos. O que eles fazem da vida? Como é que eles se conectam no dia a dia? E aí, passada eu acho que uma semana, ou alguma coisa do gênero, eles pedem o outro em casamento.
Foster: É.
Alexia: E aí, depois disso, eles moram juntas. Não, aí eles vão pra lua de mel, desculpa.
Foster: Mas antes disso só pedir para explicar como é que funciona mas só para explicar tem tipo 20 homens e 20 mulheres e cada homem está falando com todas as mulheres e vice versa. Então a ideia é achar uma pessoa que você tem uma conexão muito forte e pedir casamento numa semana mais ou menos.
Alexia: É, por aí. Uma ou duas semanas. É, e aí depois disso eles vão pra lua de mel? E depois disso eles moram juntos, conhecem as famílias, etc. Até o dia do casamento, que é quando tem a grande pergunta, “o amor é cego ou não?” E a pessoa vai responder sim ou não para aquela para aquele casamento?
Foster: Sim. E de…sei lá, 20 homens e 20 mulheres tivemos cinco casais que foram…
Alexia: Pra lua de mel. Sem spoilers.
Foster: Pra lua de mel. Sem spoilers, por favor. Mas, Alexia, por que você gosta do dessa série?
Alexia: Eu gosto de tudo que é reality show. Eu gosto, em geral, eu gosto de reality show. É o meu momento de Trash TV, sabe? Total. Adoro! Adoro! Me envolvo, torço. É uma loucura. Sempre assisti Big Brother Brasil.
Foster: BBB.
Alexia: Enfim e para mim a gente assistir séries brasileiras, realities brasileiros hoje em dia é uma forma de eu ficar meio que atualizada com as coisas do Brasil. Então assim, claro que eu falo com os meus amigos todos os dias. Óbvio que eu não perdi a brasilidade no meu dia a dia. Mas você vê aquilo na minha frente pela TV é muito diferente.
Foster: É diferente, sim.
Alexia: Então, tem várias expressões, várias gírias, várias formas de falar que eu sei que existem, mas que eu não tenho mais no meu dia a dia, por exemplo DR.
Foster: DR Eu acho que a gente já falou. Sobre isso, pelo menos numa..numa aula com uma com o CC Club. É, DR é, discussão de relacionamento.
Alexia: Exato.
Foster: É, eu concordo que é uma boa forma de a gente ficar atualizada.
Alexia: Atualizado.
Foster: Com o Brasil, a cultura brasileira… Para mim, pessoalmente, eu gosto muito do Love is Blind, e esse tipo de reality show porque normalmente tem pessoas do Brasil inteiro. Então tem uma variedade de sotaques, de expressões, de vocabulário, que é super interessante linguisticamente e também é muito bom para mim cada vez que eu assisto uma série brasileira, eu lembro, “Nossa, eu entendo português!”
Alexia: Sim!
Foster: Porque aqui em Portugal eu passo o dia inteiro pensando em “não sei português” porque o português europeu é tão diferente e o português do Brasil literalmente é música para os meus ouvidos…music to my hears.
Alexia: Sim. É interessante você falar isso, porque eu acho que eu teria o mesmo sentimento se eu fosse pra Irlanda, por exemplo. E começasse a lidar com os irlandeses, em geral, eu ia ficar tão frustrada, como eu em inglês. Que ia ser muito difícil. Mas, ao mesmo tempo, assistindo Love is Blind, eu tinha esquecido como que nós brasileiros somos tão físicos. Assim…É impressionante porque o pessoal se beija, se abraça e etc. E eu tava começando a ficar com vergonha daquilo sabe tipo de tá assistindo aquilo aí eu tive que me lembrar não Isso é minha cultura, é assim que é. E que aí eu tive a primeira experiência, eu acho, desde que eu saí do Brasil. De como é que os gringos, as pessoas veem o Brasil. E eu entendo Porque as pessoas veem o Brasil desse jeito. Tipo, é realmente muito físico! É muito carnal!
Foster: É. É muito carnal. Talvez na série em é um pouco exagerado, né? Porque eles…é “amor as cegas…”
Alexia: Elas estão se beijando muito mas não é só isso não é só isso é tipo sempre tá abraçando sempre tá tipo tocando não só a parte sexo não só a parte Tipo, pegação.
Foster: É.
Alexia: A parte de amizade dos pais e etc, etc. Então.
Foster: É interessante isso. Que para você é uma forma de manter uma condição com a sua cultura de origem mas ao mesmo tempo você está percebendo coisas que não quer dizer que você mudou mas coisas que…sei lá. Você estão você está com uma perspectiva diferente hoje em dia.
Alexia: Sim. Sim, concordo e é muito interessante isso para mim e o problemas em relação a isso. Eu tô super bem. Mas o Love is Blind realmente, se eu pudesse tirar uma coisa do que me fez relembrar do Brasil é o quanto nós somos do toque do físico, da amizade, em geral, como as pessoas viram umas amigas e as outras em tão pouco tempo. E são melhores amigos pro resto da vida. Então, isso eu sinto muita falta. E eu gosto muito, assim.
Foster: É muito divertido.
Alexia: E provavelmente a gente hoje ou amanhã uma coisa parecida é o dia da reunion do Love is Blind que é quando a gente vai saber se os casais que se casaram ficaram juntos ou os que não se casaram se eles voltaram ou não, enfim. Então eu tô super animada pra ver porque a gente gosta de fofoca.
Foster: É, então ainda tem tempo pra assistir todos os episódios rapidinho. Maratonar os episódios, e último comentário, e o Alex só para finalizar o episódio, também assistindo a série me faz pensar…eu sempre tenho a sensação de que a minha compreensão do português do Brasil é muito muito melhor do que a minha fala. Porque eu diria que eu entendi pelo menos noventa e cinco porcento dos episódios sem legenda, mas a minha fala ainda está muito atrasado, comparado. Só um comentário.
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Alexia: Eu não sei como responder isso porque eu discordo. Eu discordo completamente mas eu acho que eu entendo o que você quer dizer eu acho que você quer chegar ao nível do que você assiste…
Foster: Não… Eu estava lembrando na primeira temporada do Love is Blind Brasil tinha um cara persa.
Alexia: Uh? Tinha um imigrante. Mas eu não entendi a palavra que você falou.
Foster: Persa.
Alexia: Persa. Persa. Sim, sim.
Foster: Uma pessoa da região Persa! Na região persa. E ele falava por dias perfeitamente e não tem nada mais motivador para mim do que ver outro gringo falando português melhor do que mim então isso me dá muito muita motivação melhor do que eu.
Alexia: Não tinha nada é a que bom então dessa vez a gente não teve nenhum gringo na temporada. Mas eu acho que você tem que ser o seu próprio motivador. Porque ia ser incrível.
Foster: Eu expliquei muito mal mas então as nossas aulas do CC Club todo mundo fala a mesma coisa: que eu entendo português muito melhor do que eu falo. Então é uma coisa que eu acho que quase qualquer pessoa que está aprendendo português tem esse problema.
Alexia: sim eu acho que qualquer pessoa que esteja aprendendo qualquer língua tem esse problema, com certeza.
Foster: Sim.
Alexia: Enfim, estamos aqui pra tentar resolver isso. Então continuem escutando Carioca Connection. Venho conhecer mais sobre o Carioca Connection Club, que é onde a gente tem live classes, semanalmente. Tá bom, gente? Então é isso. Obrigada e até o próximo episódio.
Foster: Até o próximo!