Listen on:
Foster: Olá, olá. Oi, pessoal. Seja bem-vindo a mais um episódio do Carioca Connection. Como sempre, o meu nome é Foster e eu estou aqui com…
Alexia: A Alexia. Oi Foster.
Foster: Oi Alexia.
Alexia: Tudo bem?
Foster: Tudo e com você?
Alexia: Também.
Foster: Hoje eu vou te entrevistar mais ou menos. Você está preparada?
Alexia: Sim, adoraria ser entrevistada e não fazer o oposto. Vocês vão entender o porquê já já.
Foster: Sim. Então, só pra dar um pouquinho de contexto, a Alexia, já por alguns meses…
Alexia: Um mês e meio.
Foster: Sim. Você está trabalhando num projeto meio secreto, mas é um projeto super legal. E eu queria que você me explicasse um pouco sobre o que é, o que você está fazendo, o que você está achando, o que você aprendeu até agora, esse tipo de coisa.
Alexia: Bom, o meu projeto que, modéstia à parte, é muito legal… Então, eu descobri que eu tenho vários conhecidos e vários amigos morando ao redor do mundo. Então, por exemplo, eu tenho um grupo de amigos muito querido assim que, de 5 pessoas, 3 moram fora. Então sou eu e mais duas pessoas que moramos fora.
Foster: É, ‘morando fora’ você quer dizer…
Alexia: Do Brasil.
Foster: Fora do Brasil.
Alexia: Exato. E aí eu comecei a imaginar, quantas mais das pessoas que eu conheço que também estão fora, porque elas se mudaram? Porque, quando a gente vê no Instagram tipo, “Ah, fulano tá em Nova Iorque.” Tá, tá em Nova Iorque, mas fazendo o que? Como é que essa pessoa foi parar lá?
Foster: Uhun.
Alexia: O que ela vê de diferente lá? Então eu comecei a imaginar como é que eu poderia descobrir como é que essas pessoas estão e, ao mesmo tempo, fazer uma coisa muito legal aqui pro Carioca Connection.
Foster: Eu acho que também, ao mesmo tempo, é talvez uma tentativa pra gente achar a nossa comunidade de pessoas internacionais, porque somos um casal internacional, né? E moramos fora dos nossos países de origem. E também é uma oportunidade para ter dois brasileiros falando, é uma conversa muito mais avançada.
Alexia: Sim. E muito mais avançada, né? Mas assim, eu não posso deixar de falar o quão avançada é, porque…
Foster: Então, antes disso, me explica o que é? Qual é o formato? Você já tem o nome para o projeto?
Alexia: A gente literalmente acabou de decidir, vamos falar a verdade aqui. O projeto se chama Adventures with Alexia, então A.A. But A.A. in this case, Adventures with Alexia.
Foster: Adventures with Alexia.
Alexia: A.W.A.
Foster: Yeah, it’s not Alcoholics Anonymous. Adventures with Alexia is the working title, mas eu gostei, eu acho que é um título muito bom, porque são aventuras, são contos que você está contando.
Alexia: Sim. E o formato que eu decidi para fazer essas entrevistas, digamos assim, foi uma coisa muito informal. Então, quando eu comecei a gravar com o pessoal, eles nem sabiam que eu já estava gravando. Assim, eles sabiam que eu estava gravando, mas não sabiam que eu tinha começado a gravar. Então até no final, uma das meninas, a Carol, ela virou pra mim e falou, “Você é muito boa nisso. Eu nem senti que eu estava sendo gravada.”
Porque, pra mim, isso é muito importante, porque são pessoas que não estão acostumadas a gravar podcast ou então serem entrevistas, digamos assim. E que só a palavra ‘entrevista’ já faz um bloqueio mental, então eu queria mesmo que elas estivessem sentadas comigo, se reconectando comigo de alguma forma, tipo, “Eu não falo com a Alexia há 10 anos direito, vamos aqui sentar e conversar.”
Foster: É. E uma coisa que eu achei super legal é que não é uma entrevista, é uma conversa e, por isso, é muito mais natural. Não é, por exemplo, você está fazendo entrevistas com celebridades.
Alexia: Não.
Foster: Nada disso. São pessoas reais com histórias… Eu ia falar ‘normais’ mas, no caso, são histórias malucas às vezes.
Alexia: Sim. E é uma mistura muito boa entre pessoas que, por exemplo, um dos meus melhores amigos que topou fazer isso e pessoas que eu não conheço, que me indicaram falar. Então é realmente, toda entrevista, toda conversa que vocês vão escutar, sou eu descobrindo alguma coisa nova, seja do meu melhor amigo ou seja de pessoas que eu não falo há muito tempo, ou de pessoas que eu não conheço. Então...
Foster: É. Isso tem um dinâmico super legal que…
Alexia: Uma dinâmica.
Foster: Uma dinâmica super legal que tem várias pessoas que você conhece, tipo, desde criança, mas você não falou com elas ou eles há muito tempo.
Alexia: Sim, eu acho que tirando o Vitor, o resto, eu não falava com eles há 10 anos. É uma coisa assim, muito surreal, quando eu parei pra pensar. Porque hoje em dia você estar conectado 24 horas por causa do celular, Facebook e Instagram te dá a sensação de que você continua acompanhando aquela pessoa, que você sabe o que está acontecendo com aquelas pessoas. E, na verdade, não. Quando eu parei para conversar com a Carol que está há 13 anos morando na Alemanha, eu falei assim, “Meu Deus, Carol, você já está há 13 anos aí. Eu não te vejo há 15.” Então assim, eu tomei um susto com isso também, sabe?
Foster: Sei. Eu acho que essa dinâmica dá um toque mais pessoal, a conversa é um pouco mais…
Alexia: Relaxada.
Foster: Relaxada, mas profunda ao mesmo tempo.
Alexia: Sim. Então eu acho que, resumidamente, o que eu espero com esse projeto é mostrar a adaptação de cada um, porque cada um teve uma dinâmica diferente de adaptação ao morar fora. Então tem pessoas que começaram com 6 anos de idade, outras pessoas que começaram só com 20 e poucos, e outras que estão começando agora aos 30. E cada estilo de vida é diferente do outro. Uns vão a trabalho, outros vão para estudar, outros vão porque, “Cansei, não quero mais o Brasil, vou para um outro lugar.” Sabe? E aí, claro que tem algumas perguntas que se repetem, por exemplo, se eles se sentem em casa onde eles estão. E também lugares no Brasil que eles adorariam que as pessoas de fora conhecessem, então cada episódio tem um lugar diferente, o que é muito legal.
Foster: Legal. Também a saudade que eles têm do Brasil. E então, Alexia, me dá… Não spoilers, mas me dá uns exemplos de onde essas pessoas estão morando agora.
Alexia: Então, olha, nós temos Londres, nós temos... Exeter? United Kingdom…
Foster: Que fica na Inglaterra também.
Alexia: Sim. Nova Iorque, Suécia.
Foster: Suécia?
Alexia: Alemanha.
Foster: Suécia não é Suíça, né?
Alexia: Não. Suécia é Sweden. Switzerland é Suíça.
Foster: E na Suécia eles falam sueco.
Alexia: Sim.
Foster: E na Suíça eles falam vários idiomas.
Alexia: Francês suiço ou alemão suiço, que é diferente.
Foster: E também, eu acho que algumas partes falam… É, eles falam várias línguas.
Alexia: É, enfim... Temos Suíça também.
Foster: Ah é?
Alexia: O Lucas está na Suíça. Singapura.
Foster: Singapura?
Alexia: Sim, temos Singapura.
Foster: Meu Deus! Ainda não escutei todos os episódios.
Alexia: E temos, claramente, uma pessoa que morou em Lisboa e agora está em Amsterdã. Mas assim, mais ou menos, quase todas essas pessoas que estão nesses lugares que eu acabei de falar, elas já passaram por outros antes. Então, por exemplo, o Lucas, ele passou pelos Estados Unidos, pela França, pela Espanha e agora está na Suíça e provavelmente vai voltar para os Estados Unidos.
Foster: É, acho que é um tema que, em quase todos os episódios, as pessoas são viajantes.
Alexia: Sim, é um tema recorrente, exato.
Foster: É, ‘recorrente’ é a palavra que eu procurava. Bom, enfim Alexia, quem seria o público que você está imaginando? Porque aqui no Carioca Connection é um pouco mais devagar, a gente fala um pouco mais devagar, porque eu não sou falante nativo. E essas conversas são um pouco mais avançadas.
Alexia: Sim.
Foster: Então, por isso são mais difíceis também.
Alexia: Eu acho que o público é aquela pessoa que já está no avançado, né? Você já chegou no português avançado e está feeling stuck, você não sabe qual é o próximo passo. Assim, já entende Youtube, já entende série, já entende podcast, já consegue lê de tudo e etc, e não sabe como atingir o próximo passo. Por exemplo, você.
Foster: É, para mim tem sido ótimo.
Alexia: Exato.
Foster: Porque, sei lá, imagina que tem muitas pessoas que estão escutando Carioca Connection há muito tempo, isso vai dar um empurrão para realmente avançar o seu português.
Alexia: Sim.
Foster: Porque claro que vamos ter os worksheets que vão te ajudar muito, mas se você pode entender, vamos dizer 90% dessas conversas, você está good to go.
Alexia: Sim, sim. E uma curiosidade, a maioria são cariocas, mas alguns deles já começaram a perder o X, o S assim… E temos, por enquanto, porque eu ainda estou terminando de gravar, já temos uma nordestina, que eu amo o sotaque dela, da Gabi. Então, assim, você que já é avançado, ou então até no intermediário e quer ver como é o futuro do português na sua vida.**
Foster: Uhun.
Alexia: Essa Adventures with Alexia vai te ajudar muito para ver realmente como é sentar num restaurante, num bar, numa conversa com um brasileiro e realmente ser fluente. É isso.
Foster: É. Se é difícil demais, se é muito difícil para você entender, o que eu estou fazendo agora é, no plataforma de podcast, eu estou…
Alexia: Na.
Foster: Na plataforma do podcast, eu estou diminuindo…
Alexia: A velocidade.
Foster: A velocidade para 90%, então quer dizer que eu estou diminuindo por 10%, né? Então é um pouco mais lento, um pouco mais fácil de entender e daí eu volto para a velocidade normal.
Alexia: Sim, sim. Então eu estou muito animada. Estou muito feliz de ter podido ter esse projeto para mim, o meu bebê.
Foster: Foi muito bom te ver tão feliz trabalhando. Eu acho que foi a primeira vez em algum tempo que você estava tão, tipo, empolgadíssima com um projeto.
Alexia: Sim, porque não é só trabalhado, né? Eu estava me reconectando também com as pessoas que fizeram parte da minha vida por muito tempo. E agora temos vários lugares para visitar, né? Temos casas nesses lugares todos.
Foster: É outra vantagem de fazer a série.
Alexia: Exato. Então é isso.
Foster: Bom, Alexia, mais alguma coisa?
Alexia: Não, não. Eu espero que vocês gostem e topem esse desafio de vir no Adventures with Alexia comigo.
Foster: Vocês vão gostar. E a gente pode gravar mais um episódio depois.
Alexia: Sim, é isso.
Foster: É isso. Até já, Alexia.
Alexia: Tchau!