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Alexia: Oi, oi, pessoal. Mais um episódio aqui do Carioca Connection, espero que vocês estejam felizes e muito bem com a vida. Eu, como sempre, sou a Alexia e estou aqui com o nosso cobaia preferido, Foster.
Foster: Olá Alexia. Tudo bem?
Alexia: Tudo e com você?
Foster: Tudo ótimo. Não posso reclamar, mas eu estou com fome.
Alexia: Você acordou cedo hoje, por isso.
Foster: Eu acordei cedo e a gente vai falar sobre comida.
Alexia: Sim, vamos falar sobre comida. Então, o Foster deu uma ideia muito legal da gente falar sobre os nomes de restaurantes e cadeias alimentares que também existem fora do Brasil e obviamente que existem no Brasil.
Foster: Cadeias alimentares.
Alexia: É.
Foster: É. Também poderia dizer ‘franquias internacionais,’ né?
Alexia: Exato, franquias. E como vocês bem sabem, quando o nome estrangeiro chega no Brasil, a gente obviamente adapta pro bom brasileiro.
Foster: Exatamente. É muito engraçado, porque agora a gente está aqui em Portugal e normalmente os portugueses, eles dizem mais ou menos certo, dependendo da franquia.
Alexia: Sim.
Foster: Mas não tem nada a ver com o jeito brasileiro.
Alexia: Não, não tem. Não tem nada a ver. Eles não aportuguesam, digamos assim. Ou eles falam da maneira certa em português ou eles falam o nome da marca de acordo da onde é o país. Então, por exemplo, existe uma marca no Brasil também que se chama Leroy Merlin.
Foster: Ah, nem me fala.
Alexia: É como se fosse uma Lowe's?
Foster: Lowe's, Home Depot.
Alexia: É como se fosse isso. E aqui é uma marca francesa, vem da França. Então os Portugueses, ao invés de falar Leroy Merlin, eles falam Leroy Merlin. Então a primeira vez que eu entrei num Uber pra ir na Leroy Merlin, eu falei “Ah, é pra Leroy Merlin.” “Como? Pra onde?” Aí eu “Leroy Merlin?” “Pra onde a menina vai?” Aí eu, “Leroy Merlin!” Aí ele não entendendo, não entendendo. Aí depois nós chegamos a conclusão que era a Leroy Merlin. E aí eu nunca mais errei.
Foster: O que que você acha disso? Você gosta disso?
Alexia: Eu acho normal. Eu acho, por exemplo, IKEA, que nós brasileiros falamos como os americanos falam, aqui eles chamam de IKEA. Então assim, eu acho que depende muito, eu não me importo muito não.
Foster: Não. Eu somente estou pensando, por exemplo, nos Estados Unidos, se alguém falasse ‘repertoire’ ao invés de ‘repertoire,’ né? Falando uma palavra uma palavra francesa com sotaque francês seria visto como um pouco esnobe.
Alexia: Sim. Como é no Brasil. Por isso que nós abrasileiramos tudo. E aí vem o ponto desse episódio.
Foster: Então vamos lá, vamos falar sobre comida, franquias internacionais ou como a Alexia disse...
Alexia: Uma cadeia alimentar. Mas é melhor falar ‘franquia.’
Foster: Franquia.
Alexia: Isso.
Foster: E sobretudo é fast food.
Alexia: É fast food.
Foster: É, vamos começar por aí, fast food.
Alexia: Isso. Bom, vocês sabem que eu acho que uma das maiores franquias de fast food é o McDonald’s.
Foster: Quase igual.
Alexia: É, mas pra gente é ‘Mc.’ E o próprio McDonald’s, ele se adaptou ao mercado brasileiro e aí, ao invés de escrever do jeito que é escrito em todos os lugares do mundo, os McDonald’s começaram a mudar o nome deles no…
Foster: Na placa?
Alexia: Na placa. Então ao invés de ser Mc...
Foster: Uhun.
Alexia: É m-a-q-u-i, ‘Maqui Donald’s.’
Foster: Maqui.
Alexia: Maqui.
Foster: Ui… Maque.
Alexia: Não… Q-u-i. Qui, Maqui.
Foster: Ah, Maqui. Maqui Donald’s.
Alexia: É.
Foster: É sério isso?
Alexia: É.
Foster: Mas eles até mudaram na placa?
Alexia: Sim, de algumas cidades, sim. Então, porque normalmente o brasileiro fala, “Ah, bora comer um Mc.” Não é “um McDonald’s,” sabe? É, “Vamos comer um Mc.” Tem ‘Big Mac’, que são os nomes dos sanduíches.
Foster: Big Mac.
Alexia: É.
Foster: Quando ficar na dúvida, coloca um I no final de tudo.
Alexia: Então agora Méqui, Méqui Donald’s.
Foster: Eu acho também, Alexia, você pode admitir que, de vez em quando, você gosta de um Mc.
Alexia: Sim. Uma vez por ano eu adoro comer McDonald’s. Eu hoje, por exemplo, comeria McDonald’s.
Foster: Eu não.
Alexia: Pois é.
Foster: Não.
Alexia: Eu preciso de um parceiro pra isso.
Foster: Não sou eu.
Foster: Então vamos lá. Tem...
Alexia: Mas o Sundae do McDonald’s é muito bom
Foster: Pode ser, pode ser. Então vamos pra próxima.
Alexia: Pro próximo. O próximo é Starbucks.
Foster: Starbucks.
Alexia: Starbucks.
Foster: Como é que é? Fala mais uma vez?
Alexia: Starbucks.
Foster: Star… que seria o carioquês, né? Starbucks? Ou ‘bucks’?
Alexia: Eu acho que, em geral, as pessoas falam Starbucks. Deixa eu explicar, Starbucks normalmente só existe nas grandes cidades, né? Ele não vai existir no interior dos estados ou das cidades. Então você vai encontrar São Paulo capital, Rio de Janeiro capital, Porto Alegre, etc. Então é horrível falar isso, mas normalmente onde as pessoas tem o maior entendimento do que que é o Starbucks.
Foster: É. Mas ao mesmo tempo é difícil, porque vocês estão mudando pra língua portuguesa a pronúncia, mas não totalmente.
Alexia: Uhun.
Foster: É Starbucks.
Alexia: É.
Foster: Mas na verdade, totalmente brasileiro, seria ‘Starbucks.’
Alexia: É, mas eu nunca vi ninguém falando ‘Starbucks.’
Foster: É. Não, só quer dizer que é muito complicado.
Alexia: Sim. E uma coisa legal que eu acho que o Starbucks faz ao redor do mundo é que eles adaptam os cafés, as bebidas de acordo com os lugares que eles estão. Então eles fazem uma pesquisa de mercado. “Ah, o iced coffee vai ser melhor no Brasil, porque o clima é muito quente do que um, sei lá, hot chocolate.” Sabe? Uma coisa assim.
Foster: Mas no Brasil também, o negócio do tamanho no Starbucks sempre me irrita. Porque tem grande, que não é grande, é pequeno. Tem…
Alexia: Pra vocês! Porque pra gente é grande.
Foster: É assim?
Alexia: É.
Foster: Porque nos Estados Unidos é tipo, tall, grande or venti.
Alexia: Ah não, não.
Foster: Que não faz sentido nenhum.
Alexia: É pequeno, médio e grande.
Foster: Ah, muito mais fácil.
Alexia: Sim, eu tenho certeza que eles adaptaram isso também.
Foster: Eles tem açaí?
Alexia: Não sei. Amor, I’m sorry, não faço ideia se eles tem açaí.
Foster: Não… Você falou que eles adaptaram pro mercado brasileiro.
Alexia: Sim, mas não sei os drinks, os cafés em si. Mas enfim. Próximo, KFC.
Foster: KFC. Que se não me engano, é a maior franquia de comida no mundo.
Alexia: Sério?
Foster: Acho que sim.
Alexia: Mais que o McDonald’s?
Foster: Kentucky Fried Chicken.
Alexia: Uau! Eu tenho que admitir, eu nunca comi no KFC.
Foster: É sério?
Alexia: Sério, nunca comi.
Foster: Eu lembro quando eu estava na Ásia há muito tempo atrás... Nossa! China está cheio de KFC.
Alexia: Sério?
Foster: Uhun.
Alexia: Engraçado isso, né? Mas nunca comi no KFC. Eu sei que tem um no Rio de Janeiro, mas eu não faço ideia do quão é famoso, não pelo resto dos estados, não tenho certeza. Mas ninguém jamais vai falar Kentucky Fried Chicken. Não, vamos nos KFC.
Foster: É, até em inglês seria KFC, né?
Alexia: Sim
Foster: KFC.
Alexia: É isso.
Foster: Bom, e por último temos o….
Alexia: O Bob’s.
Foster: Não, temos mais um!
Alexia: Qual?
Foster: Um que realmente não é fast food…
Alexia: Outback.
Foster: É um restaurante que eu fiquei muito surpreendido que tem muitos…
Alexia: Tem.
Foster: No Brasil.
Alexia: É uma super franquia, sim.
Foster: Outback.
Alexia: É uma franquia australiana.
Foster: Uhun.
Alexia: Tem na maioria dos shoppings, tem em todos os lugares. E é muito muito famoso, porque é um dos únicos lugares que tem refrigerante de refil.
Foster: Refil de graça.
Alexia: Exato. E que não é normal isso de acontecer, de jeito nenhum. E também pelo serviço que é muito bom sempre, o Outback tem um serviço maravilhoso. E pela qualidade da comida que também normalmente é muito boa. As cebolas…
Foster: Cebolas fritas.
Alexia: Ai que delicia! Cebola frita.
Foster: Eles também te dão pão de graça, né?
Alexia: Eu não sei se é de graça, é?
Foster: Acho que é.
Alexia: Aquele pãozinho é uma delícia mesmo. Você pode até levar pra casa.
Foster: É. Bom, enfim, eu fiquei muito surpreendido quando eu cheguei no Brasil e a Alexia me convidou pra comer no Outback.
Alexia: Sim. E eles cantam parabéns, lembra? Tem até… Eu vou indicar depois pra vocês o vídeo do Porta dos Fundos, que foi onde eu trabalhei por 4 ou 5 anos mais ou menos.
Foster: Do Fábio Porchat.
Alexia: E é maravilhoso esse vídeo, vocês vão adorar, e é exatamente a experiência de fazer aniversário no Outback.
Foster: Aniversario!
Alexia: Aniversário? E o último do dia de hoje que a gente resolveu incluir, por mais que não seja uma franquia internacional. Foi criada pra tentar concorrer, há muito tempo atrás, com o Mc, com o McDonald’s...
Foster: Uhun.
Alexia: Que se chama Bob’s.
Foster: É, mas ninguém fala Bob’s.
Alexia: Fala Bob’s.
Foster: Bob’s.
Alexia: É. “Vamos no Bob’s depois da praia?”
Foster: Que tem milkshake….
Alexia: De Ovomaltine, ai que saudades. Gente, a Alexia adolescente ia à praia na Garcia D'Ávila, em Ipanema, exatamente em frente à Garcia D'Ávila. Final de praia, lá pelas 5-6 horas da tarde, saía a Alexia com o grupinho dela, bonitinho, todo mundo parava no Bob’s que era na Garcia D'Ávila mesmo, pra comer ou batata frita ou tomar o milkshake do Bob’s, que era a melhor coisa de pós praia. E eu lembro que se eu fosse ao Bob’s sem a minha mãe, eu tinha que levar um milkshake pra casa de ovomaltine de tão bom que é.
Foster: De tão bom que é. É muito bom mesmo.
Alexia: Sim.
Foster: E um fato interessante, Bob é Robert e ele é americano. Americano que foi pro Brasil pra começar uma franquia de milkshakes...
Alexia: Igualzinho ao McDonald’s, só que ficou muito famoso pelo milkshake que é muito bom.
Foster: É muito bom mesmo.
Alexia: Então você que estiver indo pro Rio ou já no Rio e estiver afim de provar o melhor milkshake da vida, vai lá, você vai amar.
Foster: É, pode comer muito saudável no Brasil, não precisa comer só fast food, mas vale a pena experimentar com milkshake de Bob’s.
Alexia: Sim. Final disclosure, última coisa, eu sei que nos Estados Unidos, principalmente os tamanhos e as porções são muito grandes no Mc Donald’s, etc. No Brasil não, são tamanhos normais, isso é mais uma coisa de diferença.
Foster: E também, é muito mais caro no Brasil.
Alexia: Muito mais caro.
Foster: Não vale a pena não.
Alexia: Não, infelizmente não vale a pena. Então é isso.
Foster: Bom… Bom apetite, gente.
Alexia: Bom apetite.
Foster: Bom apetite e até a próxima.
Alexia: Até a próxima. Tchau!