Alexia: Mas, enfim, eu me sentiria muito mal. Mas, a gente pode fazer isso um dia.
Foster: É, enfim, o Rio tem muitas praias bonitas que são melhores... ah, desculpa, vamos cortar isso. Mas, conta pra gente a história da semana passada, que a gente estava tentando ir para a Prainha num domingo.
Alexia: Um casal de amigos chamou a gente para ir à Prainha.
Foster: É o Pablo e a Gabi.
Alexia: O Pablo e a Gabi. Estamos falando de vocês aqui, espero que um dia vocês escutem a gente.
Foster: É, eu acho que o Pablo não vai escutar não.
Alexia: Bom, o Pablo e a Gabi chamaram a gente para ir à Prainha, né? Bom, tudo bem, que horas a gente vai? A gente passa para buscar vocês 8h30. Então eu acordo o Foster às 6h30 porque eu acordei cedo naquele dia e a gente fica pronto desde 7h esperando. Eles atrasaram, passaram lá...
Foster: Normal com o Pablo, né?
Alexia: Normal de carioca.
Foster: Normal de carioca, de brasileiro. Ela é pontual. Mas, é uma coisa para se ver que a maioria das cariocas...
Alexia:Dos cariocas.
Foster: Os cariocas não são as criaturas mais pontuais do mundo.
Alexia: Não, se a gente falar "Às 16h, a gente se encontra", provavelmente a gente vai estar chegando entre 16h30 e 17h.
Foster: Até às 18h, né?
Alexia: Não exagera!
Foster: Tá, mas continua.
Alexia: Bom, aí o Pablo e a Gabi só foram chegar lá em casa 9h. Entramos no carro e fomos. Bom, para ir para esse lugar, para a Prainha, ou você tem que ir de ônibus e aí pega táxi, pega um bando de coisas ou você vai de carro, até vale mais à pena pegar um táxi e ir direto do que pegar ônibus.
Foster: Exatamente.
Alexia: E fomos. Chegando na entrada da Prainha, tá fechada! Começa um trânsito absurdo. Aí vem um policial e fala: "Não, não. Já encheu! Tá lotado. Não entra mais nenhum carro".
Foster:Quer dizer que já entrou um número de carros...
Alexia: A quantidade suficiente de pessoas e de carros que eles deixam entrar por dia. E como era final-de-semana, a gente está em janeiro, férias escolares aqui no Rio e no Brasil, muito turista! Verão. Sol a pino, ou seja, muito quente...
Foster: Sol a pino?!
Alexia: Sol a pino.
Foster: Nunca ouvi falar isso.
Alexia: Sol a pino é quando está muito quente.
Foster: Tá, muito Sol.
Alexia: Então a gente tentou entrar pela outra entrada da Prainha, só que a outra...
Foster: Mas, deu merda. Parei de xingar, desculpa! Ela está contando uma história, desculpa, gente.
Alexia: Aí só que para ir para a outra entrada, a gente tinha que ir por Barra de Guaratiba, que é longe para dedéu! É muito longe! E a gente tentou dar uma de malandro porque carioca também acha que é malandro para todos os lados, né? É como se nós fôssemos os únicos a pensar nisso também - de entrar pela outra entrada. A gente subiu e desceu serra, passou em frente ao Burle Marx, que um dia a gente vai contar o que é.
Foster: Nunca fui. Quero ir!
Alexia: Vamos? A gente devia ter entrado naquele dia.
Foster: É, mas é muito longe.
Alexia: Não, a gente passou na frente!
Foster: É, então, muito longe.
Alexia: Pois é.
Foster: Vai ser um parque, né?
Alexia: É um parque lindo.
Foster: Tá, um dia vamos e a gente vai contar sobre isso.
Alexia: Isso. E a gente não conseguiu entrar também porque a outra entrada também estava fechada. Bom, deixamos de ir para a nossa Prainha, o Grumari ou Abricó. Ficamos tristíssimos e fomos parar na Praia da Reserva. O que você achou da Praia da Reserva?
Foster: É... é uma praia normal. Cheia de gente.
Alexia: Lotada.
Foster: Lotada! A onda lá... tem onda forte para caramba, né?
Alexia: É. As praias para o lado da Barra da Tijuca são conhecidas como praias de ondas muito fortes. É por isso que tem muitos surfistas que vão para lá.
Foster: Mas, é forte mesmo. Tipo, você tem que ter cuidado.
Alexia: É muito forte.
Foster: Muito forte.
Alexia: Bom, e tem menos ambulantes do que na Zona Sul. Muito menos. Não tem tanta barraca para se alugar.
Foster: É, mas ainda dá para pedir uma cerveja, qualquer coisa, um biscoito.
Alexia: Não, dá! E tem os quiosques... lá, os mais famosos são os quiosques, ao contrário da Zona Sul.
Foster: Que são quase restaurantes.
Alexia: São restaurantes e dá para você passar o dia lá e acabar o dia comendo num desses quiosques.
Foster: Exatamente. Mas, não é uma praia que eu recomendo se você quer viajar muito para conhecer uma praia nova. Não seria a minha recomendação primeira, né?
Alexia: Uma praia que é muito bonita, que eu não sei se você já foi é Joatinga.
Foster: Não, nunca fui.
Alexia: Ah, é linda! Eu amo a Praia da Joatinga!
Foster: Você ama?!
Alexia: Amo! Amo. Você tem que pegar o carro também ou você vai de táxi ou de Uber, tanto faz.
Foster: O Uber está funcionando aqui no Rio.
Alexia: Funcionando muito bem. Então vocês podem confiar.
Foster: É, muito bem, mas com alguns problemas, né?
Alexia: Por quê?
Foster: Porque já ouvi histórias sobre taxistas lutando com os 'Uberistas', coisa assim.
Alexia: Com os 'Uberistas', é ótimo! Ele acabou de inventar essa palavra, tá, gente?
Foster: É bonita, né?
Alexia: Sim. Mas, vamos falar sobre coisas ruins hoje. O Uber está funcionando, se você pedir, você vai ter o seu...
Foster: Está funcionando bem, gente. O motorista de Uber pode pegar...
Alexia: Não queria falar nada não! Vou passar meu contato depois para vocês! Não, mas aí você meio que sobe num morro e para você chegar na Praia da Joatinga, depois que você para o carro, enfim, você tem que descer por uma pedras, tem que torcer para que a maré não esteja cheia, ou seja, não esteja alta, né? Que o mar esteja calmo e para baixo.
Foster: A maré quer dizer...?
Alexia: Maré.
Foster: Maré. Tide. É, acho que é.
Alexia: Se a maré tiver alta, você não consegue passar. Se a maré tiver baixa, você consegue. Ou seja, depende da Lua que está naquele dia e depende do tempo. Então sempre antes de ir para Joatinga, você tem que dar uma olhada no tempo um dia antes, para ver se você consegue ir. Não pode ir na sorte, tem que sempre olhar. E aí é uma praia pequena. Linda, linda, linda! Procurem aí no Google depois.
Foster: Onde que é exatamente?
Alexia: No Joá. No alto do Joá.
Foster: Joatinga. Faz sentido. Mas, onde é? Tipo entre a...
Alexia: São Conrado! É em São Conrado.
Foster: Então não é tão longe, não
Alexia: Não, é muito perto.
Foster: Comparado com a Prainha.
Alexia: É linda só que...
Foster: Vamos?
Alexia: Vamos! A gente tem que ir durante as minhas férias, que é quando está mais tranquilo.
Foster: Tá bom.
Alexia: Mas, então, lá não tem barraqueiro, não tem ambulante, não tem nada. Vocês têm que levar tudo de casa. E também é um lugar de surfistas. As ondas são bem chatinhas quando querem ser.
Foster: É, quase todo lugar aqui é lugar de surfista. É surfista quem manda.
Alexia: Ipanema não é tanto. Ipanema, Arpoador e Copacabana tem muito SUP, que é o Stand-Up Paddle.
Foster: É. SUP.
Alexia: Tem um lugar no Posto 6 em Copacabana, que onde o mar é muito calmo, que fica perto das pedras.
Foster: É quase uma lagoa, né?
Alexia: É. Você consegue fazer muito bem e tem professor lá, você aluga prancha, é uma delícia. A gente ficou de fazer isso num dia, a gente tem que fazer também!
Foster: Não tem SUP na Lagoa, né?
Alexia: Na Lagoa, não. Mas, a Lagoa não é legal de fazer.
Foster: É, meio suja, né?
Alexia: É bem sujo!
Foster: Mas, é linda também. Outro dia a gente vai falar sobre a Lagoa porque fica bem pertinho de casa.
Alexia: Muito bem!
Foster: Alexia, mas alguma coisa sobre as praias?
Alexia: Usem protetor, pelo amor de Deus!
Foster: Onde a galera pode ir para pesquisar um pouquinho mais sobre? Qual seria uma dica de você? Por exemplo, eu sigo muitas pessoas no Instagram que sempre têm dicas e fotos das praias do Rio. Isso é muito bom para...
Alexia: A gente focou muito nas praias do Rio, né? Mas, tem as praias das outras cidades, como Búzios, Arraial do Cabo, Angra dos Reis, Paraty, Paraty-Mirim, etc. Os Instagrams desses brasileiros que eu gosto muito de seguir também pegam essas praias todas. E um dia a gente vai falar sobre essas praias também. Mas, um que eu gosto muito é @napraiario, que é um Instagram.
Foster: É muito bom.
Alexia: Tem o @cariocandonorio, se não me engano, também. E tem um que é um fotógrafo que tira fotos subaquáticas muito legais que dá para ver como as praias aqui do Rio podem ser também super transparentes, que é o @bbezerra84.
Foster: @bbezerra84 que é o Bruno, um amigo nosso. Mas, é um fotógrafo incrível, né?
Alexia: Ele tira todas as fotos por GoPro. É muito legal.
Foster: É super legal. Mas, a gente vai colocar todos os links no site também. Mas, alguma coisa, Alexia?
Alexia: Eu acho que não. Estou até vendo aqui se eu deixei passar algum Instagram. Acho que não.
Foster: Não. Se vocês quiserem, qualquer coisa, a gente vai postar.
Alexia: A gente completa, né?
Foster: Tá, então, até a próxima vez, gente! Use protetor solar.
Alexia: Ah, boné, chapéu, viseira, o que vocês quiserem também.
Foster: Mas, vem para cá, desfrutem da praia!
Alexia: Ah, esqueci de falar: Meninas, vocês que gostam de comprar coisas nas praias...
Foster: Ah, a gente não falou sobre sunga e... a roupa da praia!
Alexia: Ridículo, gente! Foster, que absurdo!
Foster: É, rapidão, explica para mim...
Alexia: Não, vai, você como homem prefere usar sunga ou bermuda?
Foster: Bermuda porque eu fico com muita vergonha da sunga por causa das minhas partes íntimas. Não é uma coisa muito americana!
Alexia: Surfista usa short.
Foster: O que é sunga?
Alexia: Sunga é speedo, né?
Foster: Também pode ser um weenie bikini, banana hammock, speedo... é tipo underwear, né?
Alexia: É uma underwear. E aí os homens normalmente usam ou bermuda ou uma sunga, que é exatamente isso. As meninas, não. As meninas usam biquíni ou um maiô.
Foster: Quer dizer um one piece, bathing suit.
Alexia: E existem vários lugares para comprar aqui no Rio. Você pode até comprar na praia. Tem biquíni sendo vendidos na praia. É exatamente isso. Não tem sunga, o que eu acho um absurdo, que deveria começar a ser vendido também. Eu não sei por que isso.
Foster: Pode ser um negócio que a gente abra também.
Alexia: Olha aí! Mas, tem muito biquíni. Se vocês quiserem biquínis de boa qualidade, em qualquer shopping vai ter. Se vocês encontrarem, não vai ter problema algum. Qualquer shopping no Rio de Janeiro vende biquíni. Ou maiô. E é verdade, né?
Foster: É, mas eu acho que a maioria das meninas que vem para cá já vem com um biquíni, né?
Alexia: Mas, um biquíni diferente das cariocas, né?
Foster: Quer dizer, maior.
Alexia: É.
Foster: Aqui, o biquíni é bem fino, né?
Alexia: Porque assim tem o fio-dental, literalmente, que eu não uso de jeito nenhum. E tem os biquínis normais de cariocas que para as meninas de fora do Brasil são os pequenos.
Foster: Pequenos. Quer dizer que mostram mais da bunda.
Alexia: É. E do peito também.
Foster: E do peito também. Mostram mais do corpo. Acho que o carioca é bem mais aberto com o corpo dele.
Alexia: Eu acho que a gente não tem muita vergonha não de mostrar. E praia é um lugar muito democrático também. Para vocês entenderem o que eu quero dizer, desde o mais rico até o mais pobre frequentam o mesmo lugar. Então a praia é o lugar mais democrático do Rio de Janeiro, se você pensar. Você vai estar com pessoas de comunidade como pessoas que moram numa casa enorme.
Foster: Não sei se eu concordo 100%, mas eu acho que é um pensamento lindo.
Alexia: Mas, é verdade.
Foster: Eu acho que sim. Pode-se achar qualquer coisa na praia do Rio de Janeiro. É o lugar mais democrático que tem talvez no Rio.
Alexia: É muito engraçado você pensar que está sentado olhando para o mar, você tá bebendo sua cerveja, caipirinha, mate, o que for, e do seu lado também tem uma outra pessoa aproveitando o mesmo lugar, pagando as mesmas coisas, independente da classe social.
Foster: E pode ser alguém de uma classe muito mais baixa ou pode ser o Eike Batista.
Alexia: Exatamente.
Foster: Que hoje ele já é de classe baixa também.
Alexia: Ele é quase a gente, né?
Foster: É . Tá, então, vamos terminar com uma piada sobre Eike, ver se acha uma boa... ou você tem mais alguma coisa para dizer?
Alexia: Não, não tenho mais nada.
Foster: Então tá. Até a próxima vez, gente! Um abraço!
Alexia: Tchaaaau!
Foster: Tchau, gente!