Transcript
Foster: Olá, olá, oi pessoal, e bem-vindos a mais um episódio do Carioca Connection. O meu nome é Foster, eu sou americano tentando aprender português e, como sempre, eu estou aqui com?
Alexia: A Alexia. Oi gente, oi Foster, tudo bem?
Foster: Está tudo ótimo. E com você, Alexia?
Alexia: Também. Último episódio da temporada?
Foster: Sim, não é mais um episódio, é o último episódio da temporada.
Alexia: Uau.
Foster: Da nona temporada.
Alexia: Exatamente. Que é…
Foster: …uma palavra que eu amo: “nona”.
Alexia: Bom, “nona” em italiano é avó, né? É N-O-N-A. Sim. Em português, quando você vai escrever “nona” é só com N, N-O-N-A.
Foster: Sim. O que quer dizer? O “nono”.
Alexia: Exatamente.
Foster: Nona temporada, nove temporadas desse podcast. Meu Deus do céu, o que que a gente está fazendo, Alexia?
Alexia: Bom, nós estamos fazendo diário aberto para as pessoas, é mais ou menos isso.
Foster: É mais ou menos isso.
Alexia: Bom, e falando em diário aberto, eu acho que pra quem está chegando agora e não escutou o episódio anterior, volta, escuta o episódio anterior porque vai fazer muito mais sentido. No episódio anterior a gente está falando sobre coisas que nós aprendemos com o Carioca Connection nesses oito anos que nós estamos fazendo o podcast, e hoje é mais ou menos complemento disso. É um pouco mais profundo, é um pouco mais delicado, digamos assim, mas um episódio complementa o outro, então volta para trás, escuta e depois volta para cá. É isso.
Foster: Ótimo. Obrigado, Alexia. Eu adoro o que você falou que é um pouco mais profundo, então agora eu tenho a expectativa que vai ser uma conversa profunda.
Alexia: Eu acho que, assim, nós não gostamos de escrever roteiro, né, pros episódios, isso é uma coisa que a gente já falou mil vezes sobre.
Foster: Eu acho que dá pra entender que não tem roteiro aqui, se você sair escutando.
Alexia: Não tem roteiro. Não tem…
Foster: …conversa.
Alexia: Mas nós tivemos uns pontos acordados para falarmos no episódio de hoje. Então eu e o Foster, antes de gravarmos o episódio de hoje, a gente escolheu dois ou três pontos que a gente gostaria de conversar hoje.
Foster: Porque a gente aprendeu muita coisa fazendo isso, fazendo esse projeto.
Alexia: E eu acho que o episódio de hoje vai ser uma linda forma de encerrar essa temporada, porque é uma coisa que a gente sempre tenta fazer, é trazer toda a nossa sinceridade pra cada episódio que a gente faz. Eu acho que a gente faz de uma maneira muito boa e eu já queria começar a conversar sobre isso, na verdade, sobre… eu acho que o primeiro ponto que eu gostaria de conversar é sobre consistência.
Foster: Consistência, pode falar mais uma vez?
Alexia: Eu acho tão parecida com em inglês “consistency” e aí com o meu sotaque fica um pouquinho mais chata. Você fala que é “consistência”, esse S, X, então se você quiser falar de uma forma mais neutra seria “consistência”.
Foster: Consistência. Isso. É uma palavra difícil, até em inglês também. É, consistência. Esse foi um dos meus pontos que eu queria falar sobre, porque quando eu penso e eu faço um pouco de reflexão sobre o…
Alexia: …o nosso trabalho, no caso.
Foster: É, que é bem conectado e bem parecido com as nossas vidas e com o nosso relacionamento. Só o fato de que a gente gravou episódios quase todas as semanas por oito anos, e tanta coisa mudou nas nossas vidas, no mundo, no mundo do podcast, no mundo de aprender línguas com tecnologia, o mundo é tão diferente, mas as conversas e a consistência é uma coisa que me ajuda a voltar pras coisas mais importantes da minha vida. Não sei se fez sentido.
Alexia: Sim, eu acho que você ser podcaster no dia de hoje significa, entre aspas, muito pouca coisa comparado com o que era antigamente.
Foster: Também eu acho que o que fazemos aqui não é exatamente a mesma coisa do que o que é podcast hoje em dia.
Alexia: Sim, então eu acho que nós tivemos alguns desafios, né, durante esses anos, principalmente com a entrada do ChatGPT, né? Agora…
Foster: …Covid.
Alexia: Com o Covid e como que a gente conseguiria manter os nossos episódios e o nosso podcast da forma mais natural possível. Então, por exemplo, hoje é muito difícil de você encontrar podcast que não tenha vídeo acompanhado, né? É uma superprodução, é uma coisa que as pessoas realmente contratam várias pessoas para fazerem e ótimo para elas, maravilha, mas não é a gente, né? Então uma das coisas que realmente a gente fez questão de manter, e isso independentemente de onde nós estávamos fisicamente, se eu estava no Brasil, Foster nos Estados Unidos, eu em Portugal, Foster nos Estados Unidos, tanto faz. Com Covid e sem Covid, por causa de visto, sem visto, a gente conseguiu manter a consistência em gravar as nossas temporadas e trazer conteúdo para vocês.
Foster: Sim, eu acho que é uma lição superimportante também para quem está aprendendo português porque a vida sempre vai ter tantas mudanças e, bom, pelo menos para mim, o Carioca Connection é um veículo para eu ter que falar português todos os dias, pelo menos gravar episódio por semana, e muitas vezes quando eu me sinto desconectado com o português, o Brasil, a cultura brasileira, o Carioca Connection e as conversas com a Alexia e com vocês, e nossos alunos, membros do CC Club, é a coisa que me traz de volta, tipo “ah, eu amo o Brasil, eu amo o nosso relacionamento, existe uma razão porque eu estou fazendo todo esse trabalho”, tipo, tudo vale a pena, é bom te lembrar disso.
Alexia: E isso vem ao segundo ponto de hoje que seria a conexão, né?
Foster: Então, primeiro ponto, consistência. Segundo ponto é a conexão que é o que a gente coloca no nome do nosso podcast, né?
Alexia: Sim.
Foster: É simplesmente óbvio isso.
Alexia: Posso falar só uma coisa? O meu pai, meu pai tem uma empresa que se chama Hodge Floors. Hodge é meu sobrenome e quando eu era criança, o lema deles, o slogan, o tagline, sempre era “When the name, you care a lot more”. E se eu percebi agora, é mais ou menos o que a gente está fazendo, “connection” está aí no nome e é tão importante pra gente.
Alexia: Isso, já que a gente saiu um pouquinho do nosso script. Gente, eu lembro da primeira vez que eu estava chegando nos Estados Unidos, primeira vez com o Foster no caso, pra visitar a família do Foster e conhecer os pais dele, né? Já tinha conhecido o pai dele no Rio, mas estar na cidade do Foster e conhecer a mãe dele e tal, e chegando na cidade, ele anda assim pro lado esquerdo, nunca vou esquecer isso na minha vida. Tinha um outdoor, que é como a gente chama billboard.
Foster: Uma coisa ridícula em português, outdoor. Outdoor.
Alexia: Literalmente billboard. Outdoor. Tinha no outdoor, assim, um outdoor enorme. O pai do Foster, com anúncio da loja, da empresa dele e eu olhei assim, eu falei assim: “Meu Deus do céu, onde é que eu me meti?” Tipo, o pai dele é conhecido pela cidade inteira, eles são super importantes, eu estou ferrada nessa história, eu aqui uma simples brasileira chegando na cidade. Foi quando eu comecei a ter dor de barriga, porque eu sabia que eu estava chegando na casa do Foster e eu estava começando a ter muita dor de barriga e foi quando eu conheci a mãe dele e aí eu comecei a relaxar aos pouquinhos, mas foi tenso.
Foster: É, depois que você percebeu que, ah, uma cidade super pequena, todo mundo se conhece, o meu pai é uma figura ridícula, ele não…
Alexia: Porque assim, uma coisa é você ter outdoor no Rio de Janeiro, outra coisa é você ter outdoor numa cidadezinha super pequena, né? É diferente, se ele tivesse outdoor, vários outdoors em Atlanta, por exemplo, eu falaria assim: “Meu Deus do céu, socorro vezes mil”, mas está tudo bem.
Foster: Enfim. É isso. Você estava falando sobre a conexão e foi a conexão que… você falou que, uma simples brasileira, chegando na Carolina do Sul.
Alexia: Carolina do Sul.
Foster: Na Carolina do Sul. Depois de oito anos, ainda não consigo falar o nome do estado onde eu nasci.
Alexia: Ainda bem que eu não me chamo Carolina, né? Graças a Deus.
Foster: Seria Carol ou alguma coisa. Foi a conexão que fez essa situação acontecer.
Alexia: Sim, eu acho que, eu como pessoa individual, né, eu sempre prezei muito pelas conexões que eu fiz ao longo da minha vida.
Foster: O que quer dizer isso? Que você prezou?
Alexia: Eu sempre dei muita importância, sempre coloquei como uma forma importante na minha vida as conexões que eu faço ao longo da vida.
Foster: Uhum.
Alexia: E quando eu conheci o Foster e vi que essa seria uma conexão que eu gostaria de manter pro resto da minha vida, é claro que eu tinha que fazer a mesma coisa com a família dele e a forma que eu iria conhecer eles, etc., mas eu sabia muito bem que eu era peixe fora d’água no meio da Carolina do Sul, numa cidade pequena. Eu era completamente fora da regra, né? Culturalmente, com a língua, com os costumes, com a forma de se vestir, com tudo.
Foster: Então…
Alexia: Foi, tem sido uma experiência muito boa e muito bonita de me ver me adaptar à família do Foster e vice-versa também, e eles também se adaptarem a mim. E é assim que eu acho que as conexões mais bonitas se formam, não é uma coisa sendo imposta na outra, né?
Foster: É. E no seu caso você tinha que aprender sobre a cultura americana, sobretudo a cultura do Sul, e o seu inglês melhorou muito por causa dessas conexões, então acho que é a mesma coisa mas ao contrário, pra mim e pra todos os nossos ouvintes, criando e… não sei se essa palavra existe… aprofundizando…
Alexia: Aprofundar???
Foster: …aprofundar as conexões.
Alexia: Com a língua…
Foster: …portuguesa, a cultura brasileira. É isso que eu queria falar.
Alexia: Então pronto, então na verdade você gostaria de falar que você também gostaria que os nossos ouvintes, os nossos alunos aprofundassem a conexão com a língua brasileira, com a língua portuguesa.
Foster: É a minha esperança que o Carioca Connection ajude os nossos ouvintes com essa conexão.
Alexia: E eu acho também muito interessante a gente pensar como que o Carioca Connection podcast fez com que nós, eu e você, ficássemos conectados com o Brasil, mesmo quando a gente já estava começando a viajar mais, fazendo América do Sul, depois nossa temporada entre Estados Unidos e Brasil e Estados Unidos e Brasil e agora morando fora aqui em Portugal. Então é uma conexão muito viva e que nos mantém sempre atrás de novidades e formas de como trazer o Brasil e a língua portuguesa para quem nos escuta.
Foster: Sim, eu acho que é ponto superimportante porque a nossa conexão com o Brasil obviamente mudou muito durante oito anos. No começo foi mais eu querendo aprender mais sobre o Brasil, e depois foi mais pra manter conexões com as suas amigas e a cultura, e hoje em dia mais pra matar saudades. Mas acho que a nossa história é muito comum, qualquer pessoa que vai aprender português normalmente tem uma história parecida com a minha, que ou viajou pro Brasil ou conheceu uma pessoa do Brasil e se apaixonou pela cultura, pelo país, pelo povo, mas isso não quer dizer que elas sempre vão morar no Brasil.
Alexia: Ou que até um dia vão conhecer o Brasil, tem gente que ama o Brasil pelo que escutou falar, acompanha na internet, a novela ou coisa parecida, mas ainda não teve a oportunidade de visitar.
Foster: Sim.
Alexia: Exatamente. E eu acho que também a nossa conexão com quem nos escuta.
Foster: Sim. E…
Alexia: …com os nossos alunos.
Foster: Eu acho que sem essa conexão com nossos ouvintes, sobretudo nossos alunos… Sobretudo? Sobretudo? O que que eu falei?
Alexia: Sobretodo, espanhol.
Foster: Sobretudo, com os nossos alunos, membros do CC Club, o fato de que tem pessoas escutando a gente, e a gente sabe pelo menos pra algumas pessoas no mundo, o nosso podcast tá ajudando, né, essa viagem com a cultura brasileira é um pouco mais fácil com a ajuda do Carioca Connection.
Alexia: Com certeza, eu acho que é uma forma da gente manter isso vivo, de alguma forma. E também me força a manter isso também. Eu tenho muito orgulho de ser brasileira, tenho muito orgulho de ser carioca e é uma coisa que eu entendo cada vez mais já estando tanto tempo fora do Brasil, eu não sei se você tem o mesmo sentimento em relação aos Estados Unidos, assim, você entende o tipo de americano, norte-americano que você é hoje em dia, você tem mais os seus desejos e intenções e crenças mais bem moldadas, porque quando você mora fora do país onde você nasceu ou coisa parecida, você leva consigo várias características. É muito fácil você perder essas características porque você tem que ou mudar ou se adaptar muito facilmente.
Foster: Sim.
Alexia: No novo país.
Foster: Assimilar.
Alexia: É. Então eu sempre forço para que algumas coisas continuem comigo.
Foster: É, acho que o podcast e o projeto ajudam muito com isso.
Alexia: Exatamente, então é a conexão que eu não quero deixar ir embora, na verdade.
Foster: E aí, Alexia, temos consistência, conexão. Acho que a última coisa que eu gostaria de colocar no episódio de hoje, só pra finalizar a temporada, é a conversa, a importância da conversa humana.
Alexia: Da comunicação.
Foster: É isso que eu estou dizendo. Da comunicação falada.
Alexia: É.
Foster: Que começou com, literalmente começou com uma conversa simples, e é a mesma coisa que estamos fazendo agora, e quando você aprende português é a mesma coisa que você vai ter que fazer, ter conversas com outras pessoas. Então, não sabemos o que vai vir no futuro pra nós, pro Carioca Connection, mas sabemos que conversa e conexão vão estar incluídos bem no centro do Carioca Connection.
Alexia: Cem por cento, eu acho que é o coração do Carioca Connection.
Foster: Ah, boa. Fala mais. A conversa é o coração.
Alexia: É o coração do Carioca Connection.
Foster: Como assim?
Alexia: Eu acho que é a essência, é o que nós somos. Existem várias formas de você aprender uma língua, né? Você pode ter cursos mais tradicionais, cursos menos tradicionais, professores particulares ou simplesmente conversar com outras pessoas que estejam aprendendo a mesma língua ou com nativos daquela língua. Eu, a minha preferência é sempre manter conversas.
Foster: Adorei que o coração do Carioca Connection é a conversa, é mais ou menos o que é. O Carioca Connection é uma comemoração da conversa, né? A comemoração da conexão humana.
Alexia: É, e assim, se a gente colocar uma análise assim sobre as nossas temporadas e nós dois, no caso, desde o comecinho, quando você virou pra mim, como eu falei no episódio anterior, tipo “vamos fazer podcast”, “o que que é isso?” Mostra muito duas pessoas se conhecendo e se conhecendo através de conversas e duas pessoas que são bilíngues e têm uma segunda língua e a minha segunda língua é inglês, a sua é português, nós nunca falamos com a mesma língua nativa.
Foster: Tecnicamente português é a minha terceira língua. Hoje em dia é a segunda língua.
Alexia: Muitas desculpas ao espanhol, mas espanhol está em terceiro lugar hoje em dia. Sim, de duas pessoas se conhecendo e se apaixonando e se apaixonando pela língua e eu me reapaixonando pelo Rio de Janeiro e o Foster se apaixonando pelo Rio de Janeiro. E então nós começamos a viajar e aí a gente resolve se mudar e estamos aqui hoje, então são oito anos de enquanto nós estávamos simplesmente vivendo. Enquanto nós estávamos simplesmente vivendo e tivemos a pandemia e aí pegamos cachorro e a gente começa a ter novos desafios, novas coisas, então é muito bonito isso.
Foster: Sim, quando a gente começou duas crianças conversando, comparado com as duas crianças conversando hoje em dia.
Alexia: Então eu estou muito orgulhosa do que a gente construiu, eu estou muito satisfeita com quem nos escuta, o tipo de pessoa que nos escuta que normalmente é o mesmo tipo de perfil.
Foster: É, eu acho que uma coisa importante que pelo menos eu aprendi, é uma pessoa particular que escuta a gente e eu tenho…
Alexia: Como assim uma pessoa particular? É perfil específico, é isso que você está falando?
Foster: Sim, não é uma pessoa, entre aspas, normal que vai gostar de escutar.
Alexia: O que que é normal?
Foster: Por isso eu coloquei entre aspas, normal no sentido de comum na sociedade. Eu acho que a maior parte das pessoas na sociedade não vão gostar de escutar duas pessoas falando sobre coisas mais ou menos aleatórias por oito anos, normalmente é uma pessoa que realmente quer aprender português, quer aprender mais sobre o Brasil, entende o tamanho desse projeto, entende que é projeto que não acaba nunca.
Alexia: E eu acho que dos pontos mais importantes aqui, nós somos muito parecidos com quem nos escuta e vice-versa.
Foster: Elas são um pouco mais inteligentes normalmente.
Alexia: Para de falar isso, você falou isso no último episódio e está falando isso agora de novo, eu sou tão inteligente quanto esse pessoal.
Foster: Tá, vocês são. Mas muita gratidão porque sem vocês, com certeza, com certeza a gente não ia durar oito anos, então, muita gratidão, muito amor. E Alexia, como esse episódio provavelmente vai ser o último episódio desse ano. O que que você quer falar pros nossos ouvintes?
Alexia: Eu acho que a maior lição que vocês podem ter com esse episódio é que a consistência, a conexão e a comunicação são os três pontos mais importantes durante o seu aprendizado com uma língua. Eu sei que o Foster, todo episódio, é tipo assim: “Gente, desculpa, eu não estou falando o meu português bem, eu não dormi bem” ou coisa parecida, porque ele ainda é um pouco inseguro com o português dele às vezes, mas vocês podem ver muito bem que o português dele na primeira temporada e na nona temporada que é o que estamos aqui é simplesmente incrível, é uma… por causa dessa consistência, por causa das conexões que ele fez e por causa da comunicação que ele tem diariamente com o português, ele está no nível que ele está hoje em dia. Quando eu falo nível, não é nível A, B, C, D, não é isso, é nível de comunicação mesmo, é maravilhoso, é superavançado, ele consegue se comunicar com os portugueses, por exemplo.
Foster: Eu me viro.
Alexia: Ele consegue se comunicar com os portugueses, por exemplo, ele não tem problema com isso, se colocarem ele no meio do Brasil ele vai conseguir se comunicar com qualquer pessoa. Então pra quem quer chegar no nível do Foster ou pra quem já está no nível do Foster, espero que vocês continuem com a consistência, com as conexões que vocês têm com os brasileiros, com família brasileira, com a cultura brasileira e principalmente continuem falando português diariamente, se possível, nem que sejam dez minutos por dia. E é isso, eu acho que é exatamente isso.
Foster: Obrigado Alexia. Sim, se eu conseguir fazer isso tenho certeza absoluta que todos os ouvintes podem conseguir também. Muito obrigado Alexia, obrigado gente por escutar. Quer falar mais algo, Alexia?
Alexia: Não, é isso gente. Olha, último episódio, último tchau dessa temporada. Eu espero que vocês fiquem bem, nós estamos e vamos trabalhar muito agora nos bastidores do Carioca Connection, nós temos muita coisa pra fazer, então se vocês quiserem ficar por dentro do que a gente está fazendo, é só ir no nosso site e se inscrever. E é verdade isso, tá? Pessoal, tem que se inscrever pra saber o que que vai acontecer.
Foster: É, se você não quer esperar até 2025 pra escutar novos episódios do Carioca Connection, é melhor visitar o nosso site cariocaconnection.com e pode aprender muito mais sobre o que que a gente está fazendo.
Alexia: Exatamente. E isso não é papo de marqueteiro não, tá? É papo de Foster e Alexia, o mais natural possível. E é isso gente, até a próxima.
Foster: A conexão humana.
Alexia: A conexão humana. Então, até a próxima temporada. Já estamos com saudades, muito obrigada pelo carinho, pelo apoio, pelos ouvidos e até já.
Foster: Tchau.
Useful vocabulary, expression & additional resources
é mais ou menos isso – it’s more or less that
volta pra cá – come back here
um pouco mais profundo – a little deeper
gostamos de escrever roteiro – we like to write a script
é mais ou menos o que estamos fazendo – it’s more or less what we’re doing
não tem roteiro aqui – there’s no script here
é uma coisa que já falamos mil vezes – it’s something we’ve said a thousand times
consigo falar o nome do estado onde eu nasci – I can say the name of the state where I was born
peixe fora d’água – fish out of water (feeling out of place)
se adaptarem a mim – adapting to me
pra quem está chegando agora – for those who are just arriving
fazer questão de manter – to make a point of maintaining
não sabemos o que vai vir no futuro – we don’t know what the future will bring
eu sou tão inteligente quanto esse pessoal – I’m as smart as these people
desculpa, eu não dormi bem – sorry, I didn’t sleep well
nós dois no caso – the two of us, in this case
de forma mais natural possível – as naturally as possible
não quer esperar até dois mil e vinte e cinco – don’t want to wait until 2025
tenho certeza absoluta que todos podem conseguir – I’m absolutely sure everyone can do it
matar saudades – to kill (relieve) longing
não tem problema com isso – no problem with that
se apaixonando pelo Rio de Janeiro – falling in love with Rio de Janeiro
são superimportantes – they’re very important
todo mundo se conhece – everyone knows each other
me faz lembrar disso – makes me remember that
é coração do projeto – it’s the heart of the project
está bem conectado e bem parecido com as nossas vidas – it’s well connected and similar to our lives
uma cidadezinha super pequena – a super small town
somos bilíngues – we are bilingual
isso nos leva ao segundo ponto – this brings us to the second point
me traz de volta – brings me back
eu adoro o que você falou – I love what you said
fico muito orgulhosa – I’m very proud
eu me viro – I can get by (manage)
se colocar ele no meio do Brasil – if you put him in the middle of Brazil
como que a gente conseguiria manter – how we would manage to maintain
só queria falar isso – I just wanted to say that
por causa do Covid e sem Covid – because of Covid and without Covid
muito fácil perder essas características – very easy to lose those characteristics
tenho muito orgulho de ser brasileira – I’m very proud to be Brazilian
sempre nos mantém atualizados – always keeps us updated
várias formas de aprender – several ways to learn
não sei se você tem o mesmo sentimento – I don’t know if you feel the same
tenho certeza que todos os ouvintes podem conseguir – I’m sure all the listeners can achieve it
não sei se fez sentido – I don’t know if that made sense
é um projeto que não acaba nunca – it’s a project that never ends
Deep dive
é mais ou menos isso – it’s more or less that
This expression is often used to indicate that something is approximately correct or similar but not exactly so. In the podcast, Alexia uses this phrase to summarize the essence of their project, suggesting that the podcast is an ongoing, evolving dialogue rather than a fixed concept. This reflects the Brazilian conversational style of being informal and flexible in communication.
volta pra cá – come back here
A colloquial way to invite someone to return to a previous topic or place. This phrase captures the informal tone of Brazilian Portuguese, highlighting the warm and inviting nature of conversations in Brazil.
um pouco mais profundo – a little deeper
This phrase signifies a desire to explore topics in greater detail or complexity. In the context of the podcast, it expresses the intention to delve into more meaningful discussions, which is common in Brazilian culture, where personal connections and emotions are often prioritized in conversations.
gostamos de escrever roteiro – we like to write a script
Although the phrase suggests a preference for scripted dialogue, it ironically highlights that their conversations are more spontaneous. This reflects a cultural preference in Brazil for informal and genuine interactions over rigidly structured discussions.
não tem roteiro aqui – there’s no script here
This phrase emphasizes the unscripted, conversational nature of the podcast. It underscores the Brazilian cultural trait of valuing spontaneity and authenticity in communication.
é uma coisa que já falamos mil vezes – it’s something we’ve said a thousand times
This expression is hyperbolic and indicates familiarity with a topic. It reflects the importance of repetition in Brazilian Portuguese learning and conversation, where reiterating ideas helps reinforce understanding.
consigo falar o nome do estado onde eu nasci – I can say the name of the state where I was born
This phrase captures the struggle with language acquisition and cultural integration, common among learners of Portuguese. It reflects the nuances of identity and belonging, significant themes in Brazilian culture.
peixe fora d’água – fish out of water
This idiom describes someone who feels out of place in a new environment. Alexia uses it to express her initial feelings of discomfort when meeting Foster’s family in the U.S., a relatable sentiment for many who experience cultural transitions.
se adaptarem a mim – adapting to me
This expression emphasizes the mutual adjustments made in relationships, highlighting the importance of compromise and understanding in Brazilian culture, especially in cross-cultural relationships.
pra quem está chegando agora – for those who are just arriving
This phrase is often used to address newcomers, demonstrating inclusivity. It reflects the Brazilian hospitality ethos, where people are encouraged to feel welcomed and informed.
fazer questão de manter – to make a point of maintaining
This expression conveys the importance of prioritizing certain actions or values. It reflects the Brazilian emphasis on commitment in personal relationships, both in love and friendship.
não sabemos o que vai vir no futuro – we don’t know what the future will bring
A common sentiment reflecting uncertainty and acceptance of life’s unpredictability. This expression resonates with the Brazilian cultural perspective that embraces change and adaptability.
eu sou tão inteligente quanto esse pessoal – I’m as smart as these people
This expression highlights self-reflection and comparison, often used in a humorous context. It indicates a playful acknowledgment of one’s capabilities, a typical aspect of Brazilian social interactions where humor often softens the delivery of personal assessments.
desculpa, eu não dormi bem – sorry, I didn’t sleep well
This is a common way to excuse oneself in Brazilian culture. It reflects a casual approach to personal issues, demonstrating the Brazilian tendency to prioritize interpersonal relationships over formalities.
nós dois no caso – the two of us, in this case
This phrase underscores the shared experience of the speakers, emphasizing the importance of partnership and collaboration, central themes in Brazilian relationships.
de forma mais natural possível – as naturally as possible
This expression reflects the Brazilian emphasis on authenticity in communication, stressing the desire for genuine interactions over forced or artificial exchanges.
não quer esperar até dois mil e vinte e cinco – don’t want to wait until 2025
This phrase indicates impatience or eagerness for something to happen sooner. It is often used humorously to express excitement about future events.
matar saudades – to kill (relieve) longing
A unique Brazilian expression that refers to the feeling of missing someone or something and the desire to reconnect. This idiom encapsulates the cultural significance of relationships and nostalgia in Brazilian life.
não tem problema com isso – no problem with that
A common phrase in everyday conversation indicating acceptance or ease. It reflects the Brazilian cultural norm of being laid-back and accommodating in social interactions.
se apaixonando pelo Rio de Janeiro – falling in love with Rio de Janeiro
This expression conveys deep affection and attachment to a place, highlighting the cultural pride Brazilians have in their cities and the emotional connections formed with their surroundings.
são superimportantes – they’re very important
This phrase emphasizes significance in a casual tone. It reflects the Brazilian conversational style, where personal values and relationships are openly acknowledged.
todo mundo se conhece – everyone knows each other
This expression illustrates the close-knit nature of many Brazilian communities, highlighting the importance of relationships and social networks in Brazilian culture.
me faz lembrar disso – makes me remember that
A reflective phrase often used to connect past experiences with current discussions. It indicates the importance of memory and shared history in Brazilian conversations.
é coração do projeto – it’s the heart of the project
This phrase signifies the central theme or essence of something. In Brazilian culture, highlighting the core values of a project or relationship is important for fostering understanding and connection.
está bem conectado e bem parecido com as nossas vidas – it’s well connected and similar to our lives
This expression emphasizes the relatability of the project to the speakers’ personal experiences, reflecting the Brazilian cultural value of authenticity in storytelling.
uma cidadezinha super pequena – a super small town
This phrase conveys a sense of familiarity and intimacy associated with small towns, which are often characterized by close community ties in Brazil.
somos bilíngues – we are bilingual
This statement underscores the speakers’ language abilities, which are often a source of pride in a multicultural society like Brazil, where linguistic diversity is celebrated.
isso nos leva ao segundo ponto – this brings us to the second point
A common phrase used in discussions to transition between topics. It reflects the logical flow typical in Brazilian conversations, where connections between ideas are emphasized.
me traz de volta – brings me back
This expression highlights the nostalgic feelings associated with personal connections, reflecting the emotional depth prevalent in Brazilian relationships.
eu adoro o que você falou – I love what you said
A phrase that expresses appreciation for someone’s input, showcasing the Brazilian cultural tendency to encourage open dialogue and affirmations in conversation.
fico muito orgulhosa – I’m very proud
This expression is commonly used to express pride in someone’s accomplishments or heritage, reflecting the importance of familial and communal pride in Brazilian culture.
eu me viro – I can get by (manage)
This phrase indicates a level of confidence in handling situations, embodying the Brazilian spirit of resilience and adaptability.
se colocar ele no meio do Brasil – if you put him in the middle of Brazil
This phrase suggests confidence in navigating Brazilian society, reflecting the Brazilian cultural value of being hospitable and inclusive.
como que a gente conseguiria manter – how we would manage to maintain
This phrase highlights the challenges of sustaining relationships or projects over time, reflecting a common concern in Brazilian culture about continuity and connection.
só queria falar isso – I just wanted to say that
A casual way to add final thoughts or clarify statements, embodying the informal and friendly tone characteristic of Brazilian Portuguese conversations.
por causa do Covid e sem Covid – because of Covid and without Covid
This phrase emphasizes the impact of the pandemic on daily life and relationships, a relevant context for contemporary Brazilian society.
muito fácil perder essas características – very easy to lose those characteristics
This expression indicates the challenges of maintaining one’s identity when adapting to new environments, a common theme in discussions about cultural integration.
tenho muito orgulho de ser brasileira – I’m very proud to be Brazilian
A powerful statement reflecting national pride, a significant aspect of Brazilian identity, especially for those living abroad.
sempre nos mantém atualizados – always keeps us updated
This phrase emphasizes the importance of staying informed and connected, a key aspect of Brazilian social culture.
várias formas de aprender – several ways to learn
This phrase highlights the diversity of learning methods available, indicating the flexibility and openness to different educational approaches common in Brazilian culture.
não sei se você tem o mesmo sentimento – I don’t know if you feel the same
This expression fosters connection by inviting shared experiences and emotions, a typical feature of Brazilian conversations that emphasizes community.
tenho certeza que todos os ouvintes podem conseguir – I’m sure all the listeners can achieve it
This encouraging statement reflects the supportive nature of Brazilian culture, where community members uplift one another in their endeavors.
não sei se fez sentido – I don’t know if that made sense
A common phrase used to check understanding, showing the Brazilian conversational tendency to seek clarity and mutual understanding in dialogue.
é um projeto que não acaba nunca – it’s a project that never ends
This expression conveys a sense of ongoing commitment, characteristic of the Brazilian dedication to long-term goals and relationships.