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Alexia: Oi, oi, pessoal. Estamos hoje no último episódio do ano do Carioca Connection 2021.
Marco: Uhul.
Alexia: De novo, está aqui o meu pai querido. Ele veio participar de mais um episódio festivo. E eu tenho que admitir que eu estou dando graças a Deus que 2021 está acabando.
Marco: Idem.
Alexia: O ano…
Marco: Idem. O ano, claro que sim, com as coisas que trouxe de ruim que basicamente é esse negócio que eu nem vou falar o nome que eu estou cansado já. Então que 22 seja, assim, um ano onde nós iremos recuperar plenamente a nossa alegria de viver, de sair, de tomar sol, de nos cumprimentarmos, de tudo.
Alexia: Pai, sabe o que eu tô pensando?
Marco: Não.
Alexia: Em 2019, nosso primeiro ano aqui, a gente foi lá pra Baixa, que é como se fosse downtown do Porto assistir os fogos. Lembra disso, né?
Marco: Lembro.
Alexia: E a gente não conseguia voltar, lembra disso?
Marco: Verdade.
Alexia: Eu me senti muito jovem naquele momento. Mal sabia a gente que 2020 estava chegando com o pé na porta, né? Arrebentando a porta total. E 2020, nós passamos em casa, eu você e Foster.
Marco: Sim.
Alexia: O Buddy já estava aqui.
Marco: Sim.
Alexia: E esse ano nós vamos passar em casa de novo, e eu espero estar na cama já 1h da manhã.
Marco: Sim, pelo seguinte, as multidões… Eu não sei como é que vai ser esse ano, mas a multidão é muito compacta, é muito grande. Enfim, pelos riscos…
Alexia: E as pessoas bebem muito…
Marco: Sim, bebem muito.
Alexia: Tem muita festa, muito descontrole em geral.
Marco: Exatamente. É o caso do Rio, onde a festa nossa era sempre em Copacabana para ver os fogos, e a gente voltava logo depois dos fogos para a casa, porque depois todo mundo ia dançar como se não tivesse amanhã.
Alexia: Eu faria isso se eu pudesse, hoje em dia, jovem, com o meu grupo de amigos, claro. Mas eu lembro uma vez que o Foster chegou no dia 31, lembra?
Marco: Sim.
Alexia: A gente estava lá num apartamentozinho em Copacabana. Aí a gente foi assistir os fogos, você voltou pra casa. E eu e ele fomos encontrar os meus amigos no Leblon. A gente saiu de Copacabana, foi andando pela orla até o Leblon. Chegamos lá, eles tinham colocado uma tenda na praia, estava uma festa tão engraçada que os meninos começaram a fazer competição de quem colocava mais uva dentro da boca, umas coisas assim. Mas sempre foi muito divertido assim, passar o ano novo com os amigos. Eu gosto muito disso e sinto muita falta disso. Mas, ao mesmo tempo, eu fico pensando, no Rio eu também não faria isso hoje.
Marco: Não.
Alexia: Então, pelo bem ou pelo mal, pelo menos a gente tá quentinho em casa.
Marco: Sim.
Alexia: Passando um ano bom e desejando tudo de bom para 2022 que, aliás, eu adoro números pares.
Marco: Exatamente. Esse número par será o nosso número par. O meu, o seu, do Foster e de quem estiver ouvindo, claro.
Alexia: E pai, o que você deseja para as pessoas para 2022?
Marco: Que vocês sejam imensuravelmente felizes. Não sei nem se a palavra está certa.
Alexia: Está certa.
Marco: Eu sei, mas estou dizendo… Incomensuravelmente felizes.
Alexia: Não. Imensuravelmente…
Marco: E muito felizes.
Alexia: Não é ‘incomensuravelmente.’
Marco: E muito felizes.
Alexia: A gente está num podcast de português, pai. A gente precisa falar certo.
Marco: Então que vocês sejam todos muito muito felizes, de coração.
Alexia: O que você deseja para você?
Marco: Essa felicidade, claro.
Alexia: E pra mim? Claro que também felicidade…
Marco: Lógico filha, é uma onda de felicidade que vai, assim, passar como uma estrela muito bonita e encher todo mundo de luz.
Alexia: E pai, outra coisa que também a gente pouco fala. No Rio, quando você vai para uma festa, você sempre tem a ceia do ano novo, né? O jantar do ano novo. Eu lembro de uma coisa que você sempre pedia para comer de ano novo, você lembra?
Marco: De ano novo? Panetone?
Alexia: Não, isso é Natal, pai.
Marco: Não, mas eu também…
Alexia: Não.
Marco: Eu não sei o que você está falando, rabanada?
Alexia: Não, isso é Natal também. Para dar sorte.
Marco: Uva?
Alexia: Não, pai. Arroz de lentilha.
Marco: É verdade. Arroz de lentilha é uma coisa que eu gosto muito de comer o ano inteiro, e eu acho que arroz de lentilha dá sorte. Então, no ano novo mais ainda, né?
Alexia: E tem as cores, né? Então se você passar, por exemplo, usando vermelho é paixão, usando rosa é amor, branco é paz, azul acho que é prosperidade, verde é dinheiro, amarelo é esperança. Isso é uma coisa que os brasileiros se apegam muito, com a cor do ano novo. Que é uma coisa que eu não vejo nenhum outro lugar fazendo. Então é engraçado, porque quando a gente veio pra cá, eu falei assim, “Meu Deus, vou passar o ano novo com um casaco azul escuro, que cor é essa?” Sabe? “Isso vai me trazer má sorte.” E eu não fiquei feliz com isso. Hoje em dia eu já desapeguei. Mas no Brasil, você tem que usar uma cueca ou uma calcinha da cor que você quer para o ano. Você tem que usar roupa nova para passar o ano bem. Você tem que ter muito bem escolhido um pijama novo para dormir também.
Marco: É. E, às vezes, antes de dormir, tomar um banho…
Alexia: De sal grosso.
Marco: De sal grosso que é para tirar todas as coisas ruins e ficar assim, feliz da vida e leve. O ano novo é uma coisa exaustiva, né?
Alexia: Você já começa o ano cheio de coisas para fazer. E as 7 ondinhas…
Marco: As 7 uvinhas…
Alexia: Ondinhas.
Marco: É, quem vai à praia, pula 7 ondinhas e faz um pedido especial.
Alexia: E também bota flores para Iemanjá.
Marco: Sim.
Alexia: Para pedir que Iemanjá abençoe a gente. Então Copacabana, no dia seguinte, está toda cheia de flor.
Marco: Não dá pra ir na praia.
Alexia: E é muito engraçado, porque algumas pessoas jogam a flor, a oferenda para Iemanjá e, se tiver muita onda, a Iemanjá, ela devolve. Então a gente tem que torcer muito pra Iemanjá aceitar a nossa oferenda para que dê tudo certo.
Marco: É aquela frase que a gente fala brincando no Brasil que é, “Volta pro mar, oferenda.”
Alexia: Exatamente. “Volta pro mar, vai pra lá.” Então pai, feliz ano novo.
Marco: Igualdade querida e para todos que estão nos escutando.
Alexia: Adeus ano velho, feliz ano novo. Muito dinheiro no bolso, saúde para dar e vender.
Marco: Muito bem.
Alexia: Você lembra dessa música, né?
Marco: Lembro.
Alexia: Então vamos lá, 1, 2, 3…
Alexia & Marco: Adeus ano velho, feliz ano novo. Muito dinheiro no bolso, saúde para dar e vender. Uhul!
Alexia: Feliz ano novo, gente. Tchau.