Foster: Olá, olá. Oi pessoal e sejam bem-vindos a mais um episódio, mais uma aula do Carioca Connection, Season 6, sexta temporada, Fundamentos. Como sempre, eu estou aqui com...
Alexia: Alexia.
Foster: Como sempre. Viu?
Alexia: O que?
Foster: Sempre.
Alexia: Que que tem?
Foster: Vai ser o tema de hoje.
Alexia: Não.
Foster: Uhun.
Alexia: Ahãn.
Foster: Bom, sobre o que a gente vai falar hoje?
Alexia: A gente vai falar sobre o M final. Ou seja, o M ao final de uma palavra.
Foster: Uhun. Mas também o M existe no final de sílabas e é o mesmo som.
Alexia: Sim, mas...
Foster: Só pra complicar as coisas antes de começar.
Alexia: Gente, desculpa por isso. Vamos falar sobre o M final das palavras.
Foster: Não sei se vocês já repararam, mas com a fonética, a pronúncia, eu fico um pouco animado e maluco ao mesmo tempo.
Alexia: Sim. E o que eu quero falar sobre o M final, principalmente para quem é falante nativo de inglês aqui, é que é literalmente ao contrário do que vocês aprenderam. Então quando você tem um M ao final das palavras, você não fecha a boca em português.
Foster: Uhun.
Alexia: Você mantém aberta e dando um belo sorriso.
Foster: Uhun.
Alexia: Vamos lá. A primeira palavra, ‘sim.’ Certo?
Foster: Sim.
Alexia: Então, pra quem não sabe que com o M no final da palavra em português você não fecha a boca, vai ser algo do tipo, ‘sim, sim’. E na verdade é ‘sim’.
Foster: Sim.
Alexia: Sim. É isso.
Foster: É. Imagina, por exemplo, se você está falando em inglês a palavra ‘going.’ Qualquer palavra que tem ‘ing’ no final, ‘going.’ É basicamente isso, ‘sim.’
Alexia: Sim, exatamente.
Foster: É, e isso é um red flag, como é que fala isso? Vocês falam bandeira vermelha?
Alexia: Isso é algo importante.
Foster: Mas é tipo, pra mim, é uma coisa que fala, “Ah, você é gringo.”
Alexia: Ah sim.
Foster: Se você fala, “Sim, tudo bem.”
Alexia: É, exato.
Foster: Sim, tudo bem?
Alexia: É, exato. Por isso que eu insisti em colocar o M final, porque é mais uma coisa que praticamente todos os meus alunos tem dificuldade. E é muito engraçado, porque um aluno que tá comigo há dois anos praticamente, ele até hoje fala o ‘sim’ fechado e eu fico assim, “Ahãn.” E eu só tenho isso pra corrigir nele.
Foster: Quem? Não…
Alexia: Não vou falar nomes.
Foster: É, mas é uma coisa impressionante que também eu vejo pessoas que falam português muito muito bem, o português deles é muito melhor do que o meu, mas eles ainda falam, ‘tudo bem.’
Alexia: Então..
Foster: E é tão fácil corrigir isso.
Alexia: É sorrir. É literalmente sorrir. “Tudo bem.” Tá vendo? Eu não fecho a boca, eu deixo um mini espaço entre os dentes de cima e os dentes debaixo e eu sorrio. “Tudo bem.” “Tudo bem e você?”
Foster: É tentar falar com a boca fechada, errar de propósito, “tudo bem, bem.” “Bem, bem.” Um não tem nada a ver com o outro.
Alexia: Não.
Foster: Bem, bem.
Alexia: Bem, bem. Nem eu consigo fazer.
Foster: Bem.
Alexia: Bem, bem. Ahh, muito ruim.
Foster: É.
Alexia: Então. Tudo bem com você?
Foster: Tudo.
Alexia: Você tem que falar o…
Foster: Tudo bem.
Alexia: Ótimo. E Foster, eu também tenho muita vontade de viajar.
Foster: Eu também.
Alexia: É isso. Você não tem a menor dificuldade com o M final.
Foster: É, mas eu já sofri muito com isso também. Mas o que eu queria dizer no começo do episódio, por exemplo, na palavra ‘também.’ ‘Também’ tem dois M depois de uma vogal. Então não é ‘também,’ é ‘também.’
Alexia: Também.
Foster: Então fala pra mim, Alexia, a primeira sílaba.
Alexia: Tam.
Foster: Você não está fechando a boca aí?
Alexia: Ahãn.
Foster: E daí, ‘bem. ‘
Alexia: Bem. Na verdade, ‘também’ eu praticamente não falo o M. Se você pensar, eu faço ‘tam-bem.’
Foster: É, qualquer M depois de uma vogal em português se vira uma vogal nasal.
Alexia: Vira.
Foster: Vira uma vogal nasal. Então ‘também.’
Alexia: Sim.
Foster: Tem mais exemplos?
Alexia: Em algum lugar do mundo tem alguém fazendo aniversário.
Foster: Provavelmente.
Alexia: Em algum… algum...
Foster: ‘Algum’ é com M ou N?
Alexia: M.
Foster: É?
Alexia: Algum. M no final.
Foster: É sério?
Alexia: Sim. Ele tá olhando pro documento pra confirmar.
Foster: Não É porque em espanhol é com N.
Alexia: Espanhol é uma língua diferente del portugués.
Foster: É, mas pode ser uma coisa que o spell check sempre me corrige e eu nunca percebi. Então, fala de novo.
Alexia: Mas quando é no plural ‘alguns’ vira com N.
Foster: Ah, por isso.
Alexia: Tá? Então ‘em algum.’
Foster: Em algum.
Alexia: Lugar.
Foster: Ah, ‘em.’ ‘Em’ algum…
Alexia: Eu tava esperando você perceber isso.
Foster: Percebi.
Alexia: Em algum lugar do mundo alguém está fazendo aniversário.
Foster: Em algum lugar do mundo alguém está fazendo aniversário.
Alexia: Isso.
Foster: É muito boa essa frase.
Alexia: Eu sei.
Foster: Obrigado.
Alexia: De nada. E aí, vamos lá. Devemos fazer uma homenagem aos professores.
Foster: Homenagem.
Alexia: Isso.
Foster: Homenagem.
Alexia: Homenagem.
Foster: Pode falar devagar?
Alexia: Ho-me-na-gem.
Foster: Homenagem.
Alexia: Homenagear.
Foster: Homenagear… Ual. Mas ‘homenagem,’ a letra no final é M ou N?
Alexia: M.
Foster: É M. E a palavra ‘homem’?
Alexia: M.
Foster: M.
Alexia: M. Que é isso, tchê. Se alguém do sul me escutar falando, vai ser horrível. Bom, será que o som está bom.
Foster: Ah, muito bom.
Alexia: Viu?
Foster: Uhun. Então eu queria te perguntar, Alexia. No começo do episódio, você falou duas coisas. Abre a boca e sorri, né?
Alexia: Sim.
Foster: Mas por exemplo, na palavra ‘bom,’ não é muito é muito sorriso não, né?
Alexia: Não, mas você… Na verdade, assim, ‘tudo bom?’ Você não fecha a boca, né?
Foster: É.
Alexia: Então foi o que eu falei, você normalmente vai estar sorrindo, o que muda vai ser a vogal.
Foster: Uhun.
Alexia: Então com O principalmente é quando você fecha a vogal.
Foster: Uhun.
Alexia: Quando você tem os round lips, é quando você faz o beijinho.
Foster: Uhun.
Alexia: Quando a gente aprende no francês que a gente tem que fazer o biquinho pra falar, é exatamente isso.
Foster: Biquinho, você quer explicar o que que é?
Alexia: Round lips.
Foster: É. Um bico pode ser de um passarinho, né?
Alexia: Pode.
Foster: É. Mas por exemplo, ‘tudo bom?’
Alexia: Tudo bom?
Foster: ‘Bom,’ o mais importante é não fechar a boca.
Alexia: Isso.
Foster: Não é tudo ‘bom, bom.’ Nada assim, é ‘bom.’
Alexia: É isso.
Foster: Mas no caso, vai ser difícil sorrir.
Alexia: É, então…
Foster: ‘Bem,’ você pode sorrir. ‘Bom,’ é só não fechar a boca.
Alexia: Então é isso. Nas repetições, vocês vão ter diferentes exemplos com as diferentes vogais. Então, de novo, eu repetiria 10 vezes cada frase, 10 vezes cada palavra pra vocês realmente entenderem como é que é feito com cada vogal e com cada coisa.
Foster: É. E com a pronúncia, é uma coisa, é uma capacidade na verdade.
Alexia: É.
Foster: É um hábito e vai demorar, vai demorar bastante. Se você pensar bem, vamos dizer, a Alexia já falou, ‘bom,’ ‘bem,’ um bilhão de vezes.
Alexia: É, desde que eu nasci, né?
Foster: É, eu falei, sei lá, 10 mil. Então demora.
Alexia: Demora, demora. Então o que eu adoraria que as pessoas entendessem é, não tem uma fórmula correta, né? De como chegar a perfeição de pronúncia dessas palavras. Mas o que ajuda muito é a repetição. Agora, como você vai repetir, se é andando, se é tomando banho, se é escutando a gente no carro ou coisa parecida, aí é com você. O importante é repetir.
Foster: Provavelmente vai ser uma mistura de várias coisas, né?
Alexia: Sim.
Foster: Bom, bom treinamento gente.
Alexia: Muito bom.
Foster: E... muito bom.
Alexia: Então até a próxima.
Foster: Até.
Alexia: Tchau
Foster: Tchau, tchau.