Alexia: Bom, o que eu acho que a gente tem que relembrar, e eu acho que a gente vai relembrar em todos os momentos, é que nós devemos manter tudo da forma mais simples possível. Porque assim como inglês que tem 'What's up?' 'How is it going?'... Você pode aprender a responder de formas diferentes cada tipo de pergunta.
relembrar - to recall manter - to keep aprender - to learn
Foster: Uhun.
Alexia: Mas com um brasileiro não vai passar do tipo, "E aí tudo bem?" "Tudo e com você?" "Po, como é que tão as coisas?" "Ah, tá tudo bem, e com você?" Sempre vai ser uma coisa nesse sentido.
Foster: Tá.
Alexia: E aí uma outra forma que eu gosto de falar também, "Ah, como é que tão as coisas?" "Nada demais." Tipo, "Não posso reclamar de nada."
Foster: "Nada demais."
Alexia: É, "Nada demais." Isso normalmente, quando alguém chegava no trabalho e perguntava, "E aí Alexia, como é que tão as coisas?" "Ah… Nada demais."
Foster: "Nada demais." Eu falo isso muito. Eu acho que em inglês, eu falaria... Eu acho que em inglês eu falaria, "Nothing much." Or "Not too much."
Alexia: "Not too bad."
Foster: "Not too bad." É, "nada demais." É, 'nada demais' é outra forma de falar 'tudo bem,' né?
Alexia: Sim.
Foster: "E aí, tudo bem?" "Ah, nada demais."
Alexia: É. E aí tem as variantes, né? No sentido de… Por exemplo…
Foster: Posso te fazer uma pergunta rapidinho?
Alexia: "Como você está hoje?" "Eu estou bem e você?" É sempre isso.
Foster: Pois é. Bom, você está falando muito a expressão 'e aí.'
Alexia: Uhun.
Foster: E normalmente, "E aí, tudo bem?" Mas também agora você falou, "E aí temos variedades."
Alexia: Então, 'e aí' é 'e então' nesse sentido agora.
Foster: É. Então 'e aí' e 'então' é basicamente a mesma coisa.
Alexia: Sim.
Foster: "Então, tudo bem?"
Alexia: Sim.
Foster: "E então, como estamos?" "E aí, como estamos?"
Alexia: Sim.
Foster: Ótimo.
Alexia: O 'então,' só uma pequena curiosidade, é muito mais usado de uma forma informal aqui em Portugal do que no Brasil.
Foster: É.
Alexia: Então se você chegar pra alguém, num grupo de amigos e falar, "E aí, tranquilo?" "E aí cara, como é que tão as coisas?" É perfeito, você conhece todo mundo, você tá se chegando perto de alguma pessoa. E o exemplo que eu gosto sempre de dar, foi quando eu, você, seu amigo Zack, minha amiga Bruna fomos pra um churrasco do meu amigo de infância e quase ninguém conhecia você e o Zack no churrasco e todo mundo chegou pra falar com vocês porque é isso, tipo, se você é namorado da Alexia ou então se você é amigo do meu melhor amigo, você é meu amigo.
É tipo isso, então o Brasil, o Carioca tem muito disso. Então ninguém vai chegar pra você num churrasco e falar, "Tudo bem? Olá." Vai falar, "E aí cara, tudo bem?"
Foster: "Olá, como você está?" Não. É, "E aí cara, beleza?"
Alexia: Ou então tipo, "E aí, desculpa, qual é o seu nome?" É meio que isso.
Foster: É. E essas frases, 'e aí,' 'qual o seu nome?' ou 'como andam as coisas?'
Alexia: É.
Foster: Essas frases são muito importantes pra realmente ter a capacidade de falar essas frases sem pensar, porque você vai repetir essas frases sempre.
Alexia: É, e uma frase que sempre acontece quando você não conhece um grupo de pessoas é, ou eles usam, "E aí?" Ou "Tudo bem?" E vem junto assim, "Não peguei o seu nome."
Foster: "I didn't catch your name."
Alexia: "Desculpa, não peguei o seu nome." Ou então, "Qual é o seu nome?"
Foster: Boa, boa.
Alexia: Ou "Qual é o seu nome mesmo?" Porque quando você introduz o 'mesmo,' você fica muito mais bem educado do tipo, "Ok, alguém já te apresentou a mim e eu sem querer esqueci seu nome."
Foster: É.
Alexia: Então, "Qual é o seu nome mesmo?" "Foster." "Ah é, Foster. E aí cara, tranquilo? Meu nome é João." É isso.
Foster: Neste exemplo, eu acho que o 'mesmo' está funcionando como 'de novo.'
Alexia: Uhun.
Foster: Tipo, "Desculpa, qual é o seu nome de novo?"
Alexia: É.
Foster: É. Muito bom saber essas coisas.
Alexia: Sim.
Foster: Bom, mais alguma coisa sobre dizendo oi?
Alexia: Eu acho que assim, "Muito bom te ver." "Foi muito bom te ver de novo." "Prazer em te conhecer." Isso tudo também é formal e informal. Se você tiver numa reunião de trabalho e aí tem pessoas de fora do escritório que trabalham em São Paulo, mas fazem parte da mesma empresa, você pode falar, "Foi muito bom te ver. Foi muito bom ter falado com você."
Foster: Uhun.
Alexia: "Que bom que você estava aqui com a gente." Então isso tudo também funciona. Então é isso.
Foster: É isso.
Alexia: Manter da forma mais simples possível, achar catchphrases?
Foster: Catchphrases.
Alexia: Catchphrases que combinem mais com você e com a sua personalidade do tipo, "E aí? Ou então, "Tudo bem?" Ou então "Oi." E essas coisas, e repetir. É isso.
Foster: O que eu faço, o que eu recomendo pessoalmente, a gente tem os áudios de repetição, e eu pego algumas frases que eu penso, "Nossa! É uma frase que eu vou usar muito." E também tenho outras frases que eu sei que muitas pessoas vão usar, mas pessoalmente eu não uso, mas é bom saber também.
Alexia: Sim. E lembrando que a forma que eu falo não necessariamente é a mesma forma que meu pai fala, por ser de diferente idade, ou de diferentes ambientes. E também não é a mesma forma que o Felipe fala, por ser de uma diferente região do país com diferentes formas de falar. Então a gente tenta trazer um pouco de tudo aqui.
Foster: Exatamente. Eu acho importante quando você está aprendendo qualquer língua nova, é importante identificar com pessoas que já falam essa língua, então talvez alguém vai se identificar mais com o seu pai ou o sotaque do Felipe. Isso é muito importante.
Alexia: E pra terminar, a minha prima Silvia, que é de Minas Gerais, Poços de Caldas, sempre que ela vem falar comigo ela, "Oi Alexia, tá boazinha?"
Foster: "Tá boazinha."
Alexia: Sempre. E com o meu pai, quando ela pergunta pro meu pai, ou pra você é, "Tá bonzinho, Marco?" "Tá bonzinho, Foster?" É, "Tá tudo bem?" É literalmente isso.
Foster: Ela é muito fofa.
Alexia: É.
Foster: Vocês também são muito fofos. Então Alexia, muito obrigado e até o próximo episódio.
Alexia: Até o próximo. Tchau!