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Alexia: OlĂĄ!
Foster: EntĂŁo tĂĄ, gente! Hoje, o episĂłdio do podcast vai ser um pouquinho diferente. Por quĂȘ?
Alexia: Sou eu que mando!
Foster: Alexia vai me entrevistar.
Alexia: Sim.
Foster: Sobre o quĂȘ?
Alexia: Sobre dar aulas de inglĂȘs aqui no Rio.
Foster: JĂĄ quero dizer que estou meio ansioso.
Alexia: Por quĂȘ? Eu sou tĂŁo boazinha!
Foster: Porque eu sei que eu vou sofrer muito com o meu portuguĂȘs. Porque ainda Ă© cedo.
Alexia: Ainda é cedo?! Ainda é cedo, amor / Mal começastes...
Foster: Eu sabia que vocĂȘ ia... tĂĄ! Começa com a entrevista entĂŁo.
Alexia: Primeiro, eu quero saber o seguinte: qual foi a sua maior dificuldade ao ensinar inglĂȘs para algum brasileiro?
Foster: Com aluno brasileiro?
Alexia: Sim.
Foster: Isso Ă© uma pergunta difĂcil.
Alexia: Por exemplo, brasileiro tem muita mania de linguagem, nĂ©? No PortuguĂȘs, jĂĄ. Ă normalmente o que acontece Ă© que a gente quer traduzir tudo do portuguĂȘs para o inglĂȘs.
Foster: Ă, exatamente.
Alexia: Eu acho que isso Ă© uma das coisas que mais Ă© difĂcil para um professor ensinar. Isso existe em qualquer lĂngua, tĂĄ? Eu acho que isso Ă© em geral.
Foster: Bom, falando gramaticalmente, eu acho que os brasileiros jĂĄ tem uma pronĂșncia bem boa comparado com os outros paĂses. Mas, eu acho que a maior dificuldade seria falando do passado. Brasileiros tĂȘm muitos problemas falando, tipo, "What did I do?". Tipo, eles tĂȘm muito problema fazendo isso! Mas, no geral, os brasileiros sĂŁo alunos Ăłtimos, dedicados, motivados.
Alexia: TĂĄ, eu entendo essa parte do passado porque eu erro muito isso.
Foster: SĂł Ă s vezes.
Alexia: Mas, Ă© difĂcil porque vocĂȘs tĂȘm vĂĄrias formas de falar sobre o passado. EntĂŁo, nĂŁo hĂĄ sĂł o passado, o presente mesmo, nĂ©? Tipo, o que vocĂȘ fez ontem? Como Ă© que vocĂȘ fala isso em inglĂȘs?
Foster: What did you do yesterday?
Alexia: TĂĄ. E o que vocĂȘ estaria fazendo ontem? Como Ă© que Ă© isso em inglĂȘs?
Foster: Pergunta de novo.
Alexia: O que vocĂȘ estaria fazendo ontem?
Foster: What would you have been doing yesterday?
Alexia: Para a gente falar isso, Ă© a coisa mais difĂcil do mundo! Ă muito mais fĂĄcil: "O que vocĂȘ estava fazendo ontem?"
Foster: Mas, isso fez me lembrar alguma coisa. Se vocĂȘ quer ensinar portuguĂȘs no Brasil, tipo qualquer 'falante' de inglĂȘs pode. Mas, tambĂ©m, para ensinar estudantes mais avançados e talvez mais bĂĄsicos tambĂ©m, ajuda muito realmente saber como ensinar isso em inglĂȘs.
Alexia: E como Ă© que vocĂȘ se preparou?
Foster: Eu fui treinado na aprendizagem das lĂnguas. E eu ensinei inglĂȘs em Madrid por um ano. EntĂŁo, Ă© uma coisa que eu jĂĄ fiz por vĂĄrios anos. Eu sou professor de inglĂȘs, mas quer dizer que qualquer pessoa pode fazer com um pouquinho de prĂĄtica.
Alexia: E o pessoal aqui te procura mais para ter aula de conversação, de gramåtica, de escrita?
Foster: Existem vĂĄrios mundos aqui no mundo de pessoas que estĂŁo aprendendo inglĂȘs no Rio. Tem escolas de inglĂȘs que sĂŁo bem poderosas tipo a Britannia.
Alexia: Que foi onde eu aprendi.
Foster: Cultura Inglesa...
Alexia: Obrigada, Britannia, eu te amo!
Foster: Wizard, Wise Up... e a maioria dos estudantes...
Alexia: Open English.
Foster: Ă. Ibeu.
Alexia: Ibeu.
Foster: Tem tantas! A maioria dos alunos bĂĄsicos, os novatos, vĂŁo para as escolas. Mas, eu acho, na minha experiĂȘncia pessoal, que a maioria dos estudantes mais avançados querem aulas de conversação e coisas assim.
os novatos. The novices. Beginners. Newbies.
Alexia: Aqui no Rio, pelo menos... no Brasil, nas grandes capitais, quando vocĂȘ Ă© criança de uma famĂlia que possa pagar tanto colĂ©gio particular quanto curso de inglĂȘs, normalmente vocĂȘ vai para o colĂ©gio aĂ lĂĄ dentro vocĂȘ tem aula jĂĄ de uma lĂngua: francĂȘs, espanhol ou inglĂȘs. EntĂŁo, alĂ©m das aulas normais, vocĂȘ escolhe uma das lĂnguas para falar. Normalmente, no colĂ©gio, escolhe-se espanhol por ser uma lĂngua mais fĂĄcil. E os pais colocam as crianças para aprender inglĂȘs em escolas de inglĂȘs, exatamente isso que a gente estava falando. EntĂŁo vocĂȘ entra na escola e no curso de inglĂȘs pequenininho, desde os 5 anos de idade. Aqui Ă© muito importante vocĂȘ falar inglĂȘs. A gente tem essa cultura. Porque Ă© a lĂngua mundial, nĂ©?
Foster: Eu acho que, eu diria que 80% da nossa geração, que seriam pessoas com menos de 35 anos e 40 anos, falam inglĂȘs bastante bem.
Alexia: Sim. Mas, o que te motiva mais a ensinar as pessoas a aprender inglĂȘs.
Foster: Ă super legal! Ser professor de inglĂȘs Ă© um prazer. Tipo, eu conheci tantos alunos Ăłtimos! Porque eu estou ensinando eles.
Alexia: à uma troca de cultura, né?
Foster: Ă, mas eu estou aprendendo muito tambĂ©m sobre a cultura brasileira. Eles estĂŁo aprendendo sobre a minha cultura. Ă super divertido! E sempre tem trabalho aqui, sempre tem emprego.
Alexia: Sempre tem gente precisando ter aula de inglĂȘs, seja para alguma coisa, seja para business, seja para conversação, seja para aprender a escrever e-mails em inglĂȘs, responder perfeitamente. Agora, uma pergunta muito, muito, muito sĂ©ria! Quem foi seu aluno preferido?
Foster: Minha aluna preferida? AlĂ©m de vocĂȘ?
Alexia: NĂŁo!! A resposta Ă© VOCĂ!
Foster: Ă, vocĂȘ nĂŁo Ă© uma aluna. VocĂȘ nĂŁo me paga.
Alexia: Ai, que absurdo!!
Foster: NĂŁo, tipo, tĂĄ... Ă© vocĂȘ.
Alexia: Tå, agora falando sério.
Foster: Uma coisa que muitas pessoas me perguntam é como eu ganhei estudantes, né?
Alexia: Sim. Como vocĂȘ ganhou estudantes?
Como vocĂȘ ganhou estudantes? How did you get students. Note that ganhar literally means to win but can often be used as to get, or to earn. For example, vocĂȘ ganha dinheiro. You earn money.
Foster: Isso tambĂ©m tem a ver com a Alexia. Mas, a coisa mais importante Ă© ter uma rede, um grupo de amigos, ter conhecidos aqui no Rio e falar que vocĂȘ Ă© professor de inglĂȘs. Por exemplo, a Alexia colocou no Facebook dela que eu estava dando aula.
Alexia: E o Facebook para o brasileiro Ă© algo muito, muito importante! Todo mundo usa, todo mundo entra.
Foster: Mas, realmente vai rolando. VocĂȘ ganha, tipo, sei lĂĄ, quatro estudantes. E um estudante recomenda vocĂȘ para outro.
Alexia: à um boca-a-boca, né?
Foster: Ă. Boca-a-boca. Bom, de repente vocĂȘ estĂĄ com 15 estudantes ou alguma coisa assim e isso jĂĄ Ă© demais.
Alexia: Ă.
Foster: VocĂȘ nĂŁo vai ficar rico, mas vocĂȘ pode viver aqui no Rio de boa.
Alexia: Muito bem. Bom, eu acho que é isso, né? Eu fui uma ótima entrevistadora?
Foster: Ătima!
Alexia: VocĂȘ ficou nervoso?
Foster: Um pouquinho. Mas, se vocĂȘs tiverem qualquer pergunta sobre ser professor aqui no Rio, Ă© sĂł falar que a gente sempre responde.
Alexia: Manda e-mail! Deixa comentĂĄrio, fala com a gente! Somos carentes, precisamos de vocĂȘs!
Foster: Preciso muito de amigos! Tå bom, gente, até a próxima!
Alexia: Tchau!!