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(complete annotations forthcoming)
Alexia: Bom dia, bom dia, pessoal, e bem-vindos a mais um episódio aqui do Carioca Connection. Hoje é um episódio especial, pois estamos declarando a independência do Brasil!
Hoje é um episódio especial. Today is a special episode.
Estamos declarando a independência do Brasil! We are declaring the independence of Brazil!
Foster: Finalmente!
Alexia: Hoje, 7 de setembro, é um dia super importante para nós, brasileiros, e para o país inteiro. Provavelmente para Portugal também, porque é o dia da independência do Brasil. Então, muitos parabéns, Brasil! Independência ou morte!
O dia da independência do Brasil. The day of Brazil's independence.
Independência ou morte! Independence or death!
Foster: Independência ou morte! Exatamente! Bom dia, Alexia!
Alexia: Bom dia, Foster!
Foster: Tá tudo bem?
Alexia: Tá tudo bem! E você?
Foster: Tá tudo bem! É um dia tão especial, é um dia tão importante que a gente está gravando aqui às 8 da manhã com obras...
Alexia: Nove! Já são nove!
Foster: A gente está gravando cedo, tem obras aqui nos nossos vizinhos, então, como sempre, a qualidade do áudio não vai ser perfeito.
A qualidade do áudio não vai ser perfeito. The audio quality won't be perfect.
Alexia: O que é ótimo, porque this is real life.
Foster: É a vida real. E, bom, hoje é seu dia, Alexia.
Alexia: Hoje é o dia do Brasil, especialmente o dia de Dom Pedro I, que foi o nosso querido. Imperador. É muito engraçado porque até hoje em dia existem pessoas que adoram Dom Pedro e pessoas que não gostam Dom Pedro. Existem pessoas que respeitam a família imperial brasileira, pessoas que acham que isso tudo foi uma bobagem e que nada disso deveria ter acontecido e etc etc. Eu sou uma pessoa que aconteceu, tivemos a família imperial, tivemos brigas com Portugal, tivemos muitos problemas históricos e entre todas as pessoas que poderiam ter dado o grito da independência e ter ficado no Brasil, eu fico muito feliz que Dom Pedro tenha sido essa pessoa. Dom Pedro I, no caso.
Foster: Interessante. Obrigado, Alessia. Antes disso, só para...eu queria falar...um..to take a step back?
Alexia: Vamos voltar um pouquinho.
Foster: É, vamos voltar um pouquinho. Só para explicar, para todo mundo entender o que é esse dia. Hoje é o dia 7 do setembro.
Alexia: De.
Foster: De setembro. Obrigado, Alexia. Que é o dia da independência....O de?
Alexia: Da independência.
Foster: Da independência do Brasil. E, Alexia, você sabe qual foi o ano?
Alexia: 1822?
Foster: É, por aí. É.Então, é recente, relativamente.
Alexia: É.
Foster: Mas, nossa, é tão interessante para você, Alexia, porque você é do Brasil. Rio de Janeiro, mas hoje em dia, você está morando em Portugal, a terra dos inimigos.
Alexia: Inimigos.
Foster: Inimigos.
Alexia: Não só isso, né? Eu também sou portuguesa.
Foster: É, então, como é que você se sente hoje?
Alexia: Normal. É engraçado porque o 7 de setembro, para mim, Sempre foi comemorado no colégio, todo colégio tinha que descer lá pro pátio cantar o hino brasileiro, todo mundo formado em filas, uma coisa extremamente militar, o que não combinava com o colégio que eu fazia parte.
Foster: Como assim militar?
Alexia: Todo mundo enfileirado, por altura, com a mão no peito, cantando o hino brasileiro.
Foster: Isso é bem americano.
Alexia: É super militar.
Foster: Eu fazia isso todos os dias na escola.
Alexia: Pois é, e é muito ridículo isso, sabe? A gente fazer isso só uma vez por ano, muito estranho. E o hino brasileiro é um hino extremamente difícil de ser cantado. É muito longo, é muito bonito. Eu gosto dos hinos em geral. Eu acho que contam a história de cada país muito bem.
Foster: Alexia adora hinos.
Alexia: É, igual meu pai. Meu pai sabe todos os hinos, praticamente.
Foster: E o hino quer dizer a música nacional de um país.
Alexia: Exato. É o que a gente sempre canta antes de começar a Copa do Mundo, antes de começar as Olimpíadas, durante a premiação e etc. Então, assim, sempre foi uma coisa muito...Hipócrita, sabe, do meu colégio, fazer isso só uma vez por ano, no dia da independência do Brasil, mas tirando isso, ninguém estava nem aí. E a gente, obviamente, aprendia historicamente, né, a importância disso para o nosso país, o que aconteceu. E, assim, a gente sempre aprendeu muito da história brasileira, claro, que é extremamente importante muito longa também e com muitos detalhes e é muito rica.
Foster: Uh-hmm.
Alexia: Mas, eu acho importante falar sobre o "Dia do Fico" e o Dia da Independência do brasil.
Foster: Tá. O que é um dia do fico o dia do fico?
Alexia: Foi quando Dom Pedro I disse ao povo brasileiro que ele ficava no brasil.
Foster: Então, só para eu entender, se não me engano, o Dom Pedro I, ele foi português e foi mandado para o Brasil?
Alexia: Ele foi junto com a família real portuguesa para o Brasil, óbvio, para eles se instalarem no país.
Foster: Ele decidiu ficar.
Alexia: Depois de anos, etc., ele já virou imperador do Brasil e aí começam as brigas com Portugal, enfim.
Foster: Legal.
Alexia: Eu tô explicando!
Foster: É, mas ele tem um dia que ele falou eu fico, eu vou ficar.
Alexia: É o dia do fico. Que aí deu a independência do Brasil. Então a partir do momento que o nosso. Imperador D. Pedro I resolveu ficar no Brasil ele se distanciou de Portugal.
Foster: E o dia do fico também é o dia de 7?
Alexia: Não foi antes.
Foster: É?
Alexia: Todo esse processo começou em 1818, mais ou menos, e até o dia da independência demorou, sei lá, 5 anos, uma coisa assim.Então, entre o dia do fico e até o dia da independência demorou um pouquinho, mas foi a coisa natural de se acontecer.
Foster: Entendi. E quando eu estava fazendo as minhas pesquisas sobre o dia da independência do Brasil, antes de gravar o episódio, eu vi muita coisa sobre o grito. Alguma coisa que não lembro o nome agora.
Alexia: O grito do Ipiranga.
Foster: Isso, o grito do Ipiranga.
Alexia: Ipiranga é um rio em São Paulo e foi onde D. Pedro deu o grito dele de independência, que ele lá, às margens do rio Ipiranga, gritou, "Independência ou morte!"
Foster: É tão dramático.
Alexia: Mas é, né? Essa época é toda dramática e o nosso hino brasileiro começa exatamente assim..."Ouviram do Ipiranga" e exatamente isso. Então...
Foster: Eu tenho uma pergunta, Alexi. Você vai cantar o hino pra gente?
Alexia: Não. Não. Vocês já não querem isso.
Foster: Vocês podem colocar no Google e no Brasileiro com a letra e podem aprender um pouquinho mais. Agora, uma coisa super importante que eu não sabia, só fui descobrir agora, é que o dia 7 de setembro foi escolhido pelo D. Pedro I por causa da festa de Nossa Senhora da Guia, que é super importante no Brasil. Gente, eu nunca tinha escutado falar nessa Nossa Senhora.
Foster: Não sabia que era importante para o Brasil?
Alexia: Não fazia ideia, mas não foi uma data assim... Ah, aconteceu, mas foi no dia 7. Não, parece que foi escolhido a dedo.
Foster: Então, não foi um dia qualquer. Ela escolheu o dia com alguma importância, né?
Alexia: Com alguma importância, sim. Isso, perfeito. E Alexia, mais uma curiosidade que eu achei fazendo pesquisa.
Alexia: Pesquisa?
Foster: Pesquisa, nossa senhora!
Alexia: Da guia...
Foster: Temos a bandeira brasileira me explica a história um pouco.
Alexia: bom a bandeira ela é quando a gente fala sobre bandeira brasileira a gente sempre fala sobre verde e amarelo mas só que tem azul também no caso temos três quatro cores se você contar o também, mas...
Foster: Eu não pensei nisso. É, não é só verde e amarelo. É, mas todo mundo fala verde e amarelo.
Alexia: Uh?
Foster: Mas todo mundo fala verde e amarelo.
Alexia: Sim, sim. Por isso que, por exemplo, quando a gente vai jogar contra a Austrália, a gente sempre usa azul, pra não ficar igual a eles.
Foster: Ah! Boa!
Alexia: Bom, a bandeira nacional do Brasil Brasil tem cores, a bandeira nacional do Brasil tem predominantemente três cores, né? Verde, amarela e azul. Mas as cores verde e amarela foram escolhidas exatamente para honrar as famílias Bragança, que os reis de Portugal, e a Habsburgo, da Áustria, porque naquela época todo mundo se casava entre si, enfim, então tinha uma parte importante da Áustria, coisa que a gente não fala sobre hoje em dia, ninguém fala sobre como a Áustria era importante ou não para o Brasil, então...
Foster: É interessante isso. Enfim, Alexia, resumindo, hoje, como brasileira morando fora do Brasil, na terrinha que conquistou o seu país, é um dia importante para você?
Alexia: Não. Eu nem lembrava que era 7 de setembro.
Foster: É sério?
Alexia: Eu realmente não lembrava que era 7 de setembro. Óbvio, óbvio que quando chegasse o 7 de setembro eu ia falar, ah, independência do Brasil, óbvio. É claro que no Brasil é feriado, ninguém trabalha, ninguém faz nada, é...
Foster: É feriado nacional.
Alexia: É feriado nacional, tem desfiles, tem nas cidades, obviamente desfiles militares, tem nas cidades. Sinceramente, esse ano eu não sei como é que vai ser isso, porque... por causa do bolsonarismo, né, então...
Foster: É complicado.
Alexia: Não sei se eles vão fazer paradas militares grandes ou não, não faço ideia.
Foster: Mas basicamente a minha pergunta é parecida com um dia da independência, por exemplo, nos Estados Unidos? Que é uma grande coisa com fogos e todo mundo está comemorando...Não é tão patriótico?
Alexia: Patriótico. Não, o que a gente fazia era todo mundo se juntar para fazer um churrasco e ficar com amigos.
Foster: Então é o Brasil.
Alexia: É, exato. Mas assim, não tem fogos de artifício na praia de Copacabana. Não, não tem nada disso. Uma ou outra pessoa pode soltar fogos ou então pode fazer festa, mas não é nada importante. Eu acho que se eu tivesse morado em Brasília, por exemplo, a minha experiência teria sido completamente diferente. É. Mas no Rio, não.
Foster: Interessante isso. Alexia, mais alguma coisa que você quer falar sobre o seu país?
Alexia: Que você queira falar.
Foster: Que você queira falar sobre um Brasil nessa data tão especial?
Alexia: Não. Não tem, não. É isso aí, Brasilzão. Vamos continuar independentes, lutando por nós mesmos. Eu espero que o Brasil continue crescendo muito bem, sem corrupção e valorzinha infelizmente.
Foster: A Alexia já começou com a reconquista aqui em Portugal.
Alexia: Vou aqui num monte perto fincar a bandeira brasileira e falar, essa terra é nossa.
Foster: Eu acho que com certeza a gente pode falar que pelo menos a maioria, a maior parte dos brasileiros são independentes, no sentido de que, tem brasileiros em qualquer lugar do mundo, que realmente o Brasil está no mundo hoje em dia.
Alexia: Em geral, o brasileiro não é apegado ao Brasil. Nós somos apegados à cultura, mas nós não somos apegados ao terreno.
Foster: É, às pessoas.
Alexia: Exato.
Foster: Bom, eu amo a cultura brasileira, eu amo o Brasil, então feliz...
Alexia: Obrigada, D. Pedro I.
Foster: Obrigado, Alexia. Feliz dia pra você.
Alexia: Valeu, Pedrinho. Tchau, tchau.
Foster: Valeu, Pedro. Tchau, tchau gente e até o próximo episódio!