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Alexia: Oi, oi pessoal! Bem-vindos a mais um episódio aqui do Carioca Connection. Estou muito feliz em tê-los aqui conosco. Eu sou Alexia, a co-host desse episódio brasileiro. A Carioca, que hoje em dia mora em Porto, Portugal, ou seja, um tiquinho portuguesa também, está aqui conosco...
Foster: Oi, pessoal, tudo bem? Não sei se é necessário falar sobre minha biografia.
Alexia: Biografia.
Foster: Sou americano e moro aqui no Porto com a Alexia. Hoje, especificamente, estamos gravando de um novo co-working. Então, não sei se o som vai ficar muito bom. Mas enfim, vamos lá, Alexia...
Alexia: Somos um podcast "raiz", porque é isso aí, pessoal.
Foster: Podcast raiz…acho que seria tipo…indie podcasters.
Alexia: Na verdade, no Brasil, hoje em dia, a gente fala "podcast nutella" ou "podcast raiz". Ou seja, um "boi" Nutella, um "boi raiz" sabe se pouco raiz é verdadeiro. E o que é Nutella é um pouquinho fake?
Foster: Tá. Tá. Só para explicar, a gente já tinha um episódio, já estava tudo bem…e a Alexia começa com a raiz nutella. Acho que isso vai ser um episódio inteiro só para eu entender isso.
Alexia: Depois, depois. Hoje a gente vai falar sobre uma coisa muito importante.
Foster: Tá. Tá. Obrigado, Alexia. Depois a gente pode falar sobre Nutella.
Alexia: Não. Hoje nós vamos falar sobre Martin Bernardes Pereira, mais conhecido como Tim Bernardes.
Foster: O nome inteiro dele é Martin…
Alexia: Martin. Sim, mas...
Foster: Não sabia, não. Pode falar o nome dele de novo?
Alexia: O nome inteiro. Martin Bernardes Pereira.
Foster: E o nome do palco. com o nome artístico…
Alexia: Tim Bernardes.
Foster: Mais uma vez, um pouco mais devagar...
Alexia: Tim Bernardes.
Foster: Então, vamos analisar um pouco a pronúncia aqui, porque eu acho muito interessante e muito difícil. TIM. Sim, então, o nome ou...Tim.
Alexia: O apelido dele é Tim.
Foster: Sim, mas em inglês seria, “Tim”. Então, acho que para os falantes nativos de inglês, é muito difícil tirar isso da cabeça, porque queremos falar mais "Tim". Tim. Então, é bem parecido com a palavra "sim", sim, então é uma vogal nasal. Tim. Tim. E o sobrenome?
Alexia: Bernardes.
Foster: Que também acho difícil por causa dos "R’s" porque tem dois. Tim Bernardes.
Alexia: Ou, “Tim Bernardes.”
Foster: Depende muito do sotaque, mas pode escolher qualquer pronúncia. Qualquer sotaque.
Alexia: Então, vamos falar sobre Tim Bernardes.
Foster: Isso!
Alexia: Ele é mais novo do que a gente.
Foster: É serio? Não sabia disso.
Alexia: Ele nasceu em 1991. Um pouqinho só mais novo. Ele é cantor, produtor e compositor brasileiro, que é uma coisa que estamos muito em falta de pessoas que são compositores, e não simplesmente só cantor.
Foster: Isso quer dizer que ele escreve as próprias músicas dele?
Alexia: Não necessariamente as próprias. Ele pode compor música para outras pessoas.
Foster: Sem sim, é uma coisa bem diferente. Eu acho comparado comparada com, pelo menos, a música americana. Hoje em dia não…mas enfim, é uma história longa, mas é muito normal, muito comum no Brasil ter um compositor que escreve a música e um cantor que canta.
Alexia: Exato.
Alexia: Bom, o Tim…Ele é da música e de gênero dele, música indie, e ele também faz parte da nova música popular brasileira. Então, ele faz parte da nova MPB.
Foster: Nova MBP. E por que estamos falando sobre o Tim? Porque no ano passado a gente foi para um show dele na Casa da Música, que provavelmente é o prédio mais famoso aqui no Porto, pelo menos a arquitetura e som…e música. Bom, Tem salas. Muitas super bonitas, são muito, muito boas. E na verdade, eu conhecia umas doze músicas antes do show. Eu gostei das músicas, mas não tanto. Então, as minhas expectativas não foram altas chegando para o show.
Alexia: Não eram altas.
Alexia: Pessoalmente, eu não gostava do Tim. Eu nunca gostei da banda que ele fazia parte antes, que se chama O Terno.
Alexia: Eu nunca na minha vida me imaginei estar no show do Tim Bernardes. Porque eu não estava na mão. Gente, gosto musical uma coisa muito específica. Éntão assim, O Terno, que era a banda dele, era uma banda que nunca falou comigo. Nunca tive vontade de escutar, nunca achei interessante para mim. E aí…
Foster: Só para explicar, você está falando “O Terno” que é o nome do grupo musical, mas terno a roupa que você usa. O terno.
Alexia: Isso
Foster: E também a música dele é.. a música do Terno…É um pouco mais pesado, mais rock, mais forte, né?
Alexia: É, não sei, mas não gostei muito não. Mas aí…ele, ano passado, lá por Setembro, Outubro, ele lançou uma nova música, porque ele não faz mais parte da banda O Terno e se lançou artisticamente sozinho.
Foster: Como fala isso que ela é um? Ele é um solo artist...ele oficialmente é um singer-songwriter. Que ele está no palco sozinho.
Alexia: Vamos voltar isso em algum momento. Caramba! Eu odeio quando acontece isso.
Foster: Ele é um ato solo?
Alexia: É um artista solo. Obrigada Foster! Ele é um cantor solo, exatamente.
Foster: Que quer dizer que a gente foi lá para Casa da Música e só tinha ele com guitarra, violão, e piano.
Alexia: Alô produção, vamos melhor a Alexia aqui um pouco...Sim. Então, o que eu acho disso tudo…quando se lançou em carreira solo, olha aí, ele se lançou em carreira solo. Eu comecei a descobrir mais músicas que eu gostava dele. E aí, ano passado, ele lançou uma específica que eu adorei! Botei você para escutar, e você, “Ah, legal!”, e você começa a se interessar e logo depois a gente descobriu que ele estava vindo para Casa da Música.
Foster: Qual foi a primeira música?
Alexia: Garupa da Moto Amarela.
Foster: Mas a primeira música que eu conheci dele foi "Só nos dois".
Alexia: Não. Eu botei você escutar esse primeiro. Você nem está lemebrando. Faz muito tempo, isso.
Foster: Pode ser.
Alexia: Enfim. E aí, como faz um tempo que a gente não assistia a um show de um cantor brasileiro, artista brasileiro, etc. A gente falou, “Vamos, vamos conseguir, os ingressos e todo.” Só que nós, dois, fomos sem nenhuma expectativa para o show e simplesmente tipo nos conectar com a música brasileira de alguma forma, mas não...Eu amo Tim Bernardes, porque eu realmente gosto dele. E no meio do show, estava aí eu chorando no meio de uma das músicas.
Foster: Eu chorei. Eu fiquei arrepiado. Realmente, foi um dos melhores shows que vi na minha vida. Tecnicamente, como músico, ele é incrível, ele obviamente toca piano…clássical?
Alexia: Clássico.
Foster: Ele toca o violão incrível. A voz dele é uma coisa incrível sim.
Alexia: Sim. Eu estava lendo, antes de a gente começar a fazer esse episódio, que ele se formou em faculdade de música. Então, ele é realmente um músico raiz. Viu, ele não é um músico Nutella. Ele é um músico raíz.
Foster: Alexia. Eu sei que nós dois temos nossas músicas preferidas do Tim, eu tenho a minha que se chama "Beleza eterna". Que tá no novo disco dele que se chama "Mil coisas invisíveis" e a sua preferida se chama, se não me engano, “Mesmo se você não vê.”
Alexia: Só se fala em vem lágrimas nos meus olhos…
Foster: Alex não consegue escutar essa música sem chorar.
Alexia: É. Mas é tão bonita, linda. E assim, as composições dele. Parece uma autobiografia de situações que ele já passou na vida e assim tem o sentimento de culpa, tem o sentimento de sucesso, tem o sentimento de pertencer a algo, fazer parte de algo e se principalmente sobre o solitário e ao mesmo tempo que é uma música moderna, porque fala sobre assuntos modernos…né? Ele é um homem jovem, ele tem trinta e um não seria agora, começou a fazer sucesso da vida dele. É algo que eu acho que qualquer pessoa, de qualquer idade, vai conseguir se reconhecer. Então eu acho que ele tem essa capacidade emocional de fazer qualquer coisa, se faz que as pessoas reconheçam nas músicas dele.
Foster: Com certeza ele poderia ser poeta, ele é poeta, na minha opinião. Então eu acho que vocês devem dar uma chance pro Tim. Talvez na primeira escutada…A primeira escuta a primeira vez que você escuta?
Alexia: A primeira vez que você escutar.
Foster: Talvez a primeira vez que vocês escutar. Você vai pensar que não gosto desse gênero, não é meu estilo, mas dá uma chance e eu acho que você vai gostar.
Alexia: Você vai amar! Boa sorte!
Foster: Boa sorte! No futuro podemos cravar mais episódio sobre as músicas dele. Algo parecido, mas por agora, para o que você está fazendo, escuta o Tim Bernardes.
Alexia: E ele está com uma tour agora nos Estados Unidos e vindo para a Europa também em junho e julho. Então, aproveitem.
Foster: Aproveitem, muito obrigado, por escutar mais um episódio do Carioca Carioca e até o próximo episódio!