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Alexia: Oi pessoal, mais um episódio aqui do Carioca Connection, estamos muitos felizes que vocês estão aqui conosco. E como sempre, vocês tem a mim, Alexia e o nosso querido Foster. Oi Foster!
Foster: Oi, fala pessoal. Tudo bem Alexia?
Alexia: Tudo e com você?
Foster: Tá tudo bem. A gente agora está na casa dos meus pais e tem muito barulho, porque sei lá, tem alguém...
Alexia: Alguém tá cortando grama, eu acho.
Foster: Eu acho que tão fazendo algo no jardim, mas tá tudo bem, a gente vai aguentar.
Alexia: Bom, hoje nós vamos falar sobre uma coisa muito importante pro Brasil.
Foster: Oba.
Alexia: Que é uma modalidade marcial.
Foster: Não me conta.
Alexia: Você já sabe.
Foster: Feijoada.
Alexia: Não é uma… Bom, pode ser considerado marcial, mas de qualquer forma é o Jiu Jitsu brasileiro.
Foster: Muito bem.
Alexia: Sim. Você sabe alguma coisa sobre?
Foster: Eu sei, eu tenho um pouco experiência com o Jiu Jitsu, mas…
"Um pouco de experiência" ou "pouca experiência."
Alexia: Eu tenho pouca experiência com o Jiu jitsu
Foster: Eu sabia, eu sabia, eu estava esperando a sua correção. Tá bom.
Alexia: Lembra que o som do "X" não é "équis" é "esssperiência."
Foster: Sim, experiência.
Alexia: Isso, isso.
Foster: Sim, mas enfim. Eu não sei muito, então pode começar com o básico.
Alexia: Bom, Jiu Jitsu veio do Japão né, como acho que qualquer, praticamente qualquer arte marcial, a maioria pelo menos e foi introduzido no Brasil pela Família Gracie.
Foster: Uhun.
Alexia: Que é muito famosa. E eu tenho uma curiosidade pra falar, eu estudei com as netas e bisnetas do Gracie.
Foster: Sério?
Alexia: Sim.
Foster: Não sabia.
Alexia: Sim.
Foster: Caraca, eu aprendo algo todos os dias com você amor.
Alexia: Elas não eram da minha série no colégio, era uma série abaixo, mas eu tenho muito contato com Jiu Jitsu, porque o pai da minha melhor amiga, ele é mestre Jiu Jitsu, ele é campeão brasileiro Jiu Jitsu, e hoje em dia ele faz parte de um grupo de pessoas que estão querendo introduzir o Jiu Jitsu como uma atividade física nas escolas para as crianças.
Foster: Sim, que eu acho que é uma coisa super interessante. Aliás, oi Marina, oi… Como se chama o pai?
Alexia: Zé.
Foster: Zé. Oi Zé, tudo bem? Mas antes da gente falar sobre todas essas coisas um pouco mais complicadas, me explica amor, com o básico, quais são as regras fundamentais, essas coisas que você precisa saber sobre o Jiu Jitsu?
Alexia: Bom, você precisa saber que não é um esporte que você vai aprender pra sair lutando com as pessoas na rua. É o contrário disso. O que o Jiu Jitsu ele quer ensinar, é a questão de responsabilidade, de defesa pessoal e muito mais de consciência daquilo que você tá fazendo com o seu corpo e com a outra pessoa.
Foster: É, se não me engano, a ideia com o Jiu Jitsu tem essa parte de defesa pessoal como você falou, mas também eu conheço muitas pessoas, eu tenho muitos alunos que praticam e é tipo uma religião.
Alexia: Sim.
Foster: É uma coisa muito muito séria que não é somente uma coisa física, mas também espiritual, mental, que tem a ver com comunidade também.
Alexia: Tem. Quando você faz parte da comunidade do Jiu Jitsu, é uma comunidade muito forte e muito interessante. É engraçado porque quem faz Jiu Jitsu no Rio de Janeiro conhece todos os mestres Jiu Jitsu, sabe quem é quem, sabe quem dá aula em tal academia, diferente da outra. E eles se respeitam muito dentro desse ambiente, porque imagina, é um mestre dessa arte né, quando você chega em uma das últimas faixas né, que é um dos últimos níveis.
Foster: Uhun.
Alexia: Você se torna um mestre, então você, quando começa desde criança ou jovem ou adulto, você tem que começar lá embaixo, e aí você vai ganhando habilidade né, e vai passando de nível pra nível e vai ganhando a faixa. Você faz parte de premiações, então eu acho uma arte muito muito importante, muito legal.
Foster: Sim, é muito legal mesmo. Também essa comunidade por alguma razão, não sei porquê, talvez Jiu Jitsu está na moda hoje em dia, mas a gente faz parte de vários grupos com outros empreendedores digitais, pessoas que tem negócios, empresas na internet, e eu diria pelo menos a metade das pessoas fazem Jiu Jitsu hoje em dia.
Alexia: É porque é uma luta de solo né, quando eu falo de solo, é que é uma luta que é completamente no chão.
Foster: Uhun.
Alexia: Você tá praticando a luta no chão. E por exemplo, soco e etc, que você vê no UFC né, naquele Muay Thai, aquelas loucuras todas, não existe no Jiu Jitsu.
Foster: Não é um vale tudo.
Alexia: Não, não é um vale tudo. Você não vê isso no Jiu Jitsu, você vê uma pessoa em cima da outra normalmente e que você tem que saber sair daquela posição.
Foster: Uhun, cadeado.
Alexia: De uma forma esperta, com alavancas né, com… Eu não sei explicar exatamente porque eu nunca lutei Jiu Jitsu, na verdade eu fiz uma aula de defesa pessoal.
Foster: Também.
Alexia: Com essa minha melhor amiga, com a Marina, o qual não deu nem um pouco certo, mas praticamente todos os meninos que eram na minha série no colégio, eles faziam Jiu Jitsu fora do colégio.
Foster: Sim, sim, e a ideia é que realmente o tamanho da pessoa não importa muito, porque por exemplo, você pode lutar com um gigante e você, Alexia, é uma pessoa pequena e tanto faz né, porque tem a ver com a posição, o uso do seu corpo e essas coisas.
Alexia: Sim. O Jiu Jitsu brasileiro, ele é lutado com o kimono, que é aquele uniforme né, que você coloca.
Foster: O roupão.
Alexia: É, é o roupão. Eu vou ser muito sincera, eu não sei se o kimono no Jiu Jitsu brasileiro ou a calça também faz parte do kimono ou só o kimono.
Foster: Uhun, acho que sim.
Alexia: É. E aí, dentro da minha pesquisa, eles falam que as técnicas visam a levar o adversário à uma posição chamada de finalização. Isso significa que, se levada adiante, causaria a fratura de um osso ou a morte por estrangulamento ou esganamento.
Foster: Meu Deus.
Alexia: A posição de finalização pode ser, aí eles descrevem, vários tipos de posição de finalização.
Foster: Isso ai parece muito, não sei se você jogava no passado, mas o videogame Mortal Kombat.
Alexia: Sim, eu já joguei. Sim, mas é mais ou menos isso. Quer dizer, não, não é isso gente, pelo amor de Deus, é uma arte muito respeitada, não é um Mortal Kombat, mas...
Foster: Mas me fala amor, você queria falar sobre o pai da Marina, sua amiga, que basicamente está querendo ensinar Jiu Jitsu como requisito nas escolas.
Alexia: É, ele quer que se te torne parte de atividade física. Então por exemplo, nas escolas brasileiras… Aqui eu vou generalizar muito tá? Porque se eu for falar especificamente eu sei que nem todas as escolas públicas tem acesso e etc.
Foster: Não, tudo bem. Eu acho que todos os nossos episódios vem com um aviso.
Alexia: É, então...
Foster: Que são nossas opiniões só.
Alexia: Em geral e o que é esperado das escolas privadas e públicas no Brasil é que as crianças tenham acesso à atividades físicas como vôlei, basquete, futebol, handebol, queimado e…
Foster: Queimado é o que?
Alexia: É aquele que você tem que jogar a bola e te atingir, e se te atingir você vai pro outro lado e você tem que sair atingindo o outro. Eu já esqueci o nome disso, mas você tem o nome pra cá. Eu era muito boa porque ninguém conseguia me acertar.
Foster: Dodgeball?
Alexia: É isso. E que em São Paulo se chama "queimada" e no Rio "queimado."
Foster: Uhn.
Alexia: É, alô Felipe. Enfim, então tenha já acesso à isso, futebol, basquete, vôlei, etc. E também algumas escolas oferecem balé, oferecem capoeira, oferecem teatro, oferecem pintura, oferecem canto e etc.
Foster: Entendi, mas não oferecem Jiu Jitsu.
Alexia: Não, então o que essa bancada, esse grupo de pessoas quer, é que o Jiu Jitsu também seja incorporado nas escolas. E o Zé, que é da academia de Jiu Jitsu Leão Teixeira, que é o sobrenome dele, ele é um mestre muito muito bem visto no Rio de Janeiro, no Brasil. Ele já viajou muito e viaja sempre ainda pra Londres e aqui pra Califórnia, nos Estados Unidos, pra dar conferências, pra dar palestras, pra ensinar novos professores, pra fazer muita coisa, então eu acho que esse grupo, além do Zé, tem outras pessoas muito muito boas que estão lutando por essa causa e se houvesse uma votação, eu estaria lá votando pelo sim, porque eu acho muito importante a defesa pessoal para as crianças e para os adolescente, e saber se defender mesmo né, porque é importante isso.
Foster: É, sobretudo no Brasil. Não, eu não estou falando isso de um jeito mal, mas importante se defender, no Rio.
Alexia: Em todos os lugares do mundo, também aqui nos Estados Unidos.
Foster: É, e um fato curioso sobre o pai da marina, o Zé, também ele é um bom jogador de golfe.
Alexia: Ele acabou de fazer o… Qual é nome daquilo?
Foster: Hole in one.
Alexia: Tomou champagne e tudo.
Foster: Que não tem nada a ver com o episódio de hoje, mas enfim amor, você concorda com essa ideia de ter Jiu Jitsu como requisito?
Alexia: Claro. Não requisito, mas introduzido. Requisito é, por exemplo, matemática, geografia e tal, mas eu acho importante.
Foster: Uhun, uma opção.
Alexia: É, como uma opção a mais., Eu sei que no Rio de Janeiro as escolas particulares, que são a americana, britânica e uma outra que eu esqueci o nome, já tem o Jiu Jitsu lá, e quem atende a maioria são os professores do Zé, que vão pras escolas e dão aulas após as aulas normais dos alunos.
Foster: Uhun.
Alexia: E é muito bonitinho ver aquelas crianças todas de kimono pequenininhas lutando. Muito fofas, muito fofas.
Foster: É, eu acho muito legal. Eu tentei uma vez o Jiu Jitsu não foi um sucesso, mas falando com você agora eu quero tentar de novo.
Alexia: Uma pergunta, você sabe em qual faixa começa e até qual faixa pode chegar?
Foster: Eu não sei em qual faixa começa, eu sei que pode chegar até o preto?
Alexia: Então, a faixa começa com a branca, que é inciante e a última curiosidade que eu quero contar aqui pra vocês, vai ser rápido, é que as duas últimas faixas, a vermelha, que é de nono grau, só foi alcançada por mestres brasileiros na vida, em todo tempo de Jiu Jitsu, só os brasileiros conseguiram alcançar.
Foster: Ual.
Alexia: E a última, vermelha de décimo grau, só seis ou cinco mestres que conseguiram alcançar na vida.
Foster: Nossa, no mundo inteiro?
Alexia: No mundo inteiro.
Foster: Que loucura.
Alexia: Sim
Foster: Também, só uma coisinha pra adicionar, a palavra "nono" é uma palavra muito difícil.
Alexia: Nono.
Foster: Nono. Ninth.
Alexia: É, eu acho que também é avô em italiano.
Foster: É sério?
Alexia: Eu acho que sim, posso estar falando errado, desculpa italianos, mas eu acho que sim.
Foster: Legal, então vamos lá fazer uma aulinha de Jiu Jitsu?
Alexia: Vamos. Então tá bom, é isso. Muito obrigada por terem escutado mais um episódio e nos vemos no próximo.
Foster: Muito obrigado gente. Até o próximo episódio.
Alexia: Tchau.
Foster: Tchau tchau.